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Archive for Março, 2016

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dia de chuvaimagem editada daqui

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afonso cruz3

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imageGREEN, John (2014), O Teorema Katherine, Asa

O livro conta-nos a história de Colin Singleton, um rapaz prodígio de 17 anos, doido por anagramas, que acaba de terminar o Ensino Secundário de coração partido. O facto de ele ser considerado um rapaz prodígio e não um génio… E digo desde já que “prodígio” e “génio” são termos com significados completamente diferentes em que “prodígio” é uma pessoa que aprende as coisas muito rapidamente e “génio” é alguém que cria/descobre coisas novas. Como eu estava a dizer, o facto de ele ser considerado um prodígio e não um génio incomodava-o bastante pois ele tinha medo de não ter aquele momento grandioso de descobrir coisas novas. Tinha medo de não ter o seu momento Eureka. E foi a sua obsessão em tentar atingir esse momento que a sua namorada, Katherine XIX, o decide deixar. Sim, a Katherine nº19. Colin Singleton namorou com 19 raparigas. Todas chamadas Katherines. E todas, sem exceção, lhe deram com os “pés”. Ficou tão arrasado com o final da relação, que decidiu ficar a deprimir no quarto o resto das férias. Mas, o seu melhor – e único – amigo, Hassan, não permite que isso aconteça e decide que em vez de se preparem para a faculdade, façam uma viagem de carro, sem rumo determinado. Uma viagem que teve como destino uma pequena cidade do Tennessee denominada Gutshot. Foi neste local que a vida de Colin mudou por completo e também foi lá que teve finalmente o seu momento Eureka. Decidiu elaborar e comprovar o chamado Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines que prevê, através da linguagem pura da matemática, o fim de qualquer relacionamento amoroso mesmo antes de as duas pessoas se conhecerem. O livro alega que existem estudos recentes que afirmam que possa mesmo haver a possibilidade de existir uma única fórmula que preveja o romance de uma relação.

Eu decidi escrever sobre este livro pois, em primeiro lugar, foi um dos poucos livros que li.

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John Green

Em segundo, porque tem uma linguagem fluida e compreensível. Em terceiro, porque é um livro que tem uma narrativa completamente diferente de todos os outros livros que John Green escreveu. Quase todos os livros que escreveu, como por exemplo, “A culpa é das estrelas”, “À procura de Alaska”, “Cidades de papel”, são livros mais virados para o drama e para a tristeza. Mas “O Teorema Katherine” é exatamente o oposto desses livros. É um livro cheio de humor. Os diálogos entre Colin e Hassan são super hilariantes. E, na minha opinião, o ponto forte do livro foi mesmo a personagem Hassan, um árabe gordinho que desrespeita constantemente as regras da fé islâmica. Ele é uma espécie de orientador de Colin.

Outra coisa boa nesta obra são os recursos linguísticos utilizados pelo autor. Quando se pensa que ele não tem mais nada que inventar, ele decide usar várias notas de rodapé. Normalmente elas enervam um bocado, pois exigem que o leitor perca o seu ritmo de leitura para as ler. Mas tal não acontece com este livro. Elas contribuem imenso para o texto, dando-lhe mais humor e conferem uma narrativa um tom mais inteligente.

Houve uma nota de rodapé em especial que me cativou. Eu simplesmente achei fascinante uma criança de 10 anos ter conseguido memorizar os noventa e nove dígitos de pi.

O que Colin fez aos dez anos foi compor uma frase de 99 letras na qual a primeira letra de cada palavra correspondia ao dígito de pi (a=1, b=2 etc.; j=0). A frase, caso estejam curiosos: “Costumam adorar doses alcoólicas esses inconsequentes bacalhaus, fanfarrões embriagados, cometendo excessos hepáticos, instigando grandes indulgências com benefícios calamitosos. Heroicamente, dedicadas focas babás fazem das crias carentes habilidosas crianças bacalhau, garantido incondicionalmente educação justa, básica, honesta, harmoniosa, dando auxílio integralmente gratuito à família. Inspiram confiança imensa, inclusive, cultivando generosidade e alegria. Já essas horríveis bicudas joviais insultam garoupas domésticas inadequadamente, demonstrando demérito e incomodando bastante cada jovem garoupa. Humilham as feiosas damas, justamente fazendo brincadeiras horrendas, falando bestialidades jocosas. Hostilidades irritantemente inescrupulosas, habitualmente ferinas, bestas, horripilantes. Jovens crianças declaram hostilizar bicudas enquanto causadoras de brigas. Aprendei a glorificar jubilosamente fantásticas garoupas!”

Íris Fernandes, 10ºB

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No dia 3 de março, deslocámo-nos a Setúbal, mais propriamente à Escola 23 Barbosa du Bocage, para participar na fase regional do concurso de Literacia 3D, já referido em anterior artigo aqui no Bibli. Os nossos campeões, a saber – Tomás Sousa do 5ºF (EBVR), Literacia da Leitura, Guilherme Fustiga do 7º A (ESDS), Literacia da Matemática, e David Silva do 8ºA (ESDS), Literacia das Ciências – estavam muito bem dispostos e conviveram bastante entre si. O mais novo dos três, o Tomás, deixou-nos mesmo um depoimento que passamos a registar:

O teste foi mais difícil, com mais perguntas e textos complexos; além da pressão.
Foi engraçado, o espaço era diferente do normal. Conheci pessoas novas.
Eu gostaria de um dia retornar a fazer esta experiência, e espero que o texto corra bem e represente bem o Agrupamento.
Até a entrevista eu desejo que me tenha corrido bem.
Além da prova regional, o dia foi ocupado com a participação numa reportagem para o programa da RTP 2 Zig Zag, tendo os nossos campeões sido entrevistados. Serviu também a ocasião para a organização da Porto Editora entregar os prémios da fase escola.
Agora só nos resta cruzar os dedos e esperar pelos resultados!
FR

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Embora fevereiro esteja focado na cerimónia dos Óscares, considero que a notícia do mundo do cinema mais relevante do mês foi a que envolveu a portuguesa Leonor Teles, que se tornou a mais jovem realizadora a receber um Urso de Ouro pela curta metragem Balada de um batráquio na 66ª edição do festival internacional de cinema de Berlim. A realizadora, de origem cigana, considera o filme “ enérgico, irónico e irreverente” que parte da tradição portuguesa de colocar sapos de loiça à entrada de restaurantes e outros estabelecimentos comerciais para afastar e impedir a frequência de pessoas ciganas. Como tal acrescenta que “Através da minha história pessoal pretendi chamar a atenção para um comportamento crescente que se aproveita da crença e da superstição como forma de menosprezar e distanciar outros seres humanos”.

Quanto à 88.ª cerimónia dos Óscares da Academia de Hollywood, confirmou as expectativas, apesar da polémica sobre a ausência de atores negros nomeados nas principais categorias. Assim, à quinta nomeação, Leonardo Di Caprio, finalmente, levou a estatueta dourada pelo seu desempenho avassalador em Revenant: O Renascido. Ainda sobre a mesma obra Alejandro G. Iñárritu venceu o prémio de Melhor Realizador, e neste caso, pelo segundo ano consecutivo.

Nomeada pela primeira vez, ao lado de veteranas na passadeira vermelha como Cate Blanchett ou Jennifer Lawrence, Brie Larson viu o seu emotivo desempenho em Quarto reconhecido com o Óscar para Melhor Atriz, depois de ter recebido os prémios Bafta, Globos de Ouro e do Sindicato dos Atores. Nos agradecimentos não faltou uma palavra ao pequeno Jacob Tremblay, de nove anos, que faz de seu filho neste drama intenso realizado por Lenny Abrahamson. Esta fascinante obra sobre as vítimas de pedofilia, estreada em fevereiro, foi adaptada pela escritora irlandesa Emma Donoghue a partir do romance da sua autoria O quarto de Jack em que é exposta a capacidade de resistência a uma situação traumatizante e como a linguagem do amor contribui para a libertação.

O caso Spotlight de Tom McCarthy, sobre uma equipa de jornalistas de investigação do “Boston Globe” que denunciou abusos sexuais de menores por padres católicos, conquistou os galardões para Melhor filme e para Melhor Argumento Original, que se juntaram aos prémios Bafta e do Sindicato dos Argumentistas. Os prémios de Melhor ator secundário foram para a sueca Alicia Vikander pelo desempenho em A rapariga dinamarquesa e o britânico Mark Rylance, em A Ponte dos Espiões. Entres os restantes prémios destaque para  Mad Max: Estrada da Fúria de George Miller que arrecadou seis estatuetas nas categorias técnicas enquanto  Divertida-mente de Pete Docter e Jonas Rivera, levou para casa o Óscar de Melhor Filme de Animação e Amy de Asif Kapadia e James Gay-Rees, o de Melhor Documentário.

Por fim, o Óscar de melhor filme estrangeiro foi para a produção húngara O filho de Saul de Lászlo Nemes que é, igualmente, uma das estreias de fevereiro. Uma obra perturbante e incomodativa sobre as memórias de holocausto mas oportuna pois os ventos da intolerância começam a soprar, novamente, na Europa.

Quanto às restantes estreias do mês há obras que vale a pena visionar mas que não foram contempladas pelos ambicionados galardões, como Carol de Todd Haynes baseado no livro de Patricia Highsmith foi considerado o melhor filme do ano segundo os críticos de Nova York e a revista Time Out. Com uma perfeita reconstituição da década de 50 acompanha o romance entre duas mulheres, Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara) que se conhecem, por acaso, numa loja de brinquedos de Nova Iorque construindo uma relação considerada imoral pela sociedade da época que via com preconceito e ignorância o divórcio e a homossexualidade.

Igualmente sobre intolerância mas, neste caso, política Trumbo, de Jay Roach, baseia-se em factos reais ocorridos nos EUA nas décadas de 40 e 50, em plena a Guerra Fria, com a perseguição a figuras de Hollywood simpatizantes de ideologia de esquerda, sendo abordado, neste filme, o caso de que foi vítima o argumentista Dalton Trumbo que lutou pela defesa da liberdade de expressão que só lhe permitu trabalhar sob pseudónimos, já até aos anos 60. Mais uma obra para se conhecer e não esquecer.

Denunciado a situação degradante da mulher em sociedades conservadoras, tivemos o drama franco-turco Mustang de Deniz Gamze Erguven que, na 41 ª edição dos Cesar, foi contemplado com quatro galardões. Baseado em factos verídicos, revela como as mulheres são subjugadas em culturas onde não existe liberdade.

Com características diferentes Os oito odiados de Quentin Tarantino com o habitual clima de violência apresentado nas obras deste realizador debruça-se sobre as tensões não resolvidas nos EUA, nomeadamente os conflitos étnicos entre brancos, negros, mexicanos, nortistas e sulistas e mulheres. Horas decisivas de Craig Gillespie descreve, com muita ação, situações reais vividas em fevereiro de 1952 aquando de uma operação de resgaste durante uma tempestade.

O nostálgico Salve, César! dos irmãos Joel e Ethan Coen, com um elenco notável de atores em que sobressaem Josh Brolin, George Clooney, Ralph Fiennes Scarlett Johansson, Frances McDormand, Tilda Swinton, Channing Tatum, acompanha um dia na vida de um responsável de um estúdio, durante a denominada época de ouro do cinema de Hollywood.

O thriller A Floresta de Jason Zada faz da lendária floresta japonesa de Aokigahara o cenário para uma mistura, de sobrenatural, suspense e terror. Tivemos ainda, tivemos ainda, para o público infantil, Alvin e os esquilos:a grande aventura de Walt Becker e Zootrópolis de Byron Howard.

Relembro que O Cineclube Impala Cine, no Auditório Costa da Caparica irá iniciar um novo Ciclo de Cinema, desta vez dedicado à ficção científica. Para iniciar este novo ciclo, no dia três de março, o filme escolhido foi o carismático Blade Runner, de Ridley Scott, com Harrison Ford, Rutger Hauer e Daryl Hannah, entre outros. Ao terminar, assinalo a 15ª edição da MONSTRA – festival de animação de Lisboa, que decorrerá entre 3 e 13 março, com a exibição de centenas de obras oriundas de vários países. O interessante programa pode ser acedido em http://www.monstrafestival.com.

Luísa Oliveira

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