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Archive for the ‘Sondagem do Momento’ Category

Ao fim de 6 meses, a nossa sondagem sobre o acontecimento mais marcante no ano de 2016 deu uma nova vitória à vitória da equipa nacional de futebol no campeonato europeu, com 39% dos votos. Em 2º lugar, não muito atrás (34%), a eleição de Donald Trump continua a ser considerada, provavelmente não pelas melhores razões, o “acontecimento” do ano que passou. Outra vitória portuguesa, a eleição de Guterres para Secretário geral da ONU ficou em 3º, já um pouco distante dos anteriores, com 13,6% das escolhas. Também o Brexit mereceu a preferência de 6,8% dos leitores, enquanto 3,9% destacaram a “inesperada” atribuição do Nobel a Bob Dylan. Finalmente, a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa para presidente e o golpe de estado na Turquia apenas recolheram 1,7% dos votos, sendo que a Web Summit em Lisboa não foi alvo de nenhuma escolha.

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Agora que mais um ano letivo se aproxima do fim, após a introdução de alterações, como o fim dos exames para alguns ciclos de ensino e a reintrodução de provas de aferição, num momento em que se fala de alguma flexibilização dos curricula e da retoma do programa de reabilitação do parque escolar, perguntamos aos nossos leitores com vista ao próximo ano – Que medida teria maior impacto na melhoria do ensino/aprendizagem nas escolas portuguesas?

Não deixe de dar a sua opinião no quadro disponível nos painéis do lado direito da página.

imagem editada daqui

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2016Apesar de ainda faltarem alguns dias para o final do ano e ainda muita coisa poder acontecer, é chegada a hora de olhar para trás e escolher o acontecimento mais marcante, quer a nível nacional, quer internacional – terá sido o que nos fez mais feliz? Ou pelo contrário o que nos marcou, ou ao país, ao mundo de uma forma negativa? Terá sido o que nos surpreendeu mais?

Eis a pergunta que propomos aos leitores com esta nova sondagem. Diga-nos a sua opinião (na caixa lateral do lado direito do blog).

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O assunto não é consensual mas diz-nos respeito a todos. Uns acham que o sonho europeu terminou, no meio de nacionalismos, populismos, terrorismos, ondas de refugiados, assimetrias económicas, resgates e referendos; outros creem firmemente que, apesar de tudo, a Europa é o único caminho para os que a ela aderiram, o único meio de evitar futuras guerras e de aspirar a um futuro melhor. Todos, porém, estão de acordo que esta União vive uma das crises mais graves da sua História de quase 60 anos.

E o que acha o leitor? Aproveite para pensar no assunto e deixe-nos a sua opinião na sondagem que hoje iniciamos.

Fernando Rebelo

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imagesMais um ano, mais um ranking das escolas que, sendo estrela de abertura dos telejornais por um dia, logo se desvanece na espuma mediática, sem que se responda definitivamente às eternas questões – estaremos a hierarquizar a qualidade académica ou a espelhar a desigualdade social? Serão os rankings uma ferramSem Títuloenta útil para estimular a melhoria dos desempenhos de cada escola ou apenas uma falácia que não reflete a qualidade de ensino, nem o mérito académico? Serão os exames um instrumento que afere os conhecimentos de todos os alunos por igual, ou apenas um penalti académico para o qual se treina durante todo o ano letivo, esquecendo o resto do jogo?
Certamente a questão é complexa e não terá uma resposta de preto ou branco, embora no inquérito que temos levado a cabo ao longo do ano,  e que decidimos manter, quase metade dos leitores considere que estes rankings não refletem a qualidade académica dos alunos e professores.

Porém, para quem quer aprofundar o assunto sob diversos ângulos, recomendam-se dois artigos de opinião de dois recentes responsáveis pela tutela da educação publicados no Público (edição online) ou a (re)leitura do artigo publicado pelo nosso colega Carlos Sant’Ovaia aqui no Bibliblog há quase um ano.

Fernando Rebelo

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Tabuada.1_thumb[13]As pessoas já na casa dos 50 ainda se lembram dos manuais do 1º ciclo que todos levavam na pasta da escola, com loas ao Estado Novo, poemas de Primavera e de passarinhos, histórias onde figurava a omnipresente casinha portuguesa, modesta e honesta como devia ser o chefe de família.

Os tempos mudaram e os manuais escolares “democratizaram-se” – já não veiculam (pelo menos explicitamente) uma ideologia dominante, já não são “únicos” e foram-se enchendo de cores e outras sofisticações gráficas, e têm vindo progressivamente a incluir outros suportes que não o papel, embora de forma ainda muito acessória. Apareceram às dezenas em quase todas as disciplinas e os professores, que os podem selecionar (e lecionar) em cada escola, se por vezes se podem queixar da sua qualidade, não o farão certamente em relação à quantidade.

Mas, se à uniformização ideológica e ao cinzentismo das velhas cartilhas se seguiu a liberdade da escolha e a maior atratividade do design, muitas questões se podem ainda colocar em relação ao manual escolar, quer a favor do atual modelo de adoção e utilização, quer pondo em causa sua própria existência com o estatuto de que dispõe: material de aquisição e utilização obrigatória em praticamente todas as disciplinas.

Há certamente vantagens em dispor de um instrumento que nos organiza o programa disciplinar e que, até certo ponto, normaliza e orienta tanto a lecionação como a aprendizagem (“abram o livro na página 67”, “para o teste, sai tudo desde a página 5 até à 34”, “não trouxeste o livro, não podes trabalhar”), porém, com tantas fontes de informação ao dispor de professores e alunos, terão os manuais escolares ainda um papel na escola atual? Sem pôr em causa os direitos de autor, não poderia cada professor (que está de uma forma ou outra já condicionado pelo programa) sugerir fontes (in)formativas aos seus alunos, muitas vezes até produzidas por ele próprio? Não poderia o professor atuar mais como um orientador da navegação informativa do aluno no universo de materiais-fontes que tem ao seu dispor – nas bibliotecas escolares, online – e que, de uma forma ou de outra, acabará por consultar?

Finalmente, se chegados à conclusão da inevitabilidade do manual, não haveria maneira de o desonerar? Por exemplo, por concurso a nível nacional, transformando as editoras, neste particular, em prestadoras de serviços ao estado, oferecendo a melhor relação qualidade-preço? Ao fim e ao cabo, a obrigatoriedade mantém-se e a liberdade não advém de um estilo letivo, de uma opção individual do mestre, mas sim de uma decisão que acaba também ela por ser institucional e circunstancial: se mudar de escola, tenho de mudar de manual – ensinarei melhor como professor, aprenderei mais como aluno, gastarei menos como pai?

Todas estas questões ficam à consideração dos nossos leitores nesta sondagem que hoje lançamos – digam de vossa justiça.

Fernando Rebelo (professor bibliotecário)

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Resultados da última sondagem: qual o acontecimento mais marcante de 2013?

sondagem 2013Nos últimos meses, propusemos aos nossos leitores que elegessem o acontecimento mais marcante de 2013 – o resultado, não de todo inesperado, foi a escolha, em 1º lugar, da continuação da austeridade, destacando-se com uma percentagem de votos igual à soma do 2º e 3º selecionados. Quase no pólo oposto, mas na mesma linha económica e social, os ditos sinais de retoma apenas convenceram 4% dos leitores.

Nos 2º e 3º postos, com percentagens aproximadas, os acontecimentos votados dizem respeito respetivamente ao desaparecimento de Mandela, um ícone mundial da paz e da luta antirracista e ao surgimento de um já quase ícone também: o novo Papa Francisco, uma presença muito marcante para imensa gente apenas com um ano de pontificado.

A qualificação da seleção para o Mundial de Futebol de 2014 entusiasmou 9% dos leitores, enquanto o “chumbo” dos cortes nas reformas pelo Tribunal Constitucional teve relevância para 6%. Finalmente, houve ainda 3% que acrescentaram as revelações de Edward Snowden, que tantos engulhos diplomáticos causaram aos E.U.A., como o facto mais importante de 2013.

Nova sondagem: o que representa o 25 de Abril após 40 anos?

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No ano em que se completam 40 anos sobre o 25 de Abril será interessante saber o que esse acontecimento ainda representa. O próprio cartaz que aqui publicamos, da autoria de Júlio Pomar e de Henrique Cayatte, reflete essa interrogação: já só na memória de quem tem mais de 50, o que pode ainda significar para a população portuguesa? Haverá somente uma certa nostalgia agudizada pela crise, ou uma real necessidade de revisitação de cujas “grandoladas” são sintoma? Fará sentido essa revisitação depois de quase 30 anos, para o melhor e para o pior, de integração europeia? Ou, pelo contrário, é nestes momentos de crise que lembrar o que ele representou (e representa) para muita gente se torna mais urgente? Será o desacordo e a hesitação reinantes em torno desta celebração uma não assumida irrelevância do seu significado, o espelho da falta de consenso no modo como o interpretar ou mesmo o resultado de um embaraço perante uma série de expetativas que ficaram por cumprir? Será já só um “histórico” passado ou ainda um “político” presente e futuro?

De facto, não temos resposta cabal para nenhuma destas perguntas apenas a perceção da sua eventual pertinência, por isso aqui fica o desafio aos nossos leitores de serem eles próprios a propor as respostas.

(Nota: para votar utilize a “caixa” de sondagens na barra lateral direita da página)

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Sobre a última sondagem – quais os efeitos dos cortes financeiros nas escolas?

criseJá há dois anos que se tem mantido a mesma sondagem aqui no Bibliquais os efeitos dos cortes financeiros nas escolas. Primeiro, tornou-se difícil encontrar outra, quando tudo e todos à nossa volta tornavam praticamente este (ou a crise em geral) o único tema da atualidade; depois, desde que em finais de 2011 foi publicada até hoje, foi interessante observar a evolução do voto dos leitores: de uma vantagem clara inicial do quem gosta do que faz continuará a fazê-lo mesmo sob piores condições financeiras, foi-se passando para um pessimismo crescente, sendo hoje a maioria aqueles que sobrepõem uma grande desmotivação dos profissionais (34%) ao otimismo motivacional do item anterior, que acabou por se ficar por uns modestos 20%.

Ainda assim, 15% acredita que uma maior racionalização de recursos e soluções imaginativas para a sua falta poderão ajudar a superar os efeitos dos cortes, contra 12% que, pelo contrário, crê que a consequência será uma perca de qualidade no ensino e nos equipamentos. Finalmente, empatados em último lugar com 9,5%, os restantes votantes dividem-se entre os que acham que, apesar de tudo, os profissionais continuarão a dar o seu melhor pelos alunos, enquanto que outros tantos defendem que a vida nas escolas limitar-se-á às aulas e avaliação dos alunos.

No geral,  temos então um triunfo por 12% das perspetivas negativas sobre a visão mais otimista (ou terá ganho a abstenção?).

Nova sondagem – qual o acontecimento mais marcante de 2013?

Chegados ao final deste ano, que a muitos não deixará saudades, propomos agora aos leitores que escolham o acontecimento mais marcante de 2013 – nacional, 2013-clockinternacional, fica ao critério de cada um – será que a crise continua a ser o Tema dos Temas, ou outros acontecimentos como o apuramento para o Mundial de Futebol, a eleição do Papa, ou os ditos sinais de retoma já marcaram algum espaço nas nossas agendas de 2013? Estaremos quando chegados ao final de 2014 ainda encurralados no mesmo assunto? Esperemos que não… para darmos algum significado aos votos de Feliz Ano Novo.

E, para nos refrescar a memória, embora sem referências a Portugal (que se só parece ter tido relevo mediático global com o hat-trick the CR7 contra a Suécia ou com as ondas da Nazaré), aqui fica, com alguns tons de otimismo anglo-saxónico, 2013 em revista. (2013: what brought us together – o que nos juntou)

imagens: daqui e daqui

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Depois de 25% dos nossos leitores terem respondido que as férias eram essencialmente para descansar, 19% acharem que serviam para estar com familiares e amigos, 13% as preferirem para viajar, ou quebrar a rotina e 6%  as preferirem quer para porem os seus assuntos em dia, quer para se enriquecerem culturalmente ou dedicarem mais tempo aos seus hobbies, propomos-lhes agora um tema infelizmente incontornável – que efeitos terão os cortes financeiros nas escolas, quer pela diminuição dos recursos disponíveis, quer pelo agravamento das condições de vida dos seus profissionais?

Nada de novo, no entanto, pois 13% dos respondentes do inquérito anterior sobre as férias já questionava: “que férias?”.

Aqui fica então o nosso desafio nesta nova Sondagem do Momento, em que poderá participar clicando numa das opções da barra lateral direita. Será que o “amor à camisola” se vai sobrepor à desmotivação? Será que a nossa disciplina ou imaginação conseguirá suprir a falta de recursos? Têm vocês a palavra…

imagem daqui

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Sobre a última sondagem…

Nos últimos meses quisemos saber a opinião dos nossos leitores sobre os inventos/descobertas que poderiam ser mais importantes em 2011. Todas as opções apresentadas se baseavam não em fantasias de uma qualquer ficção científica ou avanços técnicos previstos para um futuro longínquo mas em previsões publicadas em sites da especialidade, como já foi referido no post aqui no Bibli que lançou a questão aos nossos leitores.

As respostas deram clara primazia às descobertas relacionadas com as melhorias no campo da saúde, e foi sem surpresa que a previsibilidade da cura ou, pelo menos, o controlo do vírus do SIDA, ficou em 1º lugar com 45% dos votos. Em segundo, com 15%, o alívio da dor crónica através de um implante de um microship manteve a tendência. Apenas no terceiro posto, com 13% das escolhas, ex-aequo com a cura de algumas formas de cegueira com uma retina artificial, a descoberta de um planeta semelhante à Terra se intrometeu nestas escolhas relacionadas com a saúde.

Com 5% dos votos, no 4º lugar, tivemos as viagens turísticas ao espaço e a iluminação pública natural através da colocação de nano partículas nas folhas das árvores, enquanto que o ecrã interactivo em tecido, papel, madeira ou qualquer outro material e o carro voador apenas contaram com 3% das preferências. Finalmente, nenhum leitor pareceu entusiasmado com as bactérias que armazenam dados substituindo os discos rígidos.

Uma nova sondagem…

Embora seja um assunto que gostaríamos de evitar, parece-nos de momento incontornável pois afecta a sociedade portuguesa como um todo – como vai cada um reagir à crise? Ao levantarmos a questão aos nossos leitores não pretendemos situá-la a nível ideológico ou partidário, apenas a nível pessoal e cívico, mais uma vez, sem outra pretensão que não seja contribuir para uma breve reflexão sobre o tema.

É evidente que esta crise não afecta todos por igual e há já alguns que nem sequer estarão em condições de responder – apenas desejarão que quem está neste momento decidindo sobre o nosso futuro lhes devolva aquilo que em tempos todos tivemos como um direito garantido e que agora parece cada vez mais precário – um emprego. Para esses vai a nossa solidariedade, pensando que se muitos vão ver pioradas as condições de vida, outros já só pensam em como sobreviver.

Embora a questão se dirija obviamente a quem reside em Portugal e sente no quotidiano a incerteza do futuro ou já a funesta certeza do presente, as respostas dos nossos leitores de outros países lusófonos  para quem o assunto não seja de todo alheio serão igualmente bem-vindas.

Participe!

Fernando Rebelo

imagens daqui e daqui

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Com  2011, iniciámos aqui no Bibli uma nova sondagem, já activa desde há algum tempo. Em vez de balanços de 2010, nestes tempos de crise, preferimos questionar os nossos leitores sobre o que de melhor nos pode trazer este ano, no campo da tecnologia e ciência ao serviço do bem estar, saúde e evolução do ser humano.

Assim, não em resultado de uma projecção mais própria da ficção científica, mas baseados nas inovações preconizadas já para este ano em artigos publicados no Jornal I e na Idea Connection, seleccionámos, das muitas descobertas e invenções elencadas, 9  que poderão vir a fazer a diferença e cuja importância deixamos ao critério dos nossos leitores. Não deixe então de participar nesta nova Sondagem do Mês, votando na caixa/widget do lado direito.

 

Quanto à sondagem que encerrámos – Qual o aspecto mais marcante das redes sociais, para o melhor e para o pior? os resultados deram uma ligeira primazia aos aspectos negativos desta nova forma de comunicação, que rapidamente se disseminou, constituindo um dos espelhos da globalização e que certamente produzirá forte  mudanças e novos padrões em quase todos os contextos de interacção humana.

Propusemos então aos nossos leitores que seleccionassem, dos seis propostos, o aspecto mais marcante, em três dimensões antagónicas, presentes na utilização das redes sociais:

  • capacidade de nos podermos exprimir publica e livremente vrs.  excessiva exposição da intimidade
  • quantidade e velocidade na partilha de informação vrs. ruído produzido pelo excesso de informação irrelevante
  • facilidade no contacto com pessoas de quem gostamos vrs. perigo de confusão entre a relação real e a virtual

Contabilizados os resultados, a excessiva exposição da intimidade foi escolhida como a característica mais marcante por 21% dos leitores, tendo 17% contraposto a capacidade de nos podermos exprimir publica e livremente. Igual percentagem se verificou noutra dimensão, pois mais 4% dos leitores acharam que as redes socias se distinguiam mais pelo ruído produzido pelo excesso de informação irrelevante do que pela quantidade e velocidade na partilha de informação. Finalmente, 14% dos leitores acharam que as redes induziam principalmente o perigo de confusão entre a relação real e a virtual, enquanto 10% preferiram destacar a facilidade no contacto com pessoas de quem gostamos.

Sem quaisquer pretensões de validade científica, estes resultados são apenas uma curiosidade e um pretexto para manter um espírito aberto mas crítico em relação ao tema, que constitui igualmente o tópico de discussão da actividade da parceria ICARUS da nossa escola (Programa Comenius actualmente em curso na ESDS) e, ao leitor interessado, recomendamos vivamente a leitura dos artigos e comentários que alguns dos nossos alunos e dos seus parceiros de outras escolas europeias produziram sobre o assunto.

Fernando Rebelo

imagens daqui e daqui

 

Ler mais:

“O papel das redes sociais na nossa sociedade” – 11ºB

“O papel das redes sociais na nossa sociedade” – feedback dos alunos participantes no intercâmbio Sobreda-Budapeste, Dezembro 2010

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Perguntámos  no início do ano lectivo, na nossa Sondagem do Mês, que factores poderiam contribuir mais para o melhorar.

Contabilizados os votos, há a destacar um razoável número de participantes, tendo 30% considerado que uma maior responsabilização das famílias seria o mais importante para melhores resultados. De facto, algumas mudanças sociais passaram a atribuir à escola, quase em regime de exclusividade, a tarefa de educar as crianças e os jovens, sentindo-se muitos pais desresponsabilizados pelo seu processo educativo, que certamente vai muito para além do que a melhor escola lhes pode dar. O outro lado da moeda talvez seja uma recente participação mais activa das associações de pais nos órgãos de gestão, tornando-os corresponsáveis pelas decisões da instituição que socialmente prepara o futuro dos seus educandos.

Sem grandes surpresas, a satisfação profissional dos professores, colheu o segundo lugar nas preferências, com 20% dos votos. As constantes reformas no ensino e alterações nas condições da carreira docente não têm  certamente criado um ambiente muito favorável ao seu desempenho. Mas este tema levar-nos-ia muito mais longe que um simples apontamento aqui no Bibli recomendaria…

Em terceiro, com 8%, uma maior preparação dos professores e uma maior autonomia na gestão das escolas leva-nos para o lado técnico-organizacional do ensino.. e quem sabe se estes factores não estarão de alguma forma associados ao anterior.

Finalmente, instrumentos jurídicos, como o Novo Estatuto do Aluno ou a melhoria dos recursos materiais, como a intervenção do PTE e do parque escolar nas escolas, recolhem 6% e 4%, respectivamente das preferências dos leitores.

Mas, mal ou bem,  o ano lectivo já está em marcha, é tempo de propor-vos uma nova sondagem sobre um tema que desde há algum tempo está na ordem do dia, pelas melhores ou piores razões: qual a característica mais marcante das redes sociais (blogues, marcadores sociais, Twitter, Facebook, etc.)?

Dificilmente esta forma de comunicação, disseminada a uma velocidade exponencial, levantaria mais dilemas, ambivalências em relação ao seu papel na nossa sociedade do que qualquer outra anteriormente experimentada. Se, por um lado, uns a diabolizam pelo excesso de exposição da intimidade, os perigos das amizades virtuais, o excesso de ruído e de informação, que não substituem o conhecimento,  a reprodução em vez da produção, outros há que defendem o dever moral da partilha, a multiplicidade de fontes de informação, a velocidade e a capacidade que alcançámos no acto comunicativo, e todo um novo paradigma de interacção social, ensino e aprendizagem que rapidamente se está desenvolvendo.

E você, leitor, o que acha?

(dê-nos o seu “clique” no painel lateral do blogue: Sondagem do Mês)

Fernando Rebelo

imagens: daqui e daqui

Outras sugestões:

 

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Durante as férias de Verão, perguntámos aos nossos leitores na nossa Sondagem do Mês, qual a obra de Saramago que consideravam mais marcante. Das várias opções apresentadas e da possibilidade de indicar outras, surgiram à cabeça, com um empate de 26%, Memorial do Convento e Ensaio sobre a Cegueira, logo seguidos de outro empate, com 13% dos votos cada, Evangelho Segundo Jesus Cristo, O Ano da Morte de Ricardo Reis e Caim. Um último empate resultou ainda de 4,5% (9% no total) dos leitores ter atribuído essa distinção ora a Jangada de Pedra ora a As Intermitências da Morte.

Como nota inicial, é de salientar que nenhuma das obras apagou por completo as outras e que provavelmente, apesar de alguns romances, por uma razão ou por outra se terem tornado mais emblemáticos, os leitores têm as suas preferências muito diversificadas. Não é de todo surpreendente que Memorial do Convento tenha ficado, ainda que ex aequo, em primeiro lugar. Tal como não é por acaso que o epitáfio que escolheram para o autor seja um excerto do último parágrafo dessa obra (Mas não subiu às estrelas se à terra pertencia). Desde que foi publicado em 1982, o “Memorial” tem vindo a tornar-se um “clássico” mundial da nossa literatura, ganhando honras de obra de leitura integral no 12º Ano e fazendo do Convento de Mafra um local de peregrinação internacional no roteiro saramaguiano.

Infelizmente, Saramago já não é o único autor vivo a ser estudado no Ensino Secundário e os alunos do 12º Ano, que em plena época de exames, se deram conta disso, comentam com emoção a notícia da sua morte no seu blog do Público Nota Final.

Talvez por ter sido adaptado ao cinema, Ensaio sobre a Cegueira ganha um destaque idêntico. Escrito muito mais tarde (1995), impressionou já outra geração de leitores e ganhou uma dimensão de metáfora universal da miséria e crueldade humanas. Esta obra foi já tema de um post aqui no Bibli, da autoria de Joana Lopes, na rubrica Livro da Minha Vida, contando com 1240 visitas e diversos comentários, que atestam a sua popularidade.

Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim, pelas polémicas religiosas (e até políticas) que na altura da sua publicação suscitaram, foram também para alguns as obras mais marcantes, tendo sido curioso que  este derradeiro livro  de José Saramago revisite um dos  seus temas recorrentes: Deus e a Bíblia.

O Ano da Morte de Ricardo Reis é referido por muitos como a sua obra prima, particularmente por outros escritores e personalidades mais associados à literatura – a sua relação especial com o universo de Fernando Pessoa e com  a cidade de Lisboa, constiturão talvez uma das marcas da identidade literária, portuguesa e lisboeta do seu autor.

Ainda referidos por alguns leitores-votantes, Jangada de Pedra (também adaptada ao cinema, embora com menos mediatismo que Ensaio sobre a Cegueira) remete-nos para outra faceta do ideário de Saramago – o iberismo – sendo As Intermitências da Morte mais uma das suas fábulas, com raiz numa ideia inicial: “e se”…um dia ninguém morresse?

Mas porque esta sondagem apenas serviu de pretexto para lembrarmos o que ficou do homem  que partiu – os livros que escreveu – recomendamos aos nossos leitores que visitem a infografia publicada pelo jornal Sol, que permite uma rápida e fácil consulta interactiva de toda a sua bibliografia, quer por datas, quer por géneros literários.

Sugerimos ainda a leitura do caderno P2 do Público, Saramago, de 26 de Junho de 2010 (que pode ser acedido aqui), com imensos depoimentos e artigos de muitas personalidades nacionais e internacionais que com ele lidaram de perto ou que simplesmente o leram e quiseram deixar testemunho sobre o homem e a obra.

Finalmente, no limiar de um novo ano lectivo, gostaríamos de desejar que os alunos que iniciem a leitura de Saramago com o Memorial do Convento, venham também a apreciá-lo e que encontrem na sua escrita algumas das razões porque a tanta gente deixou saudades.

Fontes:

Sol, Público, Fundação Saramago e Outros Cadernos de Saramago

Nota: grande parte dos títulos da obra de José Saramago encontra-se disponível para requisição na nossa biblioteca

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Seria evidentemente o tema da época, se não fosse, aliás, uma época em sim mesma – a rentrée, o regresso; seja ao trabalho em geral, seja ao futebol, seja ao debate político, seja, como é o caso que mais nos interessa, a um novo ano lectivo.

Tal como em todas as rentrées, discutem-se as condições em que este se processa: professores (não) colocados, novas regras, velhas regras, as despesas das famílias com os manuais escolares, enfim, já sem tanto caos ou foguetório de outros tempos mas ainda com direito a polémicas.

Faz então todo o sentido que lancemos, no advento de um novo ano lectivo, a pergunta aos nossos leitores: que factor(es) pensa que pode(m) contribuir para um melhor ano lectivo?

É evidente que a questão é mais profunda  – o que é afinal um melhor ano lectivo? Melhores classificações dos alunos? Maior grau de satisfação de todos os agentes de uma escola? Deixemos então aos nossos leitores essa interpretação, pois mais profundidade não cabe nos modestos propósitos desta sondagem, cujo único objectivo é suscitar alguma reflexão e interactividade por parte dos leitores.

E, já que estamos em maré de reflexões,  aqui fica uma,  a título mais pessoal , a propósito dos manuais escolares: Qual o seu papel no apoio à leccionação (pois ainda é muito disso – “papel” – que se trata) num mundo com tantas fontes de informação, em suportes tão diversificados?  Como os escolheremos para  os próximos 6 anos – seremos realmente capazes de adivinhar quão úteis ou obsoletos poderão ser até essa altura? (basta lembrar o mundo há seis anos atrás…) Não estarão demasiado sobrevalorizados nesta Sociedade da Informação? Não será antes função formativa dos professores o de ajudarem os alunos a serem críticos e selectivos no contacto com a imensa pluralidade informativa que os rodeia, quer queiramos ou não?

Mas, para celebrar mais uma rentrée, com ou sem nostalgia, aqui fica também uma galeria da memória das nossas, dos nossos pais ou dos nossos avós,  cartilhas e livros de leitura da escola primária.

Fernando Rebelo

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Fonte das imagens: Santa Nostalgia

Também lhe pode interessar:

Porque é tão difícil ter boas escolas? (artigo de Edma Satar, em pdf)

Venda ilegal de manuais escolares em pacote (DN 27.08.10)

Preço de manuais sobe mais do que a inflação (DN 29.06.10)

Novo Estatuto do aluno (em pdf.)

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Valha o que valer, os resultados da última sondagem que promovemos aqui no Bibli, sobre o acordo ortográfico, já em fase de implementação, dão uma maioria àqueles que se opõem, 54%, contra os 28% que acham que trará benefícios a todos os falantes da língua portuguesa. Finalmente, para 11%, o assunto é indiferente, e 7% afirmam mesmo que nem sequer sabiam que já estava em vigor.

O tema não é, aparentemente, em nenhum dos lados do Atlântico, uma prioridade nos debates, apesar de diversas sondagens se sucederem e não ser difícil, especialmente em sítios brasileiros, encontrar formas humorísticas de ver tratado o assunto.

No post em que lançámos esta sondagem remetemos os leitores para alguns sítios que continham informação sobre o assunto, com enquadramento histórico, novas regras ortográficas, etc. Sugerimos-lhes desta feita outros que mantêm, nos dois lados da barricada e com abundante argumentação, uma discussão acesa sobre o tema.

Assim, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, movimento criado em 2008 que conta com uma forte lista de subscritores, deixou no nosso post uma mensagem apelando à subscrição dos nossos leitores. No sítio da iniciativa, para quem queira formar uma opinião mais avisada, podemos encontrar uma série de artigos fundamentando a inutilidade do acordo e até o impacto negativo do processo em curso da sua implementação, destacando-se a presença de Maria do Carmo Vieira, nossa colega da disciplina de português, já conhecida noutras causas em defesa do que acha ser o melhor para a nossa língua.

Mas, se quisermos saber o que na opinião de outros (cujo parecer acabou por prevalecer com legitimitidade legislativa) o fundamenta, podemos igualmente ler a entrevista de Ana Laborinho ao DN e a do filólogo brasileiro Evanildo Bechara ao Público, transcrita no Ciberdúvidas, onde defende que a língua portuguesa hoje não pode ter um só dono, em resposta à reacção, aparentemente mais negativa, verificada no nosso país.

De uma forma ou de outra, segundo noticia o  Público, a nova ortografia irá chegar às escolas já no ano lectivo de 2011-2012, reflectida na redacção dos novos manuais escolares.

Não compete porém à edição do Bibli tomar partido, deixando apenas aqui a reflexão a quem se interesse pela questão. E, quando passa um mês sobre a sua morte, é tempo agora de perguntar aos nossos leitores qual é na sua opinião a obra mais marcante do escritor José Saramago, que ainda há dois anos  manifestava numa entrevista a sua compreensão em relação a esta normalização ortográfica, não deixando no entanto de salientar que aos 85 anos  já era tarde para voltar aos bancos da escola primária.

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Com tantas coisas que se diz que o nosso país precisa, provavelmente a muita gente não lhe ocorrerá que é de um novo acordo ortográfico. Talvez por isso, o acordo de 1990 que tantas anedotas provocou na altura (lembram-se do fato, do cágado?) tenha passado desapercebido ao entrar em vigor em Janeiro de 2010 em Portugal (já está em vigor no Brasil desde 2009 e espera-se que se generalize brevemente nos restantes países da CPLP).

na caixa lateral direita: Sondagem do Mês

Mas entrou, e em alguns orgãos de comunicação social escrita já se vai notando alguma ação em vez de acção, e por aí adiante…  Convém porém ter em conta  que “ortográfico” apenas se refere à norma que define as letras  e a acentuação gráfica das palavras, e que em nada altera a construção das frases, a definição do vocabulário e, muito menos, a pronúncia (como se tal fosse possível por alguma norma).

Assim, decidiu a edição do Bibli que merecia ser tema de uma Sondagem do Mês, em que lhe perguntamos se acha bem, mal, tanto lhe faz, ou  se nem sequer sabia desta recente mudança ortográfica.

Mesmo  não sendo um assunto da sua especialidade, não deixe de colaborar na nossa sondagem dando-nos a sua opinião, o seu voto (ver caixa/widget lateral à direita) pois, de uma forma ou de outra, o acordo irá afectar-nos (ou será afetar-nos?) a todos.

Pode ainda, se o assunto for do seu interesse, dar uma  rápida vista de olhos  a este sítio da Porto Editora, que de um modo sucinto aborda o tema, apresentando um conversor ortográfico e as linhas gerais da mudança que se preconiza.

Ou, se quiser o assunto tratado de uma forma mais exaustiva, aconselhamos uma visita ao Portal da Língua Portuguesa, clicando na imagem abaixo.

Fernando Rebelo

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Novo mês – nova sondagem. Tendo questionado os nossos leitores sobre os conteúdos do Bibli, deixaremos para um artigo de maior folêgo a análise dos resultados, servindo os mesmos de pretexto para um balanço, não só quantitativo mas igualmente qualitativo deste ano e meio e quase 87.000 visitas.

Curiosamente, 25.000 delas incidiram sobre um artigo publicado há mais de um ano sobre o filme Crepúsculo. Foi tal o sucesso que há muito deixámos de publicar comentários sobre esse post, dada a quantidade e redundância dos conteúdos. Verificamos igualmente nas requisições domiciliárias da BE o interesse pelas obras de Stephenie Meyer e afins vampíricos, particularmente junto das jovens leitoras, e constatamos estar perante um fenómeno que se aproxima do sucesso atingido por J.K Rowling com a saga de Harry Potter ou Dan Brown com O Código da Vinci.

Assim, temos tema! E pedimos a colaboração dos nossos leitores para a sondagem que agora iniciamos: diga-nos então, “amando” ou detestando as obras a que nos referimos, o que pensa sobre as causas de tanto sucesso.

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Como em muitas publicações online, também aqui no Bibli perguntámos aos nossos leitores, entre finais de Dezembro e meados de Janeiro, o que mais havia marcado 2009. Provavelmente, como no fim de uma festa, ao entrar em 2010, muitos dos acontecimentos de 2009 se irão desvanecendo na nossa memória, com a espuma dos dias em que o mediatismo lhes deu protagonismo .

Assim, a morte de M. Jackson ficou destacado em 1º, sendo de salientar, que merecido ou não, o Nobel de Obama ganhou um distinto 2º lugar, bem perto da crise económica que, apesar do 3º lugar, corre o risco de continuar candidata em 2010. A pandemia de Gripe A, por seu turno, com um modesto 4º lugar, parece ter perdido, com ou sem razão, algum impacto nas nossas vidas vista já deste 2010 e, enquanto o apuramento da nossa selecção para o Mundial de Futebol de 2010 ainda conseguiu entusiasmar 4%, a entrada em vigor do Tratado de Lisboa nem um voto arrecadou.

Enfim, o passar do tempo, o olhar da História, medirá com mais rigor a importância que todos estes acontecimentos tiveram nas nossas vidas, mas , para quem ainda quer recordar 2009, aconselhamos a visita à galeria de imagens que marcaram o ano, publicada pelo jornal Público.

Agradecemos a votação dos nossos leitores e, visitante esporádico ou assíduo, não deixe de votar nesta nova sondagem em curso sobre o nossos conteúdos, talvez nos possa ajudar a melhorar o Bibli neste ainda fresco 2010.

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