O velho castanheiro de Lamego
Tudo aconteceu num dia frio de inverno. O céu estava deserto e gélido. As aves, que outrora voavam alegremente, haviam desaparecido e a chuva, coisa bela mas tão destruidora, fizera estragos algures, mas também trouxera a vida a milhares e milhares de pequenas plantinhas, que um dia, haveriam de se reproduzir e, quiçá, tocar o céu.
Ninguém sabe como, ninguém sabe porquê, mas foi de uma dessas, tão pequenas e inocentes plantas, que este castanheiro floresceu.
Hoje, frondoso e paciente, o velho castanheiro mantém-se firme, olhando por Lamego.
Inês Santos Pedro, 8º B
Imagem original de Inês Pedro
A árvore extraordinária
Em tempos longínquos, num verdejante vale abraçado por grandiosas montanhas, existia uma árvore extraordinária. Os povos antigos respeitavam-na e contavam histórias sobre os seus poderes maravilhosos. A árvore teria nascido num lugar remoto e secreto. Poucos conseguiam encontrá-la e quem a encontrava continuava a guardar o segredo.
Os povos dos novos tempos ouviam estas histórias e duvidavam da existência da árvore extraordinária. Nunca mais tinham surgido pessoas que tivessem enriquecido com os seus poderes. Como se poderia enriquecer com uma árvore? Ou obter sabedoria?
O Daniel era uma menino que ouvia estas histórias. Apesar de viver na cidade, gostava muito da natureza e tinha imensa curiosidade em perceber porque os antigos falavam nos poderes maravilhosos da árvore extraordinária. Por isso, quando cresceu, partiu à sua procura pela gigantesca floresta dos povos antigos, onde os povos dos novos tempos já não iam.
A viagem foi muito longa. Conheceu novos lugares, tão diferentes dos que conhecia. Aprendeu a respeitar a natureza, os animais, as plantas e os rios. Experimentou viver com o que a natureza lhe dava. À noite conseguia ver as estrelas do céu e sonhava. E um dia alcançou o verdejante vale de que falavam os antigos. Sentiu que aquele era o vale de que se falava noutros tempos. As árvores eram todas belas, como são todas as árvores. Por acaso, fixou o olhar numa delas. Sentiu que aquela era a sua árvore extraordinária. E percebeu que, com toda aquela aventura, a sua vida tinha enriquecido muito com o contacto com a natureza.
O Daniel tinha enriquecido.
Beatriz Ribeiro, 8ºB
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