Feeds:
Artigos
Comentários

Archive for Dezembro, 2008

Não vou dizer que é o meu filme favorito mas foi um dos filmes que mais gostei dos lançados ultimamente: falo-vos de ” Viagem ao Centro da Terra”.

É uma adaptação cinematográfica de um clássico de Júlio Verne, mas o que me fez gostar mais do filme foi uma pequena alteração no tempo histórico. Enquanto que no livro original a narrativa passa-se no século XIX e conta a história do cientista Lidenbrock e o seu sobrinho Axel que partem em bviagemaocentrodaterra_11usca de uma passagem até ao centro da terra, o filme é um pouco diferente, pois a historia foi “reescrita” mas em versão do século XXI. Ou seja, o filme conta a historia de um professor ( Trevor Anderson) e o seu sobrinho (Josh) que, ao arrumarem os bens que pertenciam ao irmão desaparecido de Trevor e pai de Josh, encontram um livro de Júlio Verne cheio de anotações e decidem seguir os esquemas para tentar perceber o que tinha acontecido ao parente e ironicamente vêem-se na mesma situação que Júlio Verne escreveu no seu livro: “o tio e sobrinho partem em busca de um portal para o centro da terra” e acabam por conseguir entrar lá descobrindo que a Terra é um mundo dentro de outro, pois o seu centro é constituído por mares, oceanos, animais (supostamente extintos) e muitas outras coisas que os deslumbraram.

Trevor descobre então que o irmão era um seguidor de Júlio Verne, que acreditou e seguiu a historia que o escritor relatou no seu livro, mas acabou por morrer devido a não conseguir sair do centro da terra. Trevor recolhe, então, os esquemas e anotações do irmão e consegue escapar daquele novo mundo maravilhoso, mas igualmente cheio de perigos.

A história é basicamente isto e gostei do efeito a 3D em que foi produzido, tendo visto um dinossauro a correr na minha direcção quando, propositadamente, no filme é lançado um yô-yô em direcção à câmara – não tive outra reacção senão desviar-me para o lado… o problema foi que a senhora que estava ao meu lado fez o mesmo e demos uma valente cabeçada.

Luana Tomé, 12ºB

Read Full Post »

Querido Pai Natal,

Não sei se este ano me portei bem. Fiz o melhor que pude e tu avaliarás, certamente. Mas como acho que não fiz maldades de monta, escrevo-te para te pedir que não te esqueças do meu sapatinho.

O que queria mesmo não me parece que me possas dar, pois é mais coisa para os Homens resolverem do que empresa para seres mitológicos (sem ofensa, Pai Natal!). Mas creio estar perfeitamente ao teu alcance deixares-me um livrozito debaixo da árvore (na chaminé é complicado, por causa do recuperador de calor). Ora aqui vai a minha lista:

Que diria Sócrates?, organização de Alexander George

Não, não é sobre o que diria o Primeiro-Ministro, mas sim sobre o que têm a dizer os filósofos sobre as coisas triviais da vida, como por exemplo, meu caro amigo, sobre se é moralmente aceitável mentir às crianças sobre a tua (não)existência. É um livro cheio de piada, que resulta de um blogue apropriadamente chamado Ask Philosophers, no qual filósofos de renome respondem a perguntas e problemas colocados pelos anónimos leitores.

Platão e ornitorringo Platão e um Ornitorrinco entram num Bar…, de Daniel Klein e Tom Catchcart

“A construção e recompensa das piadas e a construção e recompensa dos conceitos filosóficos são feitas da mesma matéria. Ambas estimulam a mente de formas similares. Isso porque a filosofia e as piadas provêm do mesmo impulso: confundir nossa sensação de como as coisas são, virar o nosso mundo de pernas para o ar e escavar verdades ocultas sobre a vida, muitas vezes incómodas. O que o filósofo chama insight, o humorista chama zinger”, dizem-nos os autores. Como calcularás, quem sou eu para desdizer. Acho que promete.

O jogo do Anjo

O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón

Ora aqui está um livro que não esperava pedir. Acontece que li o anterior, do mesmo autor, o A Sombra do Vento, e gostei muito. O outro era uma história de amor, passada na Barcelona dos anos tenebrosos da ditadura espanhola. Uma história de amor às mulheres (e aos homens), mas também aos livros, às livrarias e às bibliotecas. E tinha um toque de humor negro com sabor a policial sombrio. Afinal, há best-sellers que nos surpreendem.

auster

Homem na Escuridão, de Paul Auster

Bom, sobre este não sei nada, mas é “apenas” um dos meus autores contemporâneos preferidos, por isso está tudo dito. Se o livro é escrito pelo Auster, eu quero ler. Como curiosodade, consta que o senhor, que é americano, tem um fraquinho por Portugal. Deve ser verdade, já que num livro anterior, A noite do oráculo, parte da história gira à volta de um misterioso caderninho de notas que só se fabrica cá no burgo!

Bom, não te quero maçar mais. A lista é sempre muito maior, mas eu sei que a crise já chegou a todo o lado, mesmo ao Pólo Norte. Ainda que as tuas renas não usem gasolina…

Recebe um beijinho,

desta sempre tua crente,

Teresa

Read Full Post »

Acabadas as aulas, já escolhemos o Leitor do Mês para Dezembro. Vejam quem é.

Read Full Post »

dominio-publico

Para o download de obras de múltiplos temas, em diversos media.

Read Full Post »

NOTA DO EDITOR: agradecemos aos leitores o interesse suscitado por este artigo, no entanto, devido ao seu número e redundância, decidimos interromper a publicação de mais comentários sobre o mesmo. Em vez de comentar este post VOTE na nossa sondagem 🙂


Crepúsculo, um romance que ao mesmo tempo mistura acção com terror, é uma adaptação de um best-seller que tem como título original Twilight!

Muitos, ao saberem que se trata da história de uma rapariga de seu nome Bella Swan que foi sempre um pouco diferente, nunca se preocupando em ser uma das miúdas com estilo da sua escola secundária em Phoenix, diriam possivelmente que a história é um pouco “lamechas”. Mas não é nada disso, pois quando a sua mãe volta a casar e Bella vai viver com o seu pai na chuvosa e pequena cidade de Forks, Washington, ela não espera grandes mudanças. No entanto,  quando conhece o misterioso e fascinante Edward Cullen , um rapaz diferente de todos os que já conhecera, tudo muda. Inteligente e divertido, ele vê a beleza interior de Bella. crepusculoRapidamente, Bella e Edward são levados por um apaixonado e decididamente pouco ortodoxo romance. Edward consegue correr mais rápido que um leão, consegue parar um carro em andamento com as suas próprias mãos e não envelhece desde 1918, pois ele é um vampiro e como todos os vampiros ele é imortal. Mas não tem presas e não bebe sangue humano, ele e a sua família consideram-se vegetarianos; Edward e a sua família são únicos entre os vampiros na sua opção de vida. Para Edward, Bella é tudo aquilo por que ele esperou durante 90 anos: uma alma gémea. Mas, quanto mais próximos eles ficam, mais Edward tem de lutar para resistir ao apelo animal do seu cheiro, que o poderia transportar para um delírio incontrolável. Porém, quando James, Laurent e Victoria, os Nómadas, inimigos mortais dos Cullens, chegam à cidade, encontram-se com os Cullens e com Bella, sentem o cheiro humano desta e imediatamente Edward, ao pressentir que eles pretendem beber o seu sangue, foge com Bella e aí começa o género do que o James considera um jogo pois vai atrás desta, com intuito de a matar e, por conseguinte, destruir emocionalmente Edward que tão apaixonado está por ela.

Toda a família dos Cullens tenta proteger Bella da morte certa!!

Mas não vou falar mais acerca do filme pois quem ainda não o viu espero que neste momento tenha muita vontade de o fazer. O filme é simplesmente espectacular e na minha opinião um dos melhores filmes dos últimos tempos.

Quem não gostar muito de cinema, pode ainda encontrar à venda o livro de onde foi adaptado o filme, assim como os restantes que se seguem, visto este livro pertencer ao género de uma saga.

Rita Alcéo 12º A

Read Full Post »

fonte: Blog da RBE

10_razoes_alunos_peq

ALUNOS

10_razoes_profs_peq

PROFESSORES

Read Full Post »

Para quem sempre considerou a oferta de livros a melhor prenda, falar deles é bastante gratificante. Mas, falar do “livro da minha vida” para mim é uma tarefa impossível pois foram tantos (e quantos não se perderam nas brumas do tempo?) que seria exaustivo e muito incompleto rmil-sois-resplandescenteselembrar todos “esses amigos sempre presentes”.

Assim, como estamos no final de 2008, vou comentar dois livros que li este ano e que considerei fascinantes: “Mil sóis resplandecentes” de Khaled Hosseini e “Nunca me deixes” de Kazuo Ishiguro.

Embora muito diferentes, ambos falam do direito dos seres humanos ao amor e à felicidade. O primeiro tem como contexto as convulsões nonunca-me-deixes Afeganistão nas últimas três décadas e descreve, de forma comovente, o percurso de duas mulheres que, com muita coragem, lutam pela sua felicidade num mundo dominado pelos homens e pela guerra em que o mais difícil é sobreviver. Por isso, este romance é simultaneamente um retrato social e humano duma região violenta e de uma realidade que os europeus, felizmente, desconhecem. Como já referi adorei o livro não só pela análise que faz a nível sócio-político mas porque fala de sentimentos e faz relembrar que todos somos iguais e que os seres humanos o que desejam é ser felizes, tanto no meio da guerra, num contexto terrível, como no local mais paradisíaco.

O segundo livro sendo uma obra de ficção trata essencialmente de emoções e ao longo da sua leitura sente-se uma angústia crescente pois conduz-nos a uma reflexão sobre a mortalidade e fragilidade da vida humana. Considerei, por isso, uma extraordinária história de amor, perda e de verdades ocultas (que não vou decifrar pois tiraria o interesse e o suspense). Como está organizado como um thriller futurista as 330 páginas lêem-se num ápice pois o interesse e curiosidade mantêm-se até ao final.

Concluindo, atendendo à época, julgo que estes dois livros seriam prendas excelentes.

Bom ano de 2009.

Profª Luísa Oliveira

Read Full Post »

Pois é, o Natal já chegou ao Bibli e é tempo de falar dele. É de facto uma época em que se misturam tradições que vão desde o dia de S. Nicolau, o antepassado  do  Pai Natal, que se festeja a 5 de Dezembro em países como a Bélgica, Holanda e Alemanha, à Saturnália. Também na Suécia, o dia de S. Luzia (ou Lúcia, cujo nome provém de “luz”), a 12 de Dezembro, surge associado a esta época festiva. Em Espanha, por exemplo, mantém-se a tradição antiga da troca de presentes no Dia de Reis, a 6 de Janeiro. A própria  Árvore de Natal apesar de, ao que se julga, ter surgido na Idade Média, só começou a ganhar expressão em meados do século XIX, na Alemanha – ela evoca sem dúvida o primeiro dia em que as noites começam a diminuir e a luz do sol volta aos poucos no longo Inverno do Norte, trazendo de novo a fertilidade da Primavera e os frutos que nos alimentam. Finalmente, para os Cristãos, o Natal é acima de tudo a comemoração do nascimento de Cristo (que, para alguns dos nossos alunos provenientes de países de fé Cristã Ortoxoda, só se celebrará a  5 de Janeiro) e a promessa que isso implicou para a humanidade.

Das nossas estantes, para diversas idades, gostos e crenças, escolhemos então algo para ler, ver ou ouvir ao pé da lareira… Mas, para um Natal verdadeiramente universal, há que lembrar igualmente nesta época a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Com votos de um bom Natal, aqui fica um poema, por sugestão do nosso colega Gilberto Martins.

Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sitio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois : somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.


David Mourão-Ferreira

Read Full Post »

Let it snow…

O Natal está oficialmente aberto no Bibliblog!

A condizer, aqui fica a versão do Dean Martin.

Read Full Post »

Já passaram 60 anos – mas o tema é sempre actual. Ler + no link abaixo e atenção ao próximo “Na estante com…”

direitos_humanos

Read Full Post »

Quando me pediram que escrevesse umas linhas sobre o livro da minha vida, (ou, em alternativa, o filme da vida), confesso que, impulsivamente, respondi que não – não sabia qual era o livro da minha vida! Nunca tinha pensado nisso, e, como espontaneamente não me surgiu nenhum título, é porque para mim não havia o livro. Filme ainda menos. Parece que é comum ter-se uma resposta; os outros professores a quem foi pedido o testemunho, sabiam qual era o livro da vida deles. Sendo pouco dada a elencar, por falta de método, e ainda menos a ordenar em rankings, por preguiça em opinar e avaliar, era natural. Superlativos também não uso. Uma coisa sabia: os livros são, e desde cedo foram, importantes na minha vida, pelo enorme prazer que senti em os ter lido, pelo tempo que nisso apliquei. Aos poucos, uns títulos foram-se insinuando. A força com que se impuseram deve ser proporcional à importância que para mim tiveram, – teriam sido os meus livros preferidos, embora nunca antes tivesse pensado nisso. Ter mais que um livro da minha vida é menos grave do que não ter nenhum. Pensando nesses livros que agora, e sem esforço, emergiram da poeira, sinto que, através deles, é quase possível mapear todo o passado. São como migalhas deixadas na floresta para assinalar o percurso; deixaram um trilho que se pode seguir, voltar atrás perseguindo o seu rasto. Afinal, em determinado momento da minha vida sei que foram O Livro, hoje provavelmente já não o seriam, não me dariam o mesmo prazer, possivelmente já nem os conseguiria ler, e isto falando da literatura que li na fase adulta.

O meu preferido mais remoto, depois dos obrigatórios, mas não menos apreciados por isso (na infância os Cinco e os Sete da Enid Blyton, e também os da Condessa de Ségur herdados da minha mãe, na adolescência, O Fio da Navalha de Sommerset Maughm, o Eça, claro, os Maias, A Cidade e as Serras, A Correspondência de Fradique Mendes, A Ilustre Casa de Ramires,..) foi O Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrell. Ainda me lembro que devorei os três primeiros volumes, Judite, Baltazar e Mountolive, nas férias que passava no Algarve, na altura ainda província, no tempo em que havia províncias, e onde, portanto, não havia livrarias, a não ser em Portimão, a Casa Inglesa. Obriguei os meus pais (tinha 17 anos, não tinha carta de condução) a atravessar o Algarve numa enorme urgência de ler Clea. Os 4 volumes da Ulisseia, proporcionavam uma perspectiva prismática, quase cubista, dos quatro personagens do quarteto, dos seus enredos amorosos, das intrigas diplomáticas. Os seus nomes e o da cidade onde tudo se passava, ainda hoje conservam uma ressonância quase mítica. Depois veio a fase do ProustDu Côté de chez Swan…, Combray, Guermante e Swan, sítios e nomes que se tornaram familiares, para meu espanto, ainda hoje presentes.

Depois de muitas leituras, recordo-me (?) de O Leopardo, de Lampedusa,  as desventuras do Príncipe de Salina na sua Sicília, atravessada pela revolução liberal. Com o tempo, e a falta dele, a urgência da vida e das leituras académicas e profissionais, que têm que ir sempre à frente, outro tipo de livros ganhou terreno à ficção: os ensaios, a divulgação e a informação enchiam agora, em fase de tempo racionado, o cabaz de compras da livraria. Os romances raramente são agora lidos até ao fim. A lista dos livros de leitura suspensa engrossa a olhos vistos, até um dia, em que os vagares e a serenidade permitam voltar a apreciá-los devidamente.

Profª Cristina Teixeira


Read Full Post »