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Archive for Março, 2024

Através dos sentidos, percecionamos o mundo e, principalmente, pela visão, que é a responsável pela captação dos estímulos luminosos e pela perceção das imagens.

A figura 1 ilustra o mecanismo da visão dos seres humanos, mostrando a imagem do globo ocular, numa vista em corte, onde podemos perceber o processo como captamos os objetos, as imagens e tudo à nossa volta.

Assim, os objetos são projetados na retina (parte posterior do globo ocular), de modo invertido, conforme demonstra o desenho; porém, o nervo ótico procede imediatamente à correção da imagem, de maneira que nunca chegamos a ver as coisas invertidas.

Imagem1

fig.1

Este mecanismo é igual em todos nós, mas o ato de ver é diferente, pois o conjunto de conhecimentos e de informações de cada um, bem como as opiniões e as memórias que temos, interferem e conjugam-se, entrando nos circuitos neuronais no momento em que vemos e influenciando a maneira como se interpreta e, de alguma maneira, criando ilusões.

Outro aspeto importante da visão é a relação das propriedades que consideramos ser dos objetos, tais como o brilho, a cor ou o tamanho angular e que, na verdade, não são o que pode resultar em ilusões, sobretudo quando o inconsciente colide com o raciocínio consciente.

O cérebro mobiliza muitas áreas distintas, umas para o movimento, outras para a cor, outras para a profundidade, e acontece que a apreensão rápida e simplificada que fazemos do mundo que nos rodeia abre espaço para este tipo de engano e, portanto, somos iludidos por estímulos visuais e vemos coisas que não são verdadeiras.

As imagens mostram alguns exemplos.

Na primeira, as duas linhas são percecionadas com tamanhos diferentes, quando na realidade são iguais; na segunda, vemos três figuras de diferentes dimensões, o que também não é verdadeiro, pois são todas iguais, e na última, as linhas horizontais não parecem paralelas, quando, de facto, são.

Muitos artistas dedicaram grande parte do seu trabalho a explorar os efeitos da ilusão. A técnica de ” trompe l’oeil”, por exemplo, conhecida desde a antiguidade clássica, era usada para aumentar visualmente o espaço. Mais tarde,  vários artistas interessaram-se por estes efeitos ilusórios, como Andrea Pozzo,  Arcimboldo, Magritte, Escher, entre outros.

Também o movimento artístico Op Art (Optical Art), nascido nos anos sessenta do séc. XX, se dedicou ao estudo de ilusões de ótica, mostrando como é falível a visão.

As descobertas e teorias no campo da ótica, o progresso da sociedade e as incertas consequências perante o futuro, conduziram, neste período, à criação de composições artísticas rigorosas, estáticas, mas dando a impressão de contínuo movimento, numa analogia com o mundo moderno em que a estabilidade se confronta com a vertigem e com a mudança.

A partir deste movimento artístico, os alunos do 9°A e do 9°C fizeram experiências, na disciplina de Educação Visual, sobre a ilusão de ótica e realizaram trabalhos que a seguir se apresentam.

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Ana Guerreiro

 

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No total, 125 alunos e 6 professores participaram nas 2 sessões de diálogo e reflexão sobre escrita, leitura e literatura, tendo como ponto de partida a obra e o testemunho da escritora Filipa Fonseca Silva, fundadora, em março de 2023, do Clube das Mulheres Escritoras, uma plataforma de apoio mútuo entre autoras, que tem como objetivo promover e celebrar a Literatura Portuguesa escrita por mulheres.
As sessões decorreram na Biblioteca, num ambiente descontraído. Foram diversas as temáticas abordadas, já que a obra da Filipa Fonseca Silva tem a particularidade de abrir vários caminhos de reflexão: relações intergeracionais, no trabalho, na sociedade.
Ficam algumas palavras de quem viveu a experiência. Quanto a nós, equipa da Biblioteca, esta foi mais uma atividade significativa no âmbito do projeto “Escola a Ler”, pois este encontro promoveu também o diálogo e a partilha sobre leituras realizadas durante a atividade de sala de aula “Livr’à Mão”. Alguns dos livros referidos pelos alunos já tinham também sido lidos pela autora, o que favoreceu a partilha de pontos de vista sobre as histórias.
No final, foram vários os pedidos para que a Biblioteca disponibilizasse mais livros desta autora. Pois bem, a novidade é a seguinte: eles já chegaram.
Obrigada a todos os que participaram neste Encontro com a escritora Filipa Fonseca Silva.
Para quem quer saber mais sobre a autora consultar aqui.
Boas leituras!
Mais fotos no Instagram be_em_movimento
Dulce Sousa (Professora bibliotecária)

Aqui ficam algumas apreciações dos participantes:

Filipa Fonseca Silva: novo encontro com a escritora.

Já li cinco livros desta autora pela seguinte ordem: Amanhece na Cidade; O Elevador; E se eu morrer amanhã?; Coisas que uma mãe descobre; Nada é como sonhámos.

Gostei imenso de todos, cada um no seu género. Contudo, encontro alguns pontos em comum entre eles, por isso, destaco neles as seguintes características:

– São livros “divertidos”, no sentido de serem escritos com o intuito de dispor bem o leitor, mesmo quando a mensagem tende a ser mais séria, é escrita de um modo positivo.

– Não têm conversa desnecessária, tudo o que é escrito é importante para o desenrolar da narrativa.

– Outro ponto em comum é a perspicácia na caraterização das personagens e a sua evolução ao longo da história, pois vão revelando densidade psicológica o que as torna progressivamente mais interessantes.

Conclusão, estou ansiosa para ler os que me faltam e também o que está “no forno”, de acordo com as palavras reveladoras da Filipa Fonseca Silva neste encontro realizado na Biblioteca.

Ana Paiva (professora de Inglês)

Apreciação sobre o encontro na biblioteca

 No dia 16 de fevereiro, a escritora Filipa Fonseca Silva falou com algumas turmas sobre o seu processo de escrita, livros e respondeu a perguntas.

Penso que foi um encontro bastante esclarecedor sobre o modo como os escritores, particularmente a Filipa, escrevem os seus livros e como é o seu processo criativo. Na escola, só estudamos autores que já faleceram e que são muito aclamados e, muitas vezes, difíceis de compreender. Portanto, foi bom ter tido contacto mais direto com uma autora actual a lembrar-nos que quem escreve os livros que lemos também são pessoas reais.

Gostei particularmente da descrição feita pela escritora sobre como funciona o processo de edição e do mercado editorial, porque eu era completamente ignorante sobre esse assunto antes da conversa com a Filipa Fonseca Silva.

Por fim, gostei muito da própria Filipa. Parece ser uma pessoa muito genuína e expressa isso através, sobretudo, da maneira como se veste e fala.  Foi interessante.

Madalena Pinto – 11.º E

Como é possível ser-se escritora.

 No passado dia 16 de fevereiro, participamos num pequeno encontro, na Biblioteca, com a escritora Filipa Fonseca Silva. A escritora conversou sobre as suas obras, assim como sobre o processo de escrita e respondeu a algumas questões dos alunos.

Eu gostei bastante da experiência, achei interessante descobrir um bocadinho mais sobre o processo de escrita e de criação de um livro. Gostei também de compreender o processo de edição das obras e as dificuldades com que se deparam os escritores para conseguirem publicar a sua obra, facto que me deixou com muita vontade de ler. Apreciei o facto da autora nos ter falado sobre as dificuldades com que se deparou para ser escritora em Portugal.

No final, respondeu a algumas questões sobre o processo de criação e realçou como a consistência do trabalho e a persistência são importantes para a criação de algo. Mostrou-nos ainda que é possível ser-se escritora, artista, trabalhando noutros sítios e tendo família em casa para cuidar.

Conclusão, gostei muito da atividade promovida pela Biblioteca, assim como de conhecer a escritora Filipa Fonseca e Silva.

Margarida Santos – 11.º E

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