LUGOVSKAIA, Nina (2005), Eu Quero Viver, Casa das Letras
A obra é um diário escrito pela autora durante a sua adolescência […] Nina sentiu necessidade de o começar a escrever, para falar sobre o seu dia a dia e poder expressar o seu ódio e raiva ao regime totalitário que dominava o seu país, havendo muitas referências a Estaline, às buscas e torturas a que eram submetidos os cidadãos russos e o medo que havia de falar sobre política. […] Esta obra fez-me refletir sobre o quão bom é viver numa sociedade livre, onde nos podemos revoltar e manifestar contra as decisões do Governo, sem termos medo de sermos mortos ou enviados para um campo de trabalhos forçados.
Ana Leonor Gonçalves, 10º A
FILIPOVIC, Zlata (2002), Diário de Zlata, Companhia das Letras
Esta obra tem, como assunto, o dia a dia de uma criança que tem a guerra como sua vizinha. A partir do dia 5 de abril de 1992, Zlata teme a guerra em Sarajevo, pois tem medo de perder as suas amigas, de não poder ir mais à escola, de ver a sua cidade tornar-se um pesadelo. Apesar de não querer, a guerra bate-lhe à porta, e Zlata não consegue impedir que ela se instale. A partir daí, Zlata e todos os habitantes de Sarajevo têm que aprender a lidar com essa situação, ainda que não da melhor forma.
Esta obra fez-me reflectir sobre a guerra e o que ela é. Imaginando que em Lisboa teria acontecido o mesmo que em Sarajevo, o que teria sido de mim? Como é que eu iria reagir, se perdesse todos os meus amigos e ficasse solitário no meu mundo, […] Coisas simples que eu dou por certas, no dia-a-dia, como água, luz e alimento, esta menina e a sua família viram-se ‘à rasca’ para as conseguir.
João Aranha, 10.º A
CADILHE, Gonçalo (2011), Encontros Marcados, Clube do Autor
Nesta obra, Gonçalo Cadilhe relembra os encontros mais marcantes da sua vida, que o tornaram na pessoa que é hoje. Foram encontros marcados pelo destino. […] Todas as viagens que realizou fizeram-no mudar o “rumo” da sua mente e crescer como pessoa.
As questões que esta obra levanta são o facto de seguirmos o nosso coração e o facto de sermos livres para conhecermos toda a beleza do mundo. Relativamente a seguirmos o nosso coração, acredito que seja verdade, porque não podemos ser felizes, seguindo o que os outros acham melhor para nós. Por exemplo, o autor ia seguir gestão, mas as viagens sempre foram a sua paixão, e ele lutou pelo seu sonho e é uma pessoa feliz e completa.
Ana Medeiros, 10º E
GHULAM, Nadia e ROTGER, Agnes (2011), Em Carne Viva, Edições Asa
Nadia tinha apenas oito anos quando a sua infância terminou. Uma bomba destruiu-lhe a casa e o corpo. Passa longos meses em coma, […] mas o milagre acontece. Ainda que desfigurada, sobrevive, mas a sua família – feliz antes da guerra – está na miséria, e o seu adorado irmão, Zelmai, foi assassinado, deixando o pai à beira da loucura. Sozinha, a menina decide que tudo fará para salvar a família, mas as mulheres afegãs não têm sequer o direito de trabalhar. Para evitar a fome, ela terá de renunciar à sua condição feminina. Adota a identidade do irmão e trabalha sem descanso.
Esta obra levou-me a pensar nos sacrifícios que uma menina teve de fazer, para salvar a sua família, da miséria, mesmo não estando no melhor estado físico.
Márcia Formiga, 10º E
FERREIRA, Vergílio, (1995), Manhã Submersa, Bertrand Editora
Nesta obra, Vergílio Ferreira conta-nos a história da sua infância, quando por volta dos 12 anos foi enviado para um seminário (contra a sua vontade), por D. Estefânia, a velha senhora com quem vivia e que queria fazê-lo padre.
Porém, ele não se sentia nada bem no seminário, pois tinha saudades de casa e não se sentia confortável naquele enorme casarão cheio de gente que não lhe dizia nada, […]
Esta obra levanta várias questões, como a miséria da região, as desigualdades sociais (o contraste entre a riqueza de D. Estefânia e a pobreza da família do autor), o amor e a amizade e, principalmente, os sentimentos íntimos do autor.
Rita Carvalho, 10º E
Textos selecionados por Rosa Silva, no âmbito do Contrato de Leitura