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Archive for Maio, 2012

Tomás Noronha, personagem central de Codex 632 de José Rodrigues dos Santos, é professor da Universidade Nova de Lisboa, leciona História e é perito em criptanálise e em línguas antigas. É casado com Constança e fruto desse casamento tem uma filha: Margarida Noronha de 8 anos. Margarida sofre de trissomia 21 ou Síndroma de Down.

Tomás é contratado para descodificar uma estranha cifra, deixada pelo professor Toscano antes de morrer, por parte da Fundação Americana de História. A Sociedade prometeu-lhe pagar 2.000 contos por semana e 500.000 de prémio caso conseguisse descodificar o cifra (o problema foi que foram impostas novas condições no final). Tomás é um curioso da história, não só a portuguesa, como também a mundial. Gosta de códigos e cifras e de codificá-las e, claro, descodificá-las constantemente. Através dessa sua astúcia consegue decifrar o estranho enigma deixado pelo professor Toscano.

A sua filha é vítima de uma doença incurável a que se associam outras complicações cardíacas. Tomás e Constança tudo fazem por ela, desde levá-la a inúmeras consultas a dispensarem-lhe todos os cuidados em casa. Há uma altura inclusive que eles lutam para conseguir um professor que possa ajudar Margarida (as crianças com algum tipo de deficiência têm  direito, à luz da legislação portuguesa, a um professor que as ajude e lhes dê um apoio suplementar). Concluindo, tudo fazem pela sua filha que, ao invés de ser um motivo de desunião, é antes um motivo de união.

O que acaba por ser um motivo de desunião é a “capacidade de observar a sala de aula” que revela Tomás Noronha (se é que me faço entender…) A dado momento, aparece uma jovem dos países nórdicos (Lena) que estava a estudar história e queria escrever uma tese sobre os Descobrimentos Portugueses. Tomás é então convidado a estudar em conjunto com Lena na casa dela e os dois envolvem-se sexualmente, acabando ela por se tornar sua amante. Quando Constança toma conhecimento disso, separa-se dele mas no final foi a sua filha que mais uma vez os acaba por unir (não pelos melhores motivos mas, enfim…)

José Rodrigues dos Santos

José Rodrigues dos Santos (o criador de Tomás Noronha) já recebeu diversos prémios. Não só no âmbito da sua carreira literária, como também na sua carreira jornalística. É uma referência para os portugueses enquanto jornalista e português. As opiniões sobre os livros deles divergem: uns afirmam que, partindo de sobrepostos falsos, nunca se poderá chegar a conclusões verdadeiras. Outros porém, dizem que acham a história credível visto que há a possibilidade espácio-temporal da realização da história (coisa que provavelmente não poderá acontecer em alguns livros de Dan Brown, onde a ação se desenvolve num só um dia). Para além da crítica, a sua escrita já foi alvo de prémios, nomeadamente Escritor de Confiança 2012.

Tiago Bernardino, 10º F

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Na sequência da leitura de Memorial do Convento e da visita de estudo que os alunos do 12º ano realizaram a Mafra, foi lançado aqui no Bibli um desafio literário sobre o tema. Durante as Jornadas do Livro e da Poesia os textos propostos pelos alunos foram apreciados por um júri e, como já anunciado, o 1º prémio foi atribuído por unanimidade à aluna, Ana Margarida Campos, do 12ºB. Parabéns à aluna que produziu o texto que agora partilhamos com os nossos leitores.

Fernando Rebelo

Quem nunca deu por si a imaginar como seria se fosse possível transportarmo-nos, não apenas através da imaginação, para os cenários onde decorrem as ações dos livros que lemos? Quem nunca imaginou como seria poder visitar a Terra do Nunca ou até mesmo o País das Maravilhas? A verdade é que a mera possibilidade de visitar os palcos fantásticos que oferecem lugar às histórias iria sem dúvida torná-las bastante mais reais para qualquer leitor: se esses lugares fossem não apenas palavras, mas sim espaços e construções reais diante os nossos olhos; não apenas tinta negra numa folha de papel branco, mas sim verdadeiras pedras, rodeadas de um verdadeiro céu, de um verdadeiro chão e de verdadeiras folhas, não brancas, mas verdes.

Bem, não direi que algum dia será possível visitar a Terra do Nunca ou o País das Maravilhas – esses são de facto lugares que terão de viver apenas no imaginário de cada um de nós. No entanto, digo com orgulho, que nem todos os lugares são como os anteriores. E digo-o com orgulho, não apenas por dizer, mas porque tive a recente sorte de me “transportar” para um dos mais imponentes palcos de histórias que Portugal conhece. Falo naturalmente do Palácio-Convento de Mafra, monumento esse que dá lugar à grande história do Memorial do Convento, da autoria de José Saramago.

Ao visitar, não apenas o Convento em si, mas também todo o espaço que o envolve, é sem dúvida possível dar vida a cada detalhe anteriormente lido na obra. Somos automaticamente envolvidos por aquele clima monárquico e absolutista, que nos faz rapidamente perceber a extravagância de D. João V de Portugal, através da evidente grandiosidade do monumento  e também da, talvez não tão evidente, pequenez de pensamento do próprio rei, uma vez que ordenou que se erguesse em Mafra um convento de tal forma grandioso que o seu contacto com a obra se ficou por  sonhá-la, financiá-la e, orgulhosamente, inaugurá-la mesmo ainda antes de estar concluída.

As pedras de Mafra contam ainda a história de todos os trabalhadores que foram de facto os responsáveis pelo erguer do sonho de D. João V, como se todo o esforço, suor, lágrimas e sofrimento de Alcino, Brás, Cristóvão, Daniel, Egas, Firmino, Geraldo, Horácio, Isidro, Juvino, Luís, Marcolino, Nicanor, Onofre, Paulo, Quitério, Rufino, Sebastião, Tadeu, Ubaldo, Valério, Xavier, Zacarias estivessem ainda de alguma forma conservados dentro daquelas muito mais do que quatro paredes.

Perante a grandiosidade da construção, sobressai ainda a famosa pedra fendida que se encontra tanto na frente da obra arquitetónica, como na obra literária de José Saramago. Todas as pedras, mas sem dúvida essa em particular, fazem com que todas as palavras usadas pelo autor ganhem vida e sentido próprio.

Aconselho vivamente todos os amantes e não amantes de literatura a visitar este pequeno grande palco de História e de histórias, este lugar onde é possível perceber a enorme cumplicidade que existe entre a pedra e a palavra.

Ana Margarida Campos, 12ºB

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No passado sábado dia 10 de Março participámos na masterclasses da Física das Partículas no IST (Instituto Superior Técnico). Esta iniciativa organizada a nível internacional, envolve um intercâmbio de várias escolas do país e tem como objetivo mostrar aos alunos como os físicos trabalham e que tipo de atividades é desenvolvido nas áreas da física de partículas.

As atividades começaram com uma aula teórica onde se referiram os fundamentos teóricos da Física de Partículas e as técnicas básicas utilizadas na análise aos acontecimentos.

A Física de Partículas é um ramo da Física que estuda os constituintes elementares da matéria e da radiação, e a interacção entre eles e suas aplicações. É também chamada de Física de altas energias, porque muitas partículas elementares só podem ser detectadas a energias elevadas. Falámos de partículas já conhecidas como os eletrões, protões e neutrões e abordaram-se novas partículas como os mesões, bosões e muões.

O bosão de Higgs é uma partícula elementar, que segundo a hipótese de Higgs formulada em 1960, surgiu logo após ao Big Bang e se a sua existência for confirmada permitirá validar o modelo padrão atual de partícula. É a única partícula do modelo padrão que ainda não foi observada, mas representa a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares. Enquanto esta partícula subatómica não for detetada, os cientistas não conseguem explicar a existência da própria matéria.

Os trabalhos desenvolvidos com o equipamento LHC (Large Hadron Collider) que é o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo, têm permitido descobrir estas partículas. O principal objetivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas pelo CERN (organização europeia para a pesquisa nuclear), que é o maior laboratório de física de partículas do mundo situado em Genebra.

Na parte da tarde, realizou-se a atividade experimental pela internet que consistiu na obtenção e análise de dados reais, obtidos no CERN, sobre colisões de partículas elementares como muões. Contactámos, via internet, com cientistas do CERN.

Esta experiência foi muito interessante e permitiu aprender mais sobre os tipos de partículas existentes no Universo.

José Carlos Castanheira, Oleg Vasylyev e Tiago Santo, 12ºC

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O conhecimento do funcionamento do cérebro pode ser usado para melhorar a aprendizagem. Apesar dos numerosos estudos sobre o funcionamento do cérebro humano, muitas das questões sobre esta matéria, continuam por responder. 

Sobre o funcionamento do cérebro humano, como sobre outros assuntos, factos falsos repetidos frequentemente são difíceis de corrigir. Assim persistem alguns equívocos sobre o nosso cérebro, afirmações que convencem muita gente, mas que os cientistas afirmam não serem válidas.

Ao longo de 6 semanas vamos desmistificar algumas dessas crenças. Aqui abordamos a quarta. Leia para descobrir a verdade por detrás dos mitos sobre o cérebro.

4. Temos apenas 5 sentidos: falso

Claro que temos 5 sentidos, mas não só… Visão, olfato, audição, paladar e tato são os sentidos mais valorizados no nosso quotidiano, mas também sentimos frio, calor, dor, pressão, movimento, aceleração, desequilíbrio. Todas estas sensações são fornecidas por um equipamento sensorial muito vasto, para além dos cinco órgãos de que toda a gente se recorda. Na verdade, estamos equipados com grandes conjuntos de neurónios sensitivos, que nos informam também, sobre a posição e movimentos do nosso corpo (sensibilidade propriocetiva), sobre o equilíbrio (sensibilidade vestibular), sobre a dor, sobre a temperatura. Os neurónios especializados na receção das sensações de dor e temperatura são inúmeros e encontram-se na pele, nas mucosas e nas paredes dos órgãos internos. O ouvido, por exemplo, não é apenas o órgão da audição, mas desempenha duas importantes funções sensoriais. No ouvido médio, no sistema coclear, estão os recetores dos estímulos sonoros que vão permitir a audição e no ouvido interno, no sistema vestibular, estão os recetores da sensação de equilíbrio.

Embora não tenhamos consciência de todas as informações recebidas pelo organismo, estamos permanentemente sujeitos a diversos tipos de estímulos provenientes do meio. Todos os recetores sensoriais proporcionam sensações valiosas que tratadas pelo sistema nervoso central, permitem reagir e interagir, adequadamente, com o mundo.

Teresa Alves Soares

(Psicóloga da ESDS)

imagens daqui e daqui

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A  exposição itinerante Tráfico Desumano está patente na nossa escola no âmbito da comemoração do Dia da Escola.

Esta exposição tem como objetivo sensibilizar a sociedade civil para a problemática do tráfico de seres humanos, desenvolvendo mecanismos de alerta e prevenção, bem como dar a conhecer o contributo do Observatório do Tráfico de Seres Humanos (OTSH) para os avanços na investigação e prevenção deste tipo de tráfico.

No dia 25 de maio, às 10 h 15 m, realizar-se-á um debate com alunos sobre o tema do Trafico de Seres Humanos moderado pela Dra. Rita Penedo do Observatório do Trafico de Seres Humanos e Dr. Pedro Assares Rodrigues da Direção Central de Investigação, Pesquisa e Análise de Informação do SEF.

Fátima Campos

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Consulte o programa aqui

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O grupo de Português, a BE da ESDS e a sua Oficina de Expressão Dramática reuniram esforços para levar a cabo o intenso programa das Jornadas do Livro e da Poesia, realizadas entre os dias 17 e 27 do passado mês de Abril.

O programa teve início com a montagem da Feira do Livro na zona de acolhimento da BE e, apesar da crise, os preços convidativos e a oferta variada não desiludiram os seus promotores, dado que nunca faltaram leitores interessados.

Nos dias seguintes, a Poesia invadiu literalmente todos os espaços da escola lembrando as pessoas do poder desta linguagem: foram lidos poemas em todas as salas de aula, promovidas declamações em diversas zonas da escola, começando pela BE e passando pela sala dos professores. Esta iniciativa congregou diversos professores do grupo de Português, um sem número de alunos, nomeadamente os da Oficina de Expressão Dramática, liderados pelo professor Carlos Amaral, que impressionou as diversas audiências expontâneas com a declamação encenada de um dos seus poemas.

No dia 24, o encontro com a escritora Mª. João Lopo de Carvalho culminou um projeto de leitura da coleção de que é coautora – 7 irmãos. Alunos de diversas turmas de 7º e 8º ano desenvolveram ao longo dos últimos meses diversas atividades decorrentes dessas leituras, desde jogos na BE, fichas de leitura, comentários às histórias e personagens. O auditório que acolheu a presença da autora não foi suficientemente grande para tanta gente e o tempo escasseou para tanta pergunta, quer sobre as personagens, quer sobre o próprio ofício da escrita, nomeadamente a escrita para jovens – perguntas a que Mª João Lopo de Carvalho respondeu com grande energia e desenvoltura. Por escolha da autora, o aluno Pedro Gonçalves recebeu um livro autografado por lhe ter feito a pergunta mais original: “começou a escrever por influência de alguma professora de Português?”.

Finalmente, foram entregues os prémios (3 obras de Saramago) aos alunos que submeteram textos ao concurso A Pedra e a Palavra, tendo o júri, constituído pelos professores Isabel Vinhas, Fernando Rebelo e Dulce Godinho, atribuído por unanimidade o 1º Prémio à aluna Ana Margarida Campos e distinguido com 2 Menções Honrosas Tiago AfonsoAna Costa, todos do 12ºB, cujos textos serão em breve publicados aqui no Bibli.

Ainda sem uma avaliação formal do impacto causado por todas estas iniciativas, podemos porém considerar pela adesão, alegria e entusiasmo com que o livro e a poesia marcaram presença especial na escola durante 10 dias que é sem dúvida algo a repetir para o próximo ano letivo!

Fernando Rebelo

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Da extensa lista das mais recentes aquisições, ainda em processo de classificação e catalogação, que pode ser consultada aqui, destacamos para esta Estante algumas novidades já disponíveis para os nossos leitores.

Quisemos cobrir uma variedade de interesses nesta primeira remessa, pelo que colocámos no nosso escaparate obras juvenis, romances históricos, poesia, obras didáticas, quer em livros quer em filmes.

Mais uma vez, demos prioridade nas aquisições às sugestões e pedidos dos nossos leitores, tendo igualmente em conta a época de exames que se avizinha, assim como os nossos colegas que acompanham com empenho os alunos em tutorias e apoios educativos, tentando disponibilizar recursos que lhes facilitem essa tarefa.

Agora é só esperar que os livros e filmes que vamos catalogando voem rapidamente das estantes da nossa BE e façam também eles voar a imaginação dos nossos leitores!

Fernando Rebelo

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O conhecimento do funcionamento do cérebro pode ser usado para melhorar a aprendizagem. Apesar dos numerosos estudos sobre o funcionamento do cérebro humano, muitas das questões sobre esta matéria, continuam por responder. 

Sobre o funcionamento do cérebro humano, como sobre outros assuntos, factos falsos repetidos frequentemente são difíceis de corrigir. Assim persistem alguns equívocos sobre o nosso cérebro, afirmações que convencem muita gente, mas que os cientistas afirmam não serem válidas.

Ao longo de 6 semanas vamos desmistificar algumas dessas crenças. Aqui abordamos a terceira. Leia para descobrir a verdade por detrás dos mitos sobre o cérebro.

3. O cérebro não consegue produzir novos neuróniosfalso

A maioria dos neurónios é formada antes do nascimento. Até à década de 90, pensava-se que a formação de novos neurónios (neurogénese) não seria possível. Este dogma das neurociências foi abalado quando alguns estudos confirmaram que o cérebro adulto possui a capacidade de gerar novos neurónios.

Sabemos hoje que ao longo da vida, há formação de novos neurónios, em regiões do cérebro (hipocampo) relacionadas com a aprendizagem e a memória. Não existe aprendizagem sem memória e parece ser no hipocampo que se formam as novas memórias. Também sabemos que durante a adolescência morrem neurónios e formam-se outros. Nessa fase da vida, o cérebro muda e a formação de novos neurónios, é necessária e importante.

Nos adultos, grande parte do comportamento está fixado e embora não seja imutável, a criação de muitos novos neurónios, não é determinante. A maior parte das mudanças que são necessárias, pode ser conseguida através da criação de novas sinapses (ligações estáveis) entre os neurónios existentes.

A formação de neurónios diminui quando se está sob stresse ou deprimido. No entanto, parece haver uma situação em que formamos mais neurónios – quando exercitamos, as nossas funções psicológicas. Isso, sem dúvida, cria mais neurónios do que aqueles que perdemos quando estamos em stresse ou deprimidos. Exercitar as nossas funções psicológicas é, comunicar, pensar, aprender, idealizar, conhecer, saber, raciocinar, criticar, planear, organizar, resolver problemas …

Teresa Alves Soares

(Psicóloga da ESDS)

imagem daqui

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Ana Margarida Carvalho, 10ºF

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O facto inédito de um aluno da ESDS, Rodrigo Perdigão, do 10ºE, participar num filme premiado levou à necessidade de uma entrevista para conhecermos melhor as circunstâncias que levaram a tornar-se protagonista do filme de João Salaviza, Rafa, vencedor do Urso de Ouro para curtas metragens no festival internacional de cinema de Berlim 2012. O filme estreia-se no circuito comercial no dia 10 maio e, por isso, podemos apreciar a prestação do Rodrigo  que  tem sido muito elogiada pelos críticos cinematográficos.

P – Como surgiu a possibilidade de participares num filme?

R – Esta experiência surgiu na noite de Santo António  de 2011, cerca das 2 hs da manhã. Estava com um grupo de amigos em Santos, Lisboa, quando duas pessoas se aproximaram dizendo que estavam a fazer uma curta-metragem  e perguntado se eu estava interessado em participar nela dado que  parecia ter o perfil da personagem principal. Concordei e indiquei os contactos dos meus encarregados de educação. Uma semana depois ligaram-me para fazer o casting e só  então acreditei verdadeiramente que poderia participar num filme.

P– Como decorreram as filmagens?

R – As filmagens correram bem pois a equipa era bastante simpática e orientadora. Ajudaram-me muito, nomeadamente, a Joana Verona (no filme “ Sónia”, irmã do “Rafa”) que também contribuiu para o sucesso da minha personagem.

Rodrigo Perdigão

P – Aspetos agradáveis e desagradáveis durante a rodagem…

R – Aspetos desagradáveis só encontro um, que era o desgaste de quatro noites sem dormir, mas como estava a fazer com agrado foram bem passadas. Os aspetos agradáveis foram muitos pois foi uma experiência marcante na minha vida – ver como se faz um filme mas principalmente o facto de ter conhecido muitas pessoas e ter feito amizades na equipa.

P – Qual a sensação de participar num filme?

R – A sensação foi estranha mas boa pois nunca tinha sido durante tanto tempo o centro das atenções  e o motivo das conversas. Muito menos ter um projeto dependente de mim pois se eu falhasse falhava a equipa comigo. Esta responsabilidade fez-me crescer muito pois comecei a ver tudo de outra maneira.

P – Pretendes continuar no meio cinematográfico ?

R – Pretendo e vou lutar para isso. O  problema é que além de não depender só de mim, o cinema português é cada vez menos apoiado pelo Estado tornando assim difícil o acolhimento de muitos atores.

Depois de esta pequena entrevista só podemos desejar que o Rodrigo continue persistente na sua vontade de singrar no cinema. 

Entrevista conduzida por Luísa Oliveira

veja aqui o trailer do filme

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Os alunos da Escola Secundária Daniel Sampaio assistiram no dia 12 de Abril a uma palestra promovida pela Associação Salvador e por um grupo de alunos, no âmbito do projeto De pequenino se torce o pepino. A palestra procurou sensibilizar os jovens para a problemática das Acessibilidades e Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência Motora e contou com o testemunho de Salvador Mendes de Almeida.

A Associação Salvador lançou um desafio às escolas que consistiu na elaboração de um projeto com vista a sensibilizar a comunidade envolvente para o tema da deficiência motora, tendo sido os alunos organizadores deste projeto, recompensados com a realização da palestra.

As palestras, promovidas durante o ano letivo pela Associação Salvador inserem-se num objetivo de “Sensibilização nas Escolas”, dirigidas à população escolar para que reconheçam as capacidades das pessoas com deficiência, contribuindo assim para desmistificar alguns preconceitos face à deficiência motora.

A palestra foi ministrada por Salvador Mendes de Almeida, mentor da Associação Salvador, conhecido apresentador de televisão na RTP e coautor de dois livros sobre a temática da deficiência. O orador, aos 16 anos, sofreu um acidente de viação que o deixou tetraplégico e passou a ter que andar numa cadeira de rodas. Contudo não se deixou desmoralizar e manteve o seu quotidiano, orientando o seu percurso de vida para as causas relacionadas com a deficiência e com a falta de acessibilidades, tendo feito deste motivo a razão para a existência de uma associação com o seu nome.

A palestra teve início com a presidente da escola a agradecer a presença do orador e felicitar os alunos dinamizadores do projeto pelos resultados alcançados.

Depois, Salvador Mendes de Almeida desafiou duas alunas representantes do grupo dinamizador do projeto De pequenino se torce o pepino a apresentarem, perante a assistência, uma súmula do trabalho que desenvolveram dando conta dos objetivos propostos na futura implementação do seu projeto. Estas alunas entregaram à Associação Salvador um suporte digital com o conteúdo do projeto De pequenino se torce o pepino.

No decorrer da palestra, Salvador Mendes de Almeida contou ao auditório a sua história e experiência de vida, abordando as questões relacionadas com o quotidiano da pessoa portadora de deficiência, tais como a sua integração social, o desporto adaptado, empreendedorismo, integração profissional, percurso escolar, vida familiar, acessibilidades e apontou como as pessoas com deficiência podem e devem ter vidas perfeitamente normais.

Depois de dar a conhecer alguns dados estatísticos e esclarecer as diferentes causas e tipos de deficiência que existem, Salvador Mendes de Almeida deixou aos alunos alguns conselhos sobre como interagir e ajudar na integração das pessoas portadoras de deficiência, não faltando um alerta para a problemática das acessibilidades, fator determinante para a qualidade de vida e independência destes cidadãos.

Referiu que as pessoas com deficiência motora enfrentam muitas barreiras, nomeadamente sociais e psicológicas e desde que se desloca numa cadeira de rodas se depara com muitas atitudes desajustadas, pois muitas pessoas não conseguem perceber que as pessoas com deficiência não são “coitadinhas” e podem ser felizes e realizadas.

O orador ainda mencionou que as pessoas mais velhas apresentam maior dificuldade em lidar com pessoas portadoras de deficiência e que se tem revelado mais fácil apostar na mudança de mentalidade da população mais nova. Sendo assim, o objetivo destas iniciativas é combater as perceções negativas sobre a deficiência, facilitando desta forma a integração social das pessoas portadoras de deficiência.

Salvador Mendes de Almeida considera que tem assistido nos últimos tempos a uma grande mudança ao nível das mentalidades sobre a deficiência em Portugal mas que apesar disso acha que ainda falta percorrer um longo caminho, pois se por um lado as pessoas estão cada vez mais sensíveis às temáticas, por outro continuam a faltar as acessibilidades físicas.

O orador ainda explicou que a sua associação, que tem sede em Lisboa e possui o estatuto de utilidade pública, tem como missão apoiar e promover a integração das pessoas com deficiência motora na sociedade e visa apoiar diretamente pessoas com deficiências, em especial numa altura em que a conjuntura não é favorável e onde cada um deve promover a sua autonomia numa sociedade cada vez mais escassa em auxílios do estado.

Para finalizar a palestra, a Associação Salvador distribuiu kits de divulgação pelos alunos e terminada a apresentação, foi com inteira disponibilidade que o orador respondeu às perguntas dos alunos e professores, deixando claro com o seu testemunho que a deficiência não impede uma participação ativa e válida na sociedade.

O espaço escolhido para a realização da palestra foi o auditório situado no pavilhão do refeitório que acolheu as turmas dos três anos de formação do curso profissional de Técnico de Apoio à Infância, a turma do curso tecnológico de Desporto, a turma do décimo primeiro ano do curso científico-humanístico de Línguas e Humanidades e os professores.

Para marcar a passagem do Salvador Mendes de Almeida na nossa escola foi-lhe oferecido um quadro, gentilmente cedido pela professora Armanda Mendes.

A palestra encheu o auditório de público e foi o culminar do trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo pelos alunos finalistas do curso profissional de Técnico de Apoio à infância, que de acordo com os objetivos gerais da sua formação específica, participaram no projeto promovido pela Associação Salvador que os distinguiu com a palestra de sensibilização para importância das acessibilidades e para a temática da deficiência.

Tal como os “Homens-Livro” de Ray Bradbury (Fahrenheit 451) que repetiam o seu conteúdo vezes sem fim com o objetivo de não perderem a sua mensagem, assim acontece com o Salvador. Não podemos esquecer que um livro é sempre o mesmo, a mensagem em si contida é sempre a mesma, mas o leitor é quase sempre DIFERENTE.

Portanto, a missão do Salvador nas escolas é clara. Apesar de a sua mensagem ser quase sempre a mesma não podemos esquecer que atinge um ouvinte sistematicamente DIFERENTE.

Boa missão, Salvador.

Soledade Estribio

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O conhecimento do funcionamento do cérebro pode ser usado para melhorar a aprendizagem. Apesar dos numerosos estudos sobre o funcionamento do cérebro humano, muitas das questões sobre esta matéria, continuam por responder. 

Sobre o funcionamento do cérebro humano, como sobre outros assuntos, factos falsos repetidos frequentemente são difíceis de corrigir. Assim persistem alguns equívocos sobre o nosso cérebro, afirmações que convencem muita gente, mas que os cientistas afirmam não serem válidas.

Ao longo de 6 semanas vamos desmistificar algumas dessas crenças. Aqui abordamos a segunda. Leia para descobrir a verdade por detrás dos mitos sobre o cérebro.

2. Ouvir música clássica torna-nos mais inteligentes:  falso

É fantástico ouvir obras de Bach, de Mozart e de muitos outros compositores. No entanto, só por ouvirmos música dita erudita ou sinfónica, não ficamos mais inteligentes.

Ouvir música estimula o ouvido e o córtex cerebral, ativando circuitos neuronais. O efeito produzido pela música pode desencadear diferentes estados emocionais e interferir nas nossas funções mentais. Sabe-se que ouvir alguns tipos de música pode ajudar a melhorar a concentração e consequentemente, a ter um melhor rendimento cognitivo, enquanto a escutamos. Mas a música nunca tem um efeito específico: alguns podem deliciar-se com os Noturnos de Chopin e outros podem sentir sonolência; há quem delire com estilos musicais que alguns podem considerar extremamente desinteressantes ou mesmo agressivos.

Estudar música e aprender a tocar um instrumento, pode melhorar as capacidades cognitivas a longo prazo. Tocar um instrumento exige uma ligação entre a leitura (pauta), a audição do som da melodia e o movimento das duas mãos. Estas tarefas, complexas, são ótimas para estimular os dois lados do cérebro e a interação entre os dois hemisférios, o que contribui, sem dúvida, para um cérebro mais eficiente. Mesmo depois de adultos, podemos aprender a tocar um instrumento, mas na infância e na adolescência é muito mais fácil.

Ouvir música pode facilitar a árdua tarefa de estudar. A música barroca mais lenta (como Bach, Händel, Vivaldi e Corelli) comunica uma sensação de estabilidade, de ordem e de segurança que pode criar um ambiente estimulante para o estudo e para o trabalho intelectual. A música clássica (Mozart, Beethoven) tem clareza, elegância e transparência, podendo melhorar a concentração da atenção, a memória e o raciocínio espacial. A música romântica (como Schubert, Schumann, Tchaikovski, Chopin e Liszt) amplia a expressão emocional e os sentimentos, por isso não será, para a maioria de nós, a mais adequada para ouvir, enquanto se estuda. Resta descobrirmos, por nós próprios, qual o tipo de música que nos torna mais disponíveis para estudar e com a sensação de maior eficiência cognitiva. E depois é “praticar, praticar, praticar!”

Teresa Alves Soares

(Psicóloga da ESDS)

imagem daqui

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