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Posts Tagged ‘Língua’

Nicholas Ostler, um estudioso britânico da história das línguas, tem uma teoria que está a levantar celeuma entre os linguistas. Diz ele que o inglês está condenado a breve prazo. Não para ser substituído por outra língua, mas para dar origem a uma fragmentação dos idiomas. As ferramentas de tradução automática são, diz ele, o futuro. No seu livro “The Last Lingua Franca: English Until the Return of Babel” (Princeton 2010), sugere que o inglês está no seu apogeu, que sobreviverá enquanto grande idioma, mas que deixará de ser usado para a comunicação internacional.

Nuno Crato, «Passeio Aleatório» – «Expresso» de 30 de dezembro de 2010

Atualmente, o inglês é a principal língua franca utilizada entre diferentes povos com diferentes idiomas, permitindo um maior entendimento entre eles No texto em epígrafe, Nicholas Ostler prevê uma fragmentação dos idiomas e o aparecimento de uma “nova Babel” devido ao desenvolvimento tecnológico na área da comunicação. Eu porém não concordo com a sua opinião.

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A Torre de Babel, Pieter Bruegel

Por um lado, a língua inglesa é muito usada em serviços de comunicação e tecnológicos em todo o mundo, desde aparelhos tecnológicos, como telemóveis, computadores e tablets. A própria tecnologia utiliza inglês na sua fonte básica, no seu funcionamento, como na realização de comandos e tarefas, ou seja, implica um conhecimento geral entre os povos

Por outro lado, a simplicidade da língua facilita a sua aprendizagem e pronunciação, sendo uma das línguas mais acessíveis e de fácil entendimento e além disso, vários países comunicam com o uso de inglês como língua instituída: é reconhecido que  o inglês possui uma gramática pouco complexa, com verbos conjugados, normalmente, segundo um padrão, com certas exceções.

Em suma, o desenvolvimento da tecnologia não implica necessariamente uma fragmentação dos idiomas, devido à grande influência do inglês e a sua baixa complexidade.

Tiago Batista, 11ºC

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lp

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No âmbito da Semana da Leitura, que teve lugar na ESDS entre 21 e 28 de março, foi igualmente projetado um diaporama na biblioteca, sala de professores e sala de alunos. O objetivo era dar a conhecer de uma forma sucinta um pouco da história da nossa língua e o que dela disseram alguns dos que dela fizeram  a sua arte e o seu ofício – escritores portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos – sem preocupações de seguir nenhum critério curricular ou cânone literário, apenas dar voz e rosto a algumas vozes e rostos desta lusofonia, no ano em que se comemoram 8 séculos da sua oficialização escrita.

O diaporama, cujo um compacto em filme aqui publicamos, foi posteriormente utilizado em aulas de Português de algumas turmas de 10º e 11º ano, onde os alunos tiveram oportunidade de (re)conhecer alguns autores que nele figuravam e de escolher e debater os excertos que mais gostaram.

Algo ficou para além da constatação de que Mia Couto é nome de homem: língua-passageira das nossas caravelas quinhentistas, lembrámo-nos que ela já é pertença de mais de 200 milhões de falantes um pouco por todo o mundo.

Fernando Rebelo (PB)

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CARTAZaceda aos artigos sobre atividades da Semana da Leitura

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Neste ano em que se celebram os 8 séculos da língua portuguesa aqui fica uma sugestão de um canal YouTube, uma lista de reprodução gerida por Carlos Alberto Didier, dedicado à língua portuguesa e à literatura da lusofonia. Nesta compilação de 175 documentos audiovisuais incluem-se documentários sobre grandes clássicos da literatura portuguesa (muitos deles curriculares, de Camões a Saramago), assim como de outros países da lusofonia, numa variedade de originais lidos e declamados, documentários e entrevistas – sem dúvida um espólio muito interessante quer para fins letivos, quer para  simples amantes desta nossa pátria-língua.

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guarda-factos

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Muitas vezes nos deparamos, mesmo aqueles que ensinam a língua. com dúvidas sobre algumas formas ortográficas do português, dúvidas essas que de alguma forma foram agravadas pela entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico. Para ultrapassar este problema, para além de outros sítios como o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, já uma referência nesta matéria, temos igualmente um espaço, regularmente atualizado, no sítio da Porto Editora – Dúvidas da Língua Portuguesa – que através de pequenos vídeos explicativos procura esclarecer alguns dos erros mais frequentes no uso da nossa língua.

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aceda ao Regulamento

Organização: Manuela Curado com a colaboração da BE

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A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura lançam, em 2011.12, a 1ª edição do concurso Ler em Português, com o intuito de promover a utilização da Língua Portuguesa, aumentar as práticas de leitura e aprofundar a troca de experiências entre alunos e professores portugueses e norte-americanos.

O concurso destina-se a equipas mistas de alunos e professores do Ensino Secundário de Portugal continental, das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e dos Estados Unidos da América (…). A participação no concurso efetiva-se através da edição e publicação de conteúdos no blogue atribuído a cada equipa e da elaboração de um trabalho final (…). As equipas selecionadas serão premiadas com um programa de intercâmbio entre Portugal e os Estados Unidos da América para conhecer, in loco, a cultura e os costumes dos dois países, bem como as dinâmicas e os projetos de leitura e literacia desenvolvidos pelas respetivas escolas e bibliotecas escolares.

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Apesar do empenho de muitos professores, entre os quais me incluo, em evitar o empobrecimento da língua, a superficialidade na escrita, temos de admitir, sob pena de sermos ultrapassados pelas circunstâncias, que as línguas, antes de serem realizações escritas ou orais de normas gramaticais, são sobretudo instrumentos dinâmicos e funcionais que, como tal, se vão adaptando aos contextos comunicativos.

Com a multiplicação dos meios de comunicação e da sua velocidade, a escrita como informação e expressão de emoções ganhou novos códigos, em que a abreviatura, a mistura do gráfico e do verbal (emoticons) têm um lugar predominante, assunto abordado mais extensamente no artigo Abreviaturas nos SMS podem modificar linguagem, na Revista online Ciência Hoje.

Não há bem nem mal nestas coisas… é a vida. E talvez o mais eficaz seja, em vez de remar contra uma inevitável maré, aprender e ensinar. Aprender também estas novas linguagens e aceitar as suas vantagens, nomeadamente a rapidez com que permitem a codificação de mensagens. Ensinar, particularmente aos jovens, que são quem mais as utiliza e melhor as domina, que há momentos para tudo:  tal como o registo literário sempre coabitou com o calão, também o smssês (ou o chatês :D) tem de coabitar com a complexidade sintática e a variedade lexical, que refletem ao fim e ao cabo a profundidade e a riqueza dos nossos pensamentos – mesmo que impliquem muito mais tempo e esforço a estruturar.

Aqui fica então, para quem não domina o internautês, uma sugestão de leitura.

Fernando Rebelo

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imagem original editada daqui

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Consulte o regulamento aqui

Concepção e organização: Manuela Curado (Grupo de  Português)

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Portugal continua a ser um tema divisório na Galiza: «Após solicitar a adaptação do horário ao do país vizinho e de pedir a recepção do seu sinal televisivo, agora os nacionalistas galegos querem que a Xunta (Governo Local) ofereça o português como segunda língua estrangeira nas escolas secundárias», noticiou a edição do Periodista Digital na segunda-feira.

Uma notícia contextualizada por este jornal digital como parte da «obsessão portuguesa» do Bloco Nacionalista Galego (BGN) e que surgiu na sequência de reivindicação por parte de uma deputada do BGN para que «não despreze» um idioma que pode «relacionar a população galega com mais de 200 milhões de pessoas». Como exemplo, o BGN lembrou que na região da Extremadura o número de crianças a aprender português é «dez vezes superior» ao da Galiza.

Também esta semana, o nacionalista José Manuel Barbosa assinou um texto escrito em português a defender a mudança de hora na Galiza para o horário de Portugal.

in  Sol, 23 Dez 2010

Notícia enviada por Rudolfo Pereira; imagem daqui

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Stª Engrácia, mártir do séc. IV

O facto de ser o primeiro edifício em estilo barroco a ser construído em Portugal e certamente o último, dá à igreja de Santa Engrácia (actualmente Panteão Nacional) um certo protagonismo, ou não fosse a sua construção uma obra com mais de 350 anos.

A  igreja foi iniciada no ano de 1568, no local de um antigo templo de meados do séc. XII, por ordem de D. Maria de Portugal, filha de D. Manuel I, para receber o relicário de Santa Engrácia, tendo sido apenas concluída quatrocentos anos mais tarde, já no nos anos 60 do séc. XX, por ordem de Salazar, não já como igreja, mas como Panteão Nacional, onde repousam as figuras notáveis da História de Portugal, como Almeida Garrett, Guerra Junqueiro, Sidónio Pais, Humberto Delgado  e Amália Rodrigues.

Stª Engrácia, reconstrução (anos 60)

A expressão “como as obras de Santa Engrácia”, comum na língua corrente, é utilizada para referir-se a algo que não chegará a acontecer, ou que demorará muito a acontecer.

A história da atribulada construção do edifício está ligada uma estoria popular. Esta conta que a construção da igreja teria sido amaldiçoada como consequência de um amor impossível. Violante, filha de um importante fidalgo, ter-se-ia perdido de amores por um cristão-novo, Simão Pires Solis. O pai da jovem, que não via com bons olhos o amor dos dois apaixonados, conseguiu encerrar a filha no convento de Santa Clara que se situava ao lado da igreja de Santa Engrácia, ainda em construção. Simão Solis não negou o seu amor por Violante e continuou a cavalgar todas as noites até ao convento para se encontrar com a sua amada. Certo dia, propôs a Violante que fugissem edeu-lhe uma noite para se decidir, pois no dia seguinte viria buscá-la. Por coincidência, nessa noite, foi roubado o relicário  de Santa Engrácia, tão cara à infanta D. Maria. No dia seguinte, Simão Solis foi preso e acusado de ser o autor do roubo mesmo depois de se considerar inocente, não podendo revelar a razão pela qual rondava a igreja todas as noites,  pois comprometeria a sua amada.

Devido a tal facto e agravado pela sua ascendência judaica, Simão Solis foi condenado à morte na fogueira. Diz-se que no momento da execuação terá lançado uma maldição enquanto as labaredas envolviam o seu corpo: “É tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem!”.

Stª Engrácia (Panteão Nacional) hoje

Ainda, segundo a lenda, anos mais tarde, a noviça Violante terá sido chamada à presença de um moribundo quando este estava às portas da morte, pois queria confessar-lhe que tinha sido ele o ladrão do relicário de Santa Engrácia. Conhecedor da relação secreta de Simão Pires e Violante, tinha incriminado o jovem rapaz, que por ali era visto quase todas as noites, e queria agora pedir perdão à mulher que perdera o seu amor da maneira mais cruel e injusta que alguém poderia perder – mas o perdão foi aceite.

De facto, existem nos registos da paróquia referências ao “Desacato de Santa Engrácia”, ocorridos na noite de 15 de Janeiro de 1630, data em que um tal  Simão Pires Solis teria sido condenado a morte.

Se a estoria é total ou parcialmente verdade, não sabemos, mas isso também pouco interessa… a verdade é que, entre incêndios, terramotos e escassez de meios, a igreja de  Santa Engrácia acabou por  só ser concluida mais de 3 séculos depois, cumprindo assim, conforme “reza a história”, a profecia  do injustiçado Simão Solis, que acabou por providenciar à língua portuguesa uma expressão muito conveniente.

Luís Fernandes, 12º D

imagens daqui, daqui, daqui e daqui

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