O mês de Novembro foi marcado pela estreia da aguardada e desejada Lua Nova de Chris Weitz, sobre os amores e desamores de vampiros adolescentes e que atraiu muitos jovens (e não só) às salas de cinema. Ainda sobre vampiros (um tema que está na moda), está em exibição Circo dos horrores: o assistente do vampiro, de Paul Weitz.
No género de terror exibiram-se A maldição de Molly Hartley, de Mickey Liddell e Pandemia, de David e Alex Pastor.
Quanto a documentários, estrearam-se os portugueses As ruas da amargura, de Rui Simões, que apresenta exemplos de percursos de vidas complicadas e Ne change rien, de Pedro Costa, sobre a cantora Jeanne Balibar. O polémico Michael Moore, com Capitalismo : uma história de amor, trata da crise financeira que começou em 2007, criticando também as medidas governamentais de estímulo à economia.
Um filme a não perder é Tetro, do cineasta clássico Francis Ford Coppola que, numa obra a preto e branco, faz a desmontagem das relações entre irmãos.
Destacam-se, também, o drama New York, I love you, de vários realizadores e com um elenco interessante, o musical Step Up 2, de Jon Chu, o thriller de Rian Johnson, Irmãos Bloom, assim como a comédia dramática com lições de gastronomia Julie e Julia, de Nora Ephron, a partir da biografia da famosa cozinheira Julia Child e representada pela fabulosa Meryl Streep. Os apreciadores de épicos de guerra podem assistir a O milagre em Sant’ Anna, de Spike Lee e James Mc Bride , sobre quatro soldados afro-americanos em Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Interessante é a comédia Cliente , de Josiane Balasko, que teve antestreia na Mostra de Cinema Francês.
O mês também foi marcado pela estreia do filme catástrofe da temporada 2012, de Roland Emmerich, a partir de uma lenda da antiguidade baseada no calendário Maia que defende que haverá um cataclismo naquela data. No entanto, não passa de uma sucessão de efeitos especiais. Também de ficção científica mas com um cariz filosófico é o magnífico Moon – Outro lado da Lua, de Duncan Jones.
Como vem aí a quadra natalícia, é oportuno assistir a uma nova versão da obra homónima de Charles Dickens Um conto de Natal, de Robert Zemeckis .
Ainda sobre o Estoril Film Festival, o cineasta grego Yorgos Lanthimos foi o vencedor do Grande Prémio com o polémico filme Dogtouth que conta a história de uma família a viver nos arredores de uma cidade, numa casa-prisão, onde as crianças não têm contacto com o mundo exterior.
Quanto ao Cinanima 09, 33º Festival internacional de cinema de animação, que decorreu de 9 a 15 em Espinho, o Grande Prémio foi atribuído ao galardoado Chris Landreth com uma curta de onze minutos, The Spine, que apresenta a história de um casal em processo de interdependência e destruição. O francês Logorama, de vários autores, recebeu o Prémio Especial do Júri e o Melhor Filme Português (Prémio António Gaio) foi atribuído a Nuno Beato com Mi vida en tus manos.
Sobre o mundo ( português) do cinema, refira-se que o ABC Cineclube está a apresentar até 18 de Dezembro, na Sociedade Portuguesa de Autores, um ciclo intitulado Filmes esquecidos. O interesse desta iniciativa é o facto dos doze filmes não terem sido estreados nas salas.
Profª Luísa Oliveira
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