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Archive for Junho, 2013

1º Prémio Julia Maurício, 9º B

1º Prémio – Julia Maurício, 9º B

Este ano, o Concurso de DESENHO da Escola Daniel Sampaio decorreu com o tema do Ano Internacional da Cooperação pela Água.

Apesar de cerca de 70% do nosso planeta ser constituído por água, só uma pequena parte deste recurso (pouco mais de 2%) está disponível na superfície do planeta para ser usado pelo Homem. Cerca de 90% da população mundial vive em países que partilham os Recursos Hídricos, mas 11% da população mundial não tem acesso à água potável. Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, a quantidade de água existente seria mais do que suficiente para que toda a população vivesse de forma digna, se não houvesse desperdício e poluição. Para sensibilizar a Humanidade para a importância da correta gestão dos Recursos Hídricos à superfície da Terra e, assim, tentar melhorar os índices de acesso à água potável e ao saneamento básico, a ONU proclamou 2013 como o “Ano Internacional da Cooperação pela Água”.

É neste contexto que o Concurso de DESENHO da nossa escola se insere, aberto à participação dos alunos e com vista à reflexão sobre este problema. Ao promover as Artes na escola, este Concurso permite, igualmente, abordagens e iniciativas criativas, incentivando os alunos a desenvolver e a valorizar competências técnicas no âmbito do desenho.

Foram apresentados 31 trabalhos ao concurso, muitos dos quais individuais mas também alguns trabalhos realizados por grupos de alunos. O júri, constituído pelas professoras organizadoras do concurso, elegeu como vencedor o trabalho da aluna Júlia Maurício do 9º B.

Parabéns à Júlia!

Parabéns a todos os alunos participantes!

As professoras: Ana Guerreiro, Laila Ribeiro e Leonett Abrantes

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doodle de 10.6.2013

Doodle de 10.6.2013

Os Portugueses têm algum medo de ser portugueses. Olhamos em nosso redor, para o nosso país e para os outros e, como aquilo que vemos pode doer, temos medo, ou vergonha, ou «culpa de sermos portugueses». Não queremos ser primos desta pobreza, madrinhas desta miséria, filhos desta fome, amigos desta amargura. Os Portugueses têm o defeito de querer pertencer ao maior e ao melhor país do mundo. Se lhes perguntarmos “Qual é atualmente o melhor e o maior país do mundo?”, não arranjam resposta. Nem dizem que é a União Soviética nem os Estados Unidos nem o Japão nem a França nem o Reino Unido nem a Alemanha. Dizem só, pesarosos como os kilogramas nos tempos em que tinham kapa: «Podia ter sido Portugal…» E isto que vai salvando os Portugueses: têm vergonha, culpa, nojo, medo de serem portugueses mas «também não vão ao ponto de quererem ser outra coisa».

Revela-se aqui o que nós temos de mais insuportável e de comovente: só nos custa sermos portugueses por não sermos os melhores do mundo. E, se formos pensar, verificamos que o verdadeiro patriotismo não é aquele de quem diz “Portugal é o melhor país do mundo” (esse é simplesmente parvo ou parvamente simples), mas, sim, de quem acredita, inocentemente, que Portugal «podia ser» (ou ter sido) o melhor país do mundo e (eis a parte fundamental, que separa os insectos dos cicofantas) «tem pena que não seja», uma pena daquelas que ardem para toda a vida nos peitos profundos das pessoas boas.

Ser português não é nem a sorte com que sonhamos (não queriam mais nada — nascer logo uma coisa boa!) nem o azar com que vamos azedando. Ser português é um «jeito que se aprende». Não é coisa que vá à bruta ou à má fila. Não é bem que vá a bem (precisa de ser ajudado), mas também não é mal que vá à bruxa. Ser português não é tanto ser feito à imagem de Deus, como os outros povos (todos eles felizes), como estar, à partida, «feito». Cada vez que nasce um ser humano e olha para o bilhete de identidade e verifica que calharam os pedregulhos e os pêsames da portugalidade, diz logo “Pronto — estou feito — sou português”. Devia ter juízo. A única coisa que o absolve é ter, também, razão.

Ser português é «difícil». O resto do mundo não compreende que os Portugueses são especiais, diferentes, bastante giros, bem-educados, antigos, espertos, casos sérios. O resto do mundo acredita sinceramente que o mundo seria exatamente o mesmo sem os Portugueses. Para a grande maioria da população da Terra, a própria «existência» de Portugal é uma surpresa. E não se julgue automaticamente que se trata de uma grande surpresa ou, sequer, de uma surpresa «boa». É mais uma surpresa do género “Ah, sim?”. Como quem aprende que o «baseball» teve origem nos «rounders ingleses». Ah, sim? Que giro! Agora sai da frente do televisor que eu quero ver se este Babe Ruth era tão bom como diziam. Para o resto do mundo, os feitos dos Portugueses não pertencem à história fundamental do Universo. Pertencem, quando muito, à secção dos passatempos, do “Não me digas!” e do “Acredite se quiser”. Ser português é um ser delicado. Ser português não é «ser humano». É ser que tem muito para fazer só para ser «vivo».

Os políticos dizem que é preciso andar para a frente, modernizar, desenvolver, «mudar» Portugal, presumivelmente para melhor, porque este (nisto estão todos de acordo) não presta. Os poetas sonham com países que nunca existiram ou existirão, ou que já existiram e jamais existirão outra vez. Ninguém está contente com o que é, ou com onde está, ou com o que tem. Os Portugueses, o povo, a nação, os ditos, os implicados, envolvidos e lixados, esses nem ideia têm ou fazem — para eles a própria noção de Portugal foi um raio de ideia para começar. Mas o que é preciso não é nem tão drástico nem tão espetacular. O que é preciso é «continuar» Portugal.

Continuar Portugal não é uma ação delicada, ou uma campanha urgente, ou uma tarefa que exija o sacrifício de todos os cidadãos. É simplesmente continuar a perguntar, a barafustar, a amaldiçoar o dia em que se nasceu desta cor, nesta pele, com este coração mole e fácil de apertar e espremer. Continuar Portugal é acreditar que a vida seria pior sem ele, pior se a Europa começasse pela Espanha, pior se fôssemos suíços ou belgas ou finlandeses. Continuar Portugal é ser português e dizer “Pronto, que se lixe, o que é que eu hei-de fazer?”. E acreditar na diferença que faz a nossa maneira de ser, e de sermos portugueses, como um cardiologista acredita que o coração foi feito para continuar a bater.

E foi. E, o que é mais engraçado, continua!

Miguel Esteves Cardoso, in Os Meus Problemas (1988)

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escuela-lectura_-philippe-behc3a1Conforme publicitado aqui no Bibli num artigo anterior, foi proposto aos professores de Português do Ensino Básico, em colaboração com a BE, que enquadrassem os Projetos Individuais de Leitura dos seus alunos num Portefólio de Leituras com o objetivo de registar e organizar trabalhos que fossem documentado as leituras realizadas por cada um – a reação às obras escolhidas, a reflexão sobre a sua própria evolução como leitores. A ideia colheu a adesão de diversos professores e, neste momento, três deles decidiram, em conjunto com os alunos, enviar uma seleção de trabalhos com vista à escolha do melhor, a ser premiado com livros pela BE.

Os projetos foram variados e, em alguns casos, levados a cabo num contexto interdisciplinar, nomeadamente quando a ITIC (Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação) funcionou de uma forma instrumental na produção de portefólios em suporte digital. Desta forma, temos trabalhos apresentados em pdf., outros já publicados em blogues criados para o efeito e ainda outros cujo formato não permite de momento a sua divulgação.

Aqui fica então uma seleção dos trabalhos de alunos das professoras Rosa Silva, Dulce Sousa e Maria João Albuquerque, esperando em breve poder publicar outros.

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Uma seleção de composições plásticas sobre a relação Figura-Fundo – a Figura é a forma que ocupa um determinado espaço e o Fundo é o que é percecionado como o espaço desocupado.

A proposta feita aos alunos foi de preencherem o Fundo, o mais possível, com figuras, um pouco à maneira de alguns trabalhos do artista Escher.

Ana Guerreiro

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Para os cinéfilos o mês de maio está sempre associado à maior mostra de obras de cinema, o festival de Cannes. A 66ª edição esteve rodeada pelo glamour habitual misturado com alguma polémica, nomeadamente, quando da atribuição dos prémios do júri presidido por Steven Spielberg. O filme La vie d’Adèle, uma história de amor lésbico do realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche, venceu a Palma de Ouro  e este fez questão  de estar  acompanhado, no palco, pelas duas protagonistas , Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux na entrega do galardão. Kechiche dedicou o prémio à belle jeunesse de França e da Tunísia, onde se faz a revolução. Os irmãos Cohen receberam o grande prémio por Inside Llewyn Davis, um filme nostálgico sobre Greenwich Village e a música folk, o mexicano Amat Escalante recebeu o prémio de melhor realização por Heli e o prémio do júri foi para Hirokazu Kore-Eda com Like Father, Like Son.

O cinema português também foi distinguido com João Nicolau a receber o prémio de melhor curta-metragem para Gambozinos, exibida no âmbito da iniciativa paralela Quinzena dos Realizadores, sendo que André Gil Mata foi distinguido com o prémio DocAlliance por Cativeiro. A participação na Quinzena dos Realizadores significa um regresso para João Nicolau, que já tinha apresentado no certame as curtas-metragens «Rapace» (2006) e «Canção de Amor e Saúde» (2009). Criada pela Sociedade dos Realizadores de Filmes, a Quinzena dos Realizadores visa descobrir os filmes de jovens autores e saudar as obras de realizadores conhecidos.

De igual modo, Regina Pessoa com o filme de animação Kali, o pequeno vampiro continua a somar prémios tendo recebido o de melhor curta-metragem no Festival de São Francisco sendo que no 19.º Festival Ibérico de Cinema de Badajoz foi duplamente distinguida com os prémios para a melhor banda-sonora (de autoria da banda suíça The Young Gods) e uma menção especial do júri. Kali, o Pequeno Vampiro que relata a história de um rapaz diferente dos outros que sonha  em encontrar o seu lugar no mundo, completa uma trilogia, que Regina Pessoa iniciou com A Noite (1999) e continuou com História Trágica com Final Feliz (2005), todos realizados com a técnica de desenho e gravura, mas o último dos quais já recorrendo ao computador.Foi  produzido por Abi Feijó e pela Ciclope Filmes, com estreia nacional no IndieLisboa do ano passado mas ainda está à espera de chegar ao circuito comercial.

Das inúmeras estreias do mês, destaque para adaptações de obras da literatura mundial O Grande Gatsby de Baz Luhrmann, quarta adaptação ao cinema do romance homónimo de 1925 de Scott Fitzgerald que, de forma exuberante, apresenta o sonho e a ilusão dos “loucos anos 20”. Esta versão em 3D e 2D que tem dividido a crítica foi o filme de abertura da 66ª edição do festival de Cannes; Grandes Esperanças de Mike Newell, baseado na obra homónima de Charles Dickens e a cópia restaurada digitalmente do épico de 1962, Lawrence da Arábia  de David Lean  a partir de  “Sete pilares da sabedoria” de T.E.Lawrence.

Das restantes estreias, realce para A República di Mininus do conceituado realizador guineense Flora Gomes, numa coprodução portuguesa e francesa com a participação do ator norteamericano Danny Glover. Os temas da velhice, solidão e doença de Alzheimer  estiveram presentes  no comovente filme de animação direcionado para adultos Rugas de Ignacio Ferreras e na estreia como realizador de Dustin Hoffman com Quarteto  uma obra sobre pessoas “no terceiro ato das suas vidas que ainda têm muito para dar”. Com excelentes atores no elenco como Maggie Smith e Tom Courtenay, 2% das vendas totais de bilheteira  deste filme reverte a favor  da Casa do Artista, instituição que apoia artistas portugueses.

Da Roménia e da Coreia do Sul chegou-nos, respetivamente, Para lá das colinas de Christian Mungiu e Noutro país de Hong Sang-soo, apresentando-se em complemento a curta-metragem de Filipe Reis e João Miller Guerra Fragmentos de uma observação participativa.

O drama esteve representado com Os nossos filhos do belga Joachim Lafosse baseado nos trágicos acontecimentos do denominado caso Lhermitte, o sensível A Essência do amor, escrito e realizado por Terrence Malick, em que o amor e a fé estão conjugados num jogo de sentidos e emoções, e Um planeta solitário de Julia Loktev. O reconhecido cineasta, grego, Costa Gravas, continua a desenvolver temáticas atuais, neste caso, nos meandros da alta finança, em Capital. A adaptação da obra homónima do escritor paquistanês Mohsin Hamid O fundamentalista relutante de Mira Nair faz-nos refletir sobre o mundo em que vivemos, em resultado das mudanças verificadas com os acontecimentos de 11 setembro 2001.

É sempre agradável visionar filmes de comédia sendo que o destaque vai para Incompatíveis e não só de David Charhon, Aprovado de Paul Weitz com a comediante Tina Fey, Seleção natural de Robbie Pickering e a continuação da saga, campeã de bilheteira, Ressaca- parte III de Todd Phillips. Com Epic-o reino secreto de Chris Wedge e Tom J. Astle, apresenta-se o habitual filme de animação.

A cinematografia nacional, por sua vez, esteve representada com o drama Photo, que marcou a estreia na realização de Carlos Saboga, um dos mais premiados argumentistas nacionais e Além de ti de João Marco.

A Zon Lusomundo Cinemas, em parceria com a IMAX e a Sonae Sierra, abre dia 20 de junho a primeira sala de cinema IMAX Digital 3D em Portugal, com exibição do filme Parque Jurássico. Na semana seguinte é a vez de O Homem de Aço de Zack Snyder. O Centro Comercial Colombo, em Lisboa, foi o local escolhido pela sua relevância comercial, localização, acessibilidade e volume de visitantes, segundo justifica a Zon Lusomundo Cinemas, que acrescenta estar já em construção uma sala de cinema totalmente nova no âmbito da reestruturação do Complexo de Cinemas.

Luísa Oliveira

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