No mês de Maio assistiu-se à exibição de três filmes de produção nacional : A Zona de Sandro Aguilar , O último condenado à morte de Francisco Manso e As Operações SAAL de João Dias. Este último, que já tinha sido exibido em 2007, é um documentário imperdível que constitui um autêntico documento histórico sobre a época conturbada e utópica de 1974/75 .
Para os fãs de ficção científica ( e não só) estreou-se o aguardado Star Trek de J.J. Adams. É um fabuloso filme de aventuras que mostra o encontro dos vários tripulantes e a sua primeira viagem a bordo da Entreprise.
Do Brasil foi exibido mais um filme com acção a decorrer nas favelas, Cidade dos Homens de Paulo Morelli.
Para quem gosta do escritor Dan Brown não deve perder a adaptação do seu livro Anjos e Demónios realizada por Ron Howard.
Da Dinamarca chegou-nos Flame & Citron de Ole Christian Madsen que nos dá a conhecer dois heróis da resistência dinamarquesa à ocupação nazi.
Também com acção a decorrer na 2ª Guerra Mundial temos o interessante No limite do Amor de John Maybury, um drama biográfico sobre Dylan Thomas que é considerado um dos maiores poetas da língua inglesa.
Para os que apreciam filmes históricos estreou-se Amazing Grace de Michael Apsted que conta a luta de Wilberforce , um dos pioneiros anti-esclavagistas, na Câmara dos Comuns , no século XVIII.
A estreia de um filme francês agrada sempre a alguns cinéfilos.Como tal, destaco Um conto de Natal de Arnaud Desplechin com um grande elenco num argumento sobre os relacionamentos e intrigas familiares.
Os apreciadores de filmes com vampiros devem adorar o filme sueco Deixa-me entrar de Tomas Alfredson que é um excelente filme de terror que já tinha tido estreia em DVD.
Também em exibição o filme belga de animação Os Moconautas no Mundo da Lua de Ben Stassen , o documentário Tyson de James Toback sobre a controversa figura do pugilismo mundial e a comédia À noite no Museu 2 de Shawn Levy.
Relacionado com o Festival de Cannes que decorreu de 13 a 24 de Maio refira-se o documentário Cada um o seu cinema realizado por ocasião da comemoração, em 2007, dos 60 anos do referido Festival. Nele inúmeros cineastas apresentam um olhar sobre o cinema e as suas salas.
Nesta 62ª edição do Festival ( considerado o festival de cinema mais importante do mundo) a Palma de Ouro foi para o austríaco Michael Haneke com o filme Das Weisse Band ( A Fita Branca) e o Grande Prémio do Júri para o francês Jacques Audiard com Un Prophète.Ao francês Alain Resnais foi atribuído o Prémio Especial do Júri pelo conjunto da sua obra.
Mas, a cinematografia portuguesa está de parabéns pois o jovem cineasta João Salaviza (estudante no Conservatório) ganhou a Palma de Ouro, isto é, o Grande Prémio de Cannes para Curtas-Metragens com o filme Arena . Este filme de quinze minutos já tinha sido distinguido no IndieLisboa e conta a história de um homem em prisão domiciliária num bairro social lisboeta. Dado as boas críticas que tem recebido aguardam-se novos prémios.
Profª. Luísa Oliveira
Read Full Post »