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Archive for Julho, 2011

Ler na praia

Women reading in summer, de Koren Shadmi, via Lectureimatges

Se acha que para além de nadar, apanhar sol e admirar a paisagem, a praia ainda é um excelente sítio para ler, aproveite esta lista de leituras recomendadas pelo jornal Sol, num artigo de Rita Silva Freire:

Uma Viagem à Índia, Gonçalo M.Tavares. Romance vencedor do Prémio APE , de um dos mais aclamados escritores portugueses.

O Grande Bazar Ferroviário, Paul Theroux. Escrita por um dos mais famosos autores de literatura de viagens mundiais, esta é a narrativa do seu périplo pelos caminhos-de- ferro asiáticos, desde o Expresso do Oriente ao Transiberiano.

Quarto Livro de Crónicas, António Lobo Antunes. Só lhe falta o Nobel. Até à publicação do próximo romance (depois do Verão) o melhor é ir lendo as crónicas. Aqui se reúnem 79 dos textos publicados na revista Visão.

Destinos Entrelaçados, Abraham Verghese. Desde os anos 40 até aos dias de hoje, esta saga familiar passa por um convento na Índia, uma sala de operações na Etiópia e um hospital no Bronx, numa narrativa em que cirurgia e história – tal como os destinos – se entrelaçam.

Dicionário de Coisas Práticas, Francisco José Viegas. Para conhecer melhor as opiniões do novo secretário de Estado da Cultura, que aqui se debruça sobre variados temas.

A Viagem, Virginia Woolf. Primeiro romance da autora, publicado em 1915, um rito de passagem para a maioridade. A protagonista parte para a América do Sul numa viagem de autodescoberta.

A Toupeira, John le Carré. Primeiro livro da trilogia de Smiley, a série que deu ao autor o título de mestre da literatura de espionagem. Um agente a trabalhar para os soviéticos infiltrou-se nos Serviços Secretos Britânicos, pondo em causa algumas missões. Quem será?

Ilha Teresa, Richard Zimler. Se o escritor se mudou há duas décadas dos EUA para Portugal, neste romance faz o caminho contrário, colocando-se na pele de uma adolescente portuguesa emigrada nos EUA.

A Verdadeira História do Bandido Maximiliano, Jacinto Rego de Almeida. Um divertido thriller composto por um manuscrito perigoso, uma família de bandidos e pelo clima tropical brasileiro. Perfeito para ler ao sol.

La Coca, J.Rentes de Carvalho. O escritor português é uma verdadeira pop-star literária na Holanda, mas só agora foi descoberto em Portugal. Muito humor numa narrativa que versa sobre o contrabando e o tráfico de droga no Norte do país.

Pornopopeia, Reinaldo Moraes. Um livro brasileiro de excesso para uma época de excessos. Sob a pressão de ter que fazer um filme publicitário sobre enchidos de frango, o protagonista entra numa espiral de sexo, álcool e drogas. Para rir e conhecer o que de melhor se está a fazer na literatura em língua portuguesa do lado de lá do Atlântico.

Pode ainda dar uma olhada às sugestões dos nossos leitores nos artigos da rubrica Um Livro na Minha Vida, publicados aqui no Bibli.

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BRYSON, Bill, Breve História de Quase Tudo,  Bertrand Editora, 2009

Bill Bryson é um escritor americano de renome que, basicamente, escreveu livros sobre as suas viagens como The Lost Continent e Notes of a Small Island. Para grande surpresa, Bryson levou a cabo uma intensa pesquisa científica de vários anos, consultando centenas de obras, resultando num livro com um título nada modesto, Breve História de Quase Tudo (uma espécie de “viagem” pelo mundo da ciência!).

Esta obra toca todas as áreas da ciência ao longo de mais de quinhentas páginas e nada mais óbvio do que começar com o ínicio do universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos, salientando não só a insignificância que representamos em comparação com o resto do universo (uma das grandes capacidades literárias de Bryson são as suas admiráveis analogias – parafraseando Bryson: se imaginássemos a Terra do tamanho de uma ervilha, Júpiter estaria a 300 metros de distância, Plutão ficaria a cerca de 2,5 quilómetros de distância, e a Próxima de Centauro, a estrela mais próxima da Terra, estaria a 16 mil quilómetros), como também o privilégio que o nosso planeta possui por ter vida, tendo em conta as infinitas condições para que tal possa acontecer (por exemplo, para que o universo existisse como tal, possibilitando a existência de vida, é necessário que sete milésimos da massa do hidrogénio seja convertido em energia para a formação de hélio, porém se esse valor fosse ligeiramente superior, todo o universo era constituído somente de hidrogénio).

sistema solar - dimensões comparativas

Mas a obra de Bryson não se restringe à história do universo, este é  somente o início de um  guia de descobertas científicas. Posteriormente, ele explora os mais variados campos da ciência, desde a física quântica até à biologia, passando pela origem da vida e o consequente processo evolutivo até ao Homo sapiens (referindo a teoria de Darwin, e a importância do ADN e cromossomas), e  a geologia, nomeadamente a possibilidade de extinção de dinossauros causada por um meteorito e a possibilidade de se detectar esses corpos celestes antes de chocarem na superfície terrestre (apresentando as características da estrutura interna da Terra).

Bill Bryson

Embora esta obra de Bryson possua um carácter bastante superficial (como não podia deixar de ser, tendo em conta o seu  título), assim como um registo um pouco apressado e por vezes até confuso, pois a sequência de informação ao longo da obra não apresenta uma ordem específica, é de elogiar a maneira como explica cada área das ciências. Isto porque uma das características da sua escrita é o humor que percorre toda a obra. Ao ler o livro, é possível começarmos a rir perante determinados exemplos dados pelo autor, ou pelo modo como descreve a vida dos cientistas que fizeram grandes descobertas (especialmente as suas atitudes excêntricas). Este elemento, juntamente com um pouco de teoria, de prática, de números e factos, leva o leitor a querer sempre saber mais, cativando-o até à última página. Recomenda-se uma atenção especial ao epílogo de Bryson, que está genial, pois leva-nos a reflectir sobre as  eventuais consequências da explosiva evolução científica que hoje presenciamos.

Em suma, ao acabar de ler o livro, fica-se com a ideia de que na verdade não sabemos mesmo quase nada, ao contrário da primeira impressão que nos é sugerida pelo título. Como disse Sócrates, “só sei que nada sei”.

 Filipe Hanson, 11ºB

Nota do editor: 3º texto mais votado pelos alunos no concurso de artigos críticos sobre obras de divulgação científica

imagens: daqui  e daqui

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Na Escola Daniel Sampaio, na Sobreda, Almada, houve cinco vintes, três dezanoves e três dezoitos no exame nacional de Matemática, num ano em que as negativas à disciplina dispararam. A receita, dizem os alunos, é simples: trabalho, trabalho, trabalho.

Passaram 20 minutos depois do toque que pôs fim a um exame de melhoria. A manhã acabou de acabar. Na biblioteca da Secundária Daniel Sampaio há dez alunos do 12.º ano prontos para falar. Sente-se orgulho e nervoso miudinho.

São todos excepção à regra. Este ano as negativas no exame de Matemática A, do 12.º ano, dispararam. A taxa de reprovação atingiu os 20 por cento na primeira fase, contra 13 por cento em 2010. Apesar de a disciplina ter mantido uma média positiva, desceu de 12,2 para 10,6 valores.

Para falar da receita para o vinte ficam apenas quatro dos dez alunos do início desta história. Um 20, um 13, um 15 e outro 20. Da esquerda para a direita: Ruben Leston, Mónica Mendes, Miguel Mouzinho e Patrícia Pires.

Concordam que o bom resultado não tem uma receita com muitos ingredientes. É preciso «trabalho, trabalho e trabalho». Dá jeito «gostar do que se está a fazer» e «acreditar que se vai conseguir».

Todos têm ocupações fora da escola, cursos mais ou menos escolhidos e férias alinhavadas. Garantem quase em coro que não há muitas coisas que deixem de fazer por terem de estudar.

Ruben Leston, 18 anos, o primeiro a contar da esquerda, vai estudar Medicina ou Engenharia Espacial, ainda não decidiu. Tem uma média de «18 ou 19, dependendo de como correrem as melhorias», joga futebol e pratica natação.

«Temos de aprender a dosear o esforço. Tudo o que é demais é exagero. Não deixo de fazer nada por ter de estudar. Quando acho que estou a trabalhar demais vou dar uma volta, apanhar ar», contou.

Muitas vezes, acrescentou, «a Matemática é uma forma de escapar ao resto»: «Quando começamos a fazer exercícios e a estudar nem damos pelo tempo passar».

Na outra ponta da mesa, Patrícia Pires, 17 anos, vai estudar Medicina. A média de secundário passa dos 18. Este ano praticou atletismo e também sente o tempo a fugir quando faz exercícios de matemática. No dia do exame, diz, é importante que se «controlem os nervos».

«Acho que o melhor que temos a fazer antes de entrar para a sala de exames é controlar os nervos, a ansiedade e aquele turbilhão de emoções [por] sabermos que [o exame] é aquilo que nos distancia de conseguirmos atingir o nosso objectivo, que aquelas duas horas são o tudo ou nada», disse.

Miguel Mouzinho, 18 anos, o da cadeira número três, quer ser engenheiro mecânico. Tem uma banda e participa num programa de rádio. Teve 15 no exame e vai tentar fazer melhor na segunda fase. Diz que as explicações o ajudaram a consolidar a matéria e a combater a preguiça, e dá parte do mérito da nota à professora. Depois ouve-se um coro, elogios vezes quatro.

Que é dedicada, amiga, exigente, que é também responsável pelas notas. Fátima Delgado está há três anos com as três turmas de Ciências da escola. À Lusa disse considerar que, «mais importante do que contar os vintes, é olhar para o percurso fabuloso que muitos alunos tiveram».

Mónica Mendes, 18 anos, sentada na cadeira número dois, teve 13 valores no exame de Matemática. É atleta de alta competição e sai do Secundário com uma média de 15. «No primeiro teste, no 10.º ano, tive negativa. Não estava habituada ao ritmo da professora. Tive de me esforçar, trabalhar mais», contou.

A juntar a isto, acrescenta, com todos a assentir, pesa a favor o facto de funcionarem «como uma espécie de família»: «Somos todos amigos, ajudamo-nos e quem sabe mais ensina a quem sabe menos».

Dos 38.391 alunos que realizaram o exame de Matemática A na primeira fase, 135 obtiveram 20 valores.

por Joana Carvalho Fernandes, da agência Lusa, publicada no Sol de 23.07.11

Nota do editor: foi corrigido o nome da nossa colega de Matemática e o número de dezoitos obtidos pelos alunos citados na notícia

imagem daqui

clique para aceder à reportagem da RTP

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O Canguru Matemático sem Fronteiras  é o maior concurso deste género no mundo, envolvendo 45 países e mais de cinco milhões de alunos. Os alunos são divididos por categorias, consoante o ano de escolaridade. As questões apresentadas envolvem alguns conhecimentos matemáticos, mas sobretudo apelam ao raciocínio lógico.

A nossa escola participou pela primeira vez neste concurso no ano de 2009. E já no ano de 2010, 4  dos nossos alunos ficaram entre os melhores classificados a nível Nacional. Em 2011, esse número ascendeu a 5. Estamos a falar em 5 alunos mas convém não esquecer que apenas na categoria Benjamim concorreram em todo o país, só no ano passado, 20538 alunos, tendo uma aluna da ESDS sido classificada em 18º lugar a Nível Nacional (e 2º a Nível Distrital).

O Clube de Matemática – O Ábaco, que irá funcionar pela 1ª vez na nossa escola no próximo ano lectivo, será um espaço em que, entre muitos outros desafios, se propõe desenvolver actividades que promovam o raciocínio lógico e lógico-dedutivo. Será um espaço onde os alunos,  entre outras, irão desenvolver actividades que apelam e promovem capacidades semelhantes às necessárias para concorrer ao Canguru Matemático sem Fronteiras, que por seu turno estimulam competências necessárias a um futuro académico e profissional promissor.

Se estás interessado em fazer parte deste clube consulta o site: http://clubes.eprofes.net/

Fátima Delgado

(professora de Matemática da ESDS)

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Peixes Caboclos, por Patrícia Moura

Sabia que o fel do bíblico peixe que curou a cegueira do pai de Tobias podia  muito bem ter sido óleo de fígado de bacalhau que, com a sua vitamina A, possui  propriedades curativas no campo da oftalmologia?

Sabia que o Pegador, alvo de repreensões no capítulo V do Sermão de S. António aos Peixes, tratar-se-ia provavelmente de uma Rémora,  escolhida pelo pregador, opostamente, como modelo de virtudes no capítulo III?

P. António Vieira

Estas e outras curiosidades fazem parte de um trabalho interdisciplinar dos alunos do 11ºB da ESDS (ano lectivo 2010-11) que se propuseram a analisar a possível realidade factual-científica por detrás dos elementos alegóricos-morais do sermão.

Sendo da área de Ciências e Tecnologias e participantes do Clube de Aquariofilia/Biomuseu os alunos puderam aliar a ciência à literatura, neste projecto interdisciplinar entre Português e Biologia que se publica agora na nossa Linha na Estante e que pode ser acedido aqui.

imagens daqui e daqui

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A Ocupação Científica de Jovens nas Férias proporciona aos estudantes do ensino secundário uma oportunidade de aproximação à realidade da investigação científica e tecnológica.

Em curso desde 1997, esta iniciativa já envolveu mais de 8000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país.

In http://www.cienciaviva.pt

Saiba mais clicando na imagem abaixo:

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“(…) a leitura, fonte de prazer, de conhecimento e de novas experiências(…)”

Esta foi uma das expressões utilizada no exercício de expressão escrita do exame de 9º ano. Porém, para nós, alunos de 9º ano da ESDS esta expressão já não é novidade! Desde que nos conhecemos – no sétimo ano de escolaridade – esta actividade tem sido uma fonte inesgotável de criatividade. Pois é! É o famoso Projecto Individual de Leitura!

Desde apresentações orais, construção de objectos a criação de marcadores, fizemos de tudo um pouco ao longo destes três anos. Como forma de terminar este ciclo “em beleza” aqui ficam alguns dos exemplos de leituras que fizemos. Havia muito mais a revelar e mostrar; talvez numa outra oportunidade!

Lilita Garcia

(professora de Português da ESDS)

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WEISEMAN, Allan, O Mundo sem Nós,  Editor: Estrela Polar, 2007

Alan Weisman é antigo editor do Los Angeles Times Magazine, produtor de rádio e professor de jornalismo internacional na Universidade do Arizona. Ganhou o prémio Best American Science Writing 2006. O Mundo sem Nós, o seu bestseller, traduzido em 30 línguas, foi nomeado pela Times Magazine e pela Entertainment Weekly como o melhor livro de não-ficção de 2007, tendo um grande impacto mundial.

O livro, dividido em 4 partes, retrata o planeta Terra após o desaparecimento do Homem, e de como  se regeneraria após isso.

Na primeira parte faz-se referência a Bialowieza Puszcza a floresta primitiva da Polónia. Em seguida, o autor fala dos elevados níveis de CO₂, retrata a destruição de casas e infra-estruturas e a inundação dos metros de Manhattan.

Na segunda parte do livro o autor relata a história do aparecimento dos fertilizantes e suas consequências e também a problemática dos resíduos plásticos que criamos.

Na terceira parte o autor fala sobre as antigas e modernas maravilhas do mundo, como o canal do Panamá, e relata qual será o seu destino após o nosso desaparecimento. Referencia-se, igualmente, a Zona Desmilitarizada da Coreia e as centrais nucleares.

Por fim, na quarta parte, abordam-se todas as obras artísticas que perdurarão após a extinção da humanidade.

"Lisboa sem nós", Kenn Brown

No geral, gostei bastante desta obra. Considero que foi muito bem elaborada e estruturada, contendo referências a vários dos problemas que a humanidade causou na Terra. Estas referências, contudo, não são muito extensas e apresentam linguagem simples, pelo que podem ser entendidas por todas as pessoas em geral.

Considero, contudo, que em certas partes do livro o autor pormenorizou demais certos aspectos, que provavelmente achou importantes, mas que acaba por tornar o livro algo enfadonho nessas passagens, como por exemplo quando fala da inundação dos metros de Manhattan.

Nesta obra, ao contrário de outras obras científicas, o autor não  tenta impor o seu ponto de vista, falando com objectividade dos problemas que criámos no mundo. Assim, o livro não é dirigido apenas às pessoas que concordam com a opinião do autor, mas a todas  que se interessem por esta temática.

Alan Weisman

Este livro teve então um grande impacto a nível mundial, não só pelo facto de relatar os problemas que causámos na Terra, mas também pelo facto de o fazer de uma forma “desinteressada”, não nos impondo uma ideia sobre esta problemática mas sim levando-nos a reflectir e a formularmos a nossa própria opinião sobre este assunto.

Aqui fica um dos meus excertos preferidos: Quando as Voyagers e Pioneers se transformarem em poeira de estrelas, as nossas ondas de rádio, transportando sons e imagens que registam pouco mais do que um simples século de existência humana, são tudo o que o universo conterá de nós. É apenas um instante, mesmo em termos humanos. Mas um instante notavelmente fecundo – apesar de conturbado. Quem quer que esteja à espera das nossas notícias nas fronteiras do tempo terá um punhado delas. Poderá não entender Lucy. Mas ouvirá as nossas gargalhadas.

Considero então que este é um livro de leitura agradável e que poderá ajudar-nos a perceber melhor o Planeta Terra e o que poderemos fazer para o salvar.

 Ana Catarina Costa, 11ºB

Nota do editor: 2º texto mais votado na actividade de leitura de obras de divulgação científica.

imagens daqui e daqui

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Apesar da fraca visibilidade internacional da cinematografia nacional, surge, por vezes,  algum reconhecimento. Assim,  o produtor Paulo Branco vai presidir ao júri da 64º edição do festival de cinema de Locarno que decorrerá de 3 a 13 Agosto na Suíça. O realizador João Trabulo integra o júri do festival internacional de cinema documental de Marselha de 6 a 11  de Julho.

Quanto a estreias de obras nacionais, a guerra colonial continua presente, neste caso, com testemunhos femininos sobre o conflito em Quem vai à guerra de Marta Pessoa. A partir do relato de uma situação verídica, os temas da xenofobia e preconceito são tratados em Viagem a Portugal de Sérgio Tréfaut. Também estreou o prémio revelação do XII festival luso-brasileiro de Sta Maria da Feira, Durante o fim de João Trabulo que retrata o quotidiano do escultor Rui Chafes.

Os dramas juntaram relatos verídicos e temas atuais:  Get Low- a lenda de Félix Bush de Aaron Schneider  a partir de factos da vida de Félix Breazeale  dos anos 30;  A vida acima de tudo de Oliver Schmitz  com situação sofrida na África do Sul;  o fanatismo religioso  em Hadewijch de Bruno Dumont; Miral de Julian Schnabel, baseado na obra autobiográfica da jornalista de origem árabe Rula Jebreal;  os perigos da internet  em Trust –  Perigo online de David Schwimmer;  Jodie Foster com um tema original  protagonizado por Mel Gibson em O Castor; Vincent Gallo numa interpretação soberba em  Essential killing – matar para viver de Jerzy Skolimovski; Pequenas mentiras entre amigos de Guillaume Canet; a espantosa luta pela sobrevivência em Rumo à liberdade de de Peter Weir, a partir da aclamada obra autobiográfica do polaco  Slavomir Rawicz  e o western O atalho de Kelly Reichardt.

 A comédia é sempre uma rotina do verão cinematográfico. A saga  A Ressaca 2 de Todd Phillips tem  batido recordes de bilheteira e junta-se às banalidades de Um sonho de rapariga de Phil Trail, Professora baldas de Jake Kasdan, Empresta-me o teu namorado de Luke Greenfield  e Beastly – o feitiço do amor de Daniel Barnz.

Para adeptos fiéis, temos a história do início dos heróis mutantes com a eterna batalha entre o Bem e o Mal em X-men – o início de Matthew Vaughn e Transformers 3 de Michael Bay.

Acção  dramática aparece em  A águia da nona legião de Kevin Macdonald e Valhalla Rising – destino de sangue de Nicolas Winding , galardoado no Fantasporto com Menção Especial e prémio Especial do Júri para Melhor filme internacional de fantasia.

O habitual filme de animação foi  Panda Kung Fu 2 de Jennifer Yuh.

O filme do mês tem como tema o terrorismo internacional nos anos 70 e 80bem documentado em Carlos de Olivier Assayas, sobre o venezuelano Ilitch Ramírez Sánchez, “ Chacal “,  figura  emblemática da Guerra Fria  que encarnou os conflitos da época  e que  se encontra numa prisão em França a cumprir uma pena de prisão perpétua.

Nos Prémios MTV Movie Awards 2011 o filme Eclipse da saga Twilight ganhou cinco categorias, o que demonstra como é admirado, especialmente, entre os jovens.

As Fitas terminam este ano lectivo desejando boas férias e relembrando que  mesmo com temperaturas elevadas é sempre estimulante ver/rever bons filmes.

Luísa Oliveira

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    Biblioteca Municipal José Saramago

Projecto “DAR DE VOLTA”

Reutilização de manuais escolares

 

O projecto “Dar de Volta” caracteriza-se por ser um projecto colectivo, intermunicipal, que se baseia nos conceitos de solidariedade e rentabilização de recursos. A Câmara Municipal de Almada pretende, em cooperação com as famílias e as escolas, encorajar e proporcionar aos munícipes a reutilização dos manuais escolares. Tendo em conta o actual contexto socioeconómico e as carências sociais que caracterizam muitas famílias do concelho, com crianças em idade escolar, a Câmara Municipal de Almada aderiu ao Projecto Dar de Volta da Associação dos Municípios da Região de Setúbal, concretizado através das bibliotecas municipais dos concelhos aderentes.

O Dar de Volta é uma rede social de partilha que permite:

  •   Facilitar a todos alguns dos meios essenciais ao processo individual de acesso às vantagens do ensino e da aprendizagem, valores fundamentais para a construção das pessoas e afirmação social da democracia;

  •   Aproveitar melhor os rendimentos familiares, por via de uma prática de racionalização e reaproveitamento de recursos;

  •   Afirmar perspectivas ecológicas, contribuindo para a promoção do ambiente, combate ao desperdício e protecção dos recursos florestais;

  •   Envolver pessoas e instituições num projecto de empreendedorismo social.

Público-alvo

O programa pretende abranger famílias com filhos em idade escolar (do 5º ao 12º ano de escolaridade). A aceitação dos manuais escolares será feita de acordo com os seguintes critérios: estado físico dos livros – não serão aceites livros danificados, e ano de edição – só serão aceites manuais em vigor nos estabelecimentos de ensino do concelho a partir do ano lectivo 2009/2010.

Recepção dos manuais escolares na Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó

Os manuais poderão ser entregues a partir de 1 de Julho de 2011 na Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó, no horário de funcionamento do serviço, 3ªf a Sábado, das 10h às 18h.

Entrega dos Manuais às famílias

A entrega dos manuais aos munícipes que os solicitem decorrerá a partir de 1 de Setembro.

       Mais informação em:

Dr.ª Maria João Ferro

mferro@cma.m-almada.pt

        www.m-almada.pt/bibliotecas

        21 250 83 01

 

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