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Posts Tagged ‘Terra’

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A atmosfera terrestre é uma camada gasosa que envolve a Terra e que sofre alterações de acordo com a altitude, quer em composição química quer em propriedades como temperatura, pressão e densidade. É constituída, essencialmente, por uma mistura de gases, cada um dos quais com as suas propriedades físicas e químicas, mas também contém pequenas partículas sólidas e líquidas que se encontram em suspensão, na mistura de gases, em quantidades variáveis. Estas substâncias, na forma sólida e líquida, distribuem-se em suspensão na atmosfera.

À medida que a altitude aumenta, existe uma menor concentração de moléculas na atmosfera e, portanto, a densidade da atmosfera diminui. Isto porque o aumento da altitude corresponde ao aumento da distância ao centro da Terra e, portanto, a uma diminuição da força de atração gravitacional que se verifica entre os constituintes da atmosfera e a Terra. Por outro lado, a pressão atmosférica (de um determinado local que corresponde à força exercida pelo peso do ar nesse local) também diminui à medida que a altitude aumenta, pois o peso de ar diminui.

Com base na variação da temperatura, os cientistas dividem a atmosfera em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. E dividem também em quatro zonas de transição (a tropopausa, a extratopausa, a mesopausa e a termopausa).

camadas atmosfera terrestre bibli

– A troposfera é a camada que vai desde a superfície terrestre até a base da estratosfera, e portanto a uma altitude de 0 km a 12 km, onde se encontra cerca de 90% da massa total da atmosfera e quase todo o vapor de água. Com o aumento da altitude, a temperatura diminui até -56ºC. É nesta camada que ocorrem fenómenos relacionados com o clima como formação de nuvens, pluviosidade, vento entre outros. Junto à superfície terrestre, a composição do ar, limpo e seco, contém aproximadamente 78% de azoto (N2), 21% de oxigénio (O2) e uma pequena quantidade de outros gases.

– A estratosfera corresponde à camada onde se encontra a maior concentração de ozono, sendo por isso também designada por ozonosfera. Situa-se numa altitude que vai dos 12 km aos 50 km e a temperatura aumenta até aos 0ºC pois o ozono absorve a radiação ultravioleta do Sol levando ao aquecimento desta camada.

– A mesosfera, camada onde ocorrem fenómenos luminosos como os conhecidos por “estrelas cadentes”, situa-se a uma altitude de 50 km a 80 km e a temperatura volta a diminuir até aos -90ºC, uma vez que a quantidade de matéria, capaz de absorver a energia solar, é muito reduzida.

– A termosfera está numa altitude entre 80 km e 800 km. Nesta camada, a radiação solar que lá chega, leva ao aumento da temperatura e promove reacções químicas que ionizam os compostos. Assim, apresenta componentes gasosos na forma iónica e é nesta camada que devido a fenómenos de ionização ocorrem as auroras boreais e austrais. As regiões inferiores desta camada refletem as ondas hertzianas emitidas pela Terra que podem ser captadas pelas estações recetoras, sendo importante nas transmissões por rádio e televisão.

– A exosfera é a camada superior da atmosfera estando assim a mais de 800 km da superfície da Terra. Nesta camada, a temperatura aumenta com a altitude, devido a baixa densidade pois muitas moléculas de gases não são atraídas pelas forças do campo gravitacional da Terra.

A atmosfera fornece não só o ar de que necessitamos, mas também filtra a radiação solar fazendo com que radiações mais energéticas não cheguem a atingir a superfície terrestre, funcionando como um escudo protetor sem o qual a vida na Terra não seria possível.

Joana Frade, 10ºC

 (imagem daqui)

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Será realmente a questão da Génese um tabu para a Ciência? Façamos votos para que os apaixonantes trabalhos de investigação sobre a origem da Vida ou da Terra, possam prosseguir na serenidade necessária, sem qualquer ideia preconcebida sobre os seus resultados, sem que estes sejam interpretados como ofensas a quem quer que seja, mas, pelo contrário, como um elemento mais do percurso natural da Ciência.

Da pedra à estrelaALLÈGRE, Claude (1987), Da Pedra à Estrela, Coleção Ciência Nova, nº 4, Publicações Dom Quixote, 1ª edição, Lisboa

A obra Da Pedra à Estrela revela ao leitor que a geologia e a astronomia são ciências que se ignoraram mutuamente  durante muitos anos. O autor refere que os geólogos estudam a história da Terra, os astrónomos, a do Universo. Uns trabalham com martelos e bússolas, os outros com telescópios. As atenções dos primeiros estão concentradas na terra, as dos segundos no céu. No entanto, segundo o autor, nos últimos anos esta divergência tem vindo a desaparecer.

Este livro fala-nos sobre a origem da Terra, sobre a maneira como este planeta se formou e sobre as condições que lhe permitiram tornar-se hospitaleira para a vida e para o homem. O autor refere que estas são questões que todas as civilizações humanas levantam e que, na sua opinião, os modos de abordar este problema variam conforme as sociedades, mas constituem uma das bases da reflexão de qualquer civilização.

À medida que avançamos na leitura, apercebemo-nos que o problema da origem da Terra pertence ao domínio da Ciência, no entanto, ultrapassa-a largamente. Ao longo da obra o autor faz referência ao facto da geologia se recusar a abordar a sua história antiga, o que leva o leitor a questionar como é que a geologia, que é a disciplina que tem por objeto o estudo da Terra, da sua estrutura e da sua evolução, pode recusar abordar o nascimento da própria Terra. O  autor questiona mesmo quais as razões que motivam este silêncio prolongado, esta repulsa por um assunto que deveria constituir o próprio cerne dos estudos geológicos.

Para que o leitor fique esclarecido, ao longo da obra, Claude Allègre entra no domínio «interdito» aos geólogos, utilizando as ferramentas da geologia e decifrando as mensagens inscritas nas rochas, permitindo assim ao leitor percorrer a própria história da geologia.

Considero esta obra, repleta de ilustrações, muito interessante porque discute a história da Terra e a sua formação, em que se convida o leitor a fazer uma viagem ao centro da Terra, para obter um conhecimento mais profundo sobre a origem do nosso planeta. Trata-se de um livro escrito de um modo muito didático, embora estejamos perante uma obra científica destinada a não especialistas, o que facilita a sua leitura e compreensão.

Rita Pereira, 10ºC

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Saber mais: Wikipédia; site oficial (em inglês)

imagem daqui

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WEISEMAN, Allan, O Mundo sem Nós,  Editor: Estrela Polar, 2007

Alan Weisman é antigo editor do Los Angeles Times Magazine, produtor de rádio e professor de jornalismo internacional na Universidade do Arizona. Ganhou o prémio Best American Science Writing 2006. O Mundo sem Nós, o seu bestseller, traduzido em 30 línguas, foi nomeado pela Times Magazine e pela Entertainment Weekly como o melhor livro de não-ficção de 2007, tendo um grande impacto mundial.

O livro, dividido em 4 partes, retrata o planeta Terra após o desaparecimento do Homem, e de como  se regeneraria após isso.

Na primeira parte faz-se referência a Bialowieza Puszcza a floresta primitiva da Polónia. Em seguida, o autor fala dos elevados níveis de CO₂, retrata a destruição de casas e infra-estruturas e a inundação dos metros de Manhattan.

Na segunda parte do livro o autor relata a história do aparecimento dos fertilizantes e suas consequências e também a problemática dos resíduos plásticos que criamos.

Na terceira parte o autor fala sobre as antigas e modernas maravilhas do mundo, como o canal do Panamá, e relata qual será o seu destino após o nosso desaparecimento. Referencia-se, igualmente, a Zona Desmilitarizada da Coreia e as centrais nucleares.

Por fim, na quarta parte, abordam-se todas as obras artísticas que perdurarão após a extinção da humanidade.

"Lisboa sem nós", Kenn Brown

No geral, gostei bastante desta obra. Considero que foi muito bem elaborada e estruturada, contendo referências a vários dos problemas que a humanidade causou na Terra. Estas referências, contudo, não são muito extensas e apresentam linguagem simples, pelo que podem ser entendidas por todas as pessoas em geral.

Considero, contudo, que em certas partes do livro o autor pormenorizou demais certos aspectos, que provavelmente achou importantes, mas que acaba por tornar o livro algo enfadonho nessas passagens, como por exemplo quando fala da inundação dos metros de Manhattan.

Nesta obra, ao contrário de outras obras científicas, o autor não  tenta impor o seu ponto de vista, falando com objectividade dos problemas que criámos no mundo. Assim, o livro não é dirigido apenas às pessoas que concordam com a opinião do autor, mas a todas  que se interessem por esta temática.

Alan Weisman

Este livro teve então um grande impacto a nível mundial, não só pelo facto de relatar os problemas que causámos na Terra, mas também pelo facto de o fazer de uma forma “desinteressada”, não nos impondo uma ideia sobre esta problemática mas sim levando-nos a reflectir e a formularmos a nossa própria opinião sobre este assunto.

Aqui fica um dos meus excertos preferidos: Quando as Voyagers e Pioneers se transformarem em poeira de estrelas, as nossas ondas de rádio, transportando sons e imagens que registam pouco mais do que um simples século de existência humana, são tudo o que o universo conterá de nós. É apenas um instante, mesmo em termos humanos. Mas um instante notavelmente fecundo – apesar de conturbado. Quem quer que esteja à espera das nossas notícias nas fronteiras do tempo terá um punhado delas. Poderá não entender Lucy. Mas ouvirá as nossas gargalhadas.

Considero então que este é um livro de leitura agradável e que poderá ajudar-nos a perceber melhor o Planeta Terra e o que poderemos fazer para o salvar.

 Ana Catarina Costa, 11ºB

Nota do editor: 2º texto mais votado na actividade de leitura de obras de divulgação científica.

imagens daqui e daqui

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A minha posição em relação a este tema é que o Homem não tem sequer o direito de fazer o que actualmente faz à natureza. Não tem o direito de a transformar do modo como está fazendo, isto é, transformá-la do modo que lhe convém, porque, ao fazê-lo, está a prejudicar também todos os habitantes terrestres.

O homem, ao degradar a natureza, está também a destruir o seu próprio habitat. Se virmos bem, nenhum animal não-humano tem esse comportamento porque isso seria terminar, conscientemente, com a actual geração, bem como com as gerações seguintes e, consequentemente, com a sua própria espécie.

É isso que o Homem realmente faz, usando a sua inteligência contra si próprio e não a seu proveito a longo prazo. Os animais não-racionais são assim bastante mais avançados que o Homem, animal racional, neste campo.

Mas, o pior de tudo, é que quando o Homem polui ou degrada a natureza, não está somente a destruir a sua espécie, mas está também a destruir todas as outras espécies terrestres.

Quando o Homem começou a habitar o planeta Terra, já existiam milhares de espécies  há milhares de anos. O Homem não pode pensar que tem o controlo do mundo e fazer o que quiser com ele, pois o Homem, sejamos sinceros, tem um papel bastante irrelevante para a natureza e para o planeta Terra. Ele está no topo da cadeia alimentar e, se por alguma razão, deixar de existir, não irá provocar grande alteração no ecossistema terrestre, pois não desempenha nenhuma função vital para a natureza e para o planeta, como é, por exemplo, o caso das plantas, que regeneram o ar que respiramos, ou as minhocas que degradam a matéria debaixo da terra contribuindo para o ciclo da vida.

Os seres humanos têm assim que reter na consciência que não é o mundo que depende do Homem, mas é o Homem que está dependente do mundo, só assim ele conseguirá mudar as suas acções deprimentes e degradantes para com a natureza.

Gonçalo Mordido, 11º B

Hoje em dia testemunhamos uma grande mudança na natureza, devido à acção humana. É inquestionável que o Homem sempre tende a desvendar o desconhecido, a promover o desenvolvimento tanto intelecual como tecnológico. No entanto, o Homem, para tal, não reflecte nas consequências que, na minha opinião, são desastrosas tanto para si próprio como para o meio ambiente. Será então correcto o Homem transformar ou modificar o rumo da natureza? Julgo que não, pois sendo o Homem parte integrante da natureza, não tem o direito de a alterar.

O Homem é um ser imperfeito com muitos defeitos e,como a sociedade é constituída por humanos, é inevitável que a sociedade seja também imperfeita e desequilibrada. A meu ver, o Homem é egoísta e egocêntrico, não tendo em consideração o que o rodeia, sendo a ignorância ambiental um dos seus piores defeitos. Digo isto porque o meio ambiente é a razão da nossa sobrevivência e o Homem, como não se apercebe disso, altera-o a fim de satisfazer as suas necessidades. Mas que adianta dar mais importância à tecnologia do que ao ambiente? Obviamente nada, pois sem o ambiente em boas condições, estamos a pôr em risco a nossa sobrevivência.

Outro exemplo da interferência humana na natureza é a clonagem, envolvendo questões morais como o carácter individual e a personalidade. Penso que este facto é crucial, arriscando-se a provocar um grande desequilíbrio, pois pode modificar o carácter do Homem por completo. Digo isto porque este progresso científico, não só afasta mais o Homem da verdadeira realidade (penso que vive numa espécie de “fantasia antropocêntrica”) como também o torna num verdadeiro “robô”, pois, numa  perspectiva radicalmente pessimista, a personalidade individual desaparecerá.

Será então este progresso moralmente aceitável ou correcto? Claramente não, já que interfere na natureza do Homem, no sentido da sua existência.

Em suma, queria acrescentar que chegou a altura de haver uma mudança na mentalidade do Homem, chegou a altura de reflectir nas potenciais consequências antes de agir. É a única maneira de sobrevivermos, de nos salvarmos, e também de possibilitar uma melhor e mais justa sociedade.

Filipe Hanson, 11º B

Imagens: daqui, daqui, daqui, daqui, daqui e daqui

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