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Archive for Março, 2018

Decorreu na biblioteca, no Dia da Poesia, 21 de março, a atividade Poetizar, em que, percorrendo diversas mesas, os alunos eram convidados a jogar com as palavras, inventando, reconstruindo e completando poemas. Junto à zona de atendimento da BE estiveram ainda expostas caricaturas de diversos poetas e autores portugueses para serem identificados pelos alunos.

Estiveram diretamente envolvidos nos jogos poéticos as turmas do Básico 8º A, B, D e E e 7º E, orientadas pelas professoras Maria João e Natália Marques, e as do profissional 11º G e H, da professora Mª do Céu.

Há alguns resultados surpreendentes pela sua criatividade, como se pode ver pelos trabalhos expostos à entrada da biblioteca. E, segundo os professores organizadores, a receção dos alunos foi muito positiva, tendo-se queixado apenas dos curtos 45 minutos de duração para cada turma. Sem dúvida, algo para continuar!

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No dia 8 de março, o autor, jornalista e historiador José Milhazes conversou com alunos das turmas do 12º Línguas e Humanidades com o intuito de promover o seu livro mais recente “As Minhas Aventuras no País dos Sovietes” (2017) e de expor algumas ideias e histórias sobre o comunismo e as suas experiências pessoais passadas num país com aquela ideologia.

Milhazes, nascido na Póvoa de Varzim de uma família humilde de pescadores, partiu para a União Soviética em 1977, onde iria tirar a licenciatura em História e viver numa sociedade comunista, algo com que ele, firme apoiante da ideologia marxista, há muito sonhava. Em vez de voltar logo para Portugal, o historiador casou-se e ficou a viver lá durante muitos anos. Tendo lá chegado durante o governo de Brejnev, acompanhou esse período e tudo o que se seguiu, incluindo o fim da URSS. Desde 1989 que Milhazes, devido à sua posição e vivências, escreve para jornais portugueses e comenta sobre assuntos atuais que envolvam a Rússia.

A sessão começou com uma (quase) breve introdução, em que o convidado se apresentou aos presentes e falou sobre as suas aventuras no país dos sovietes, sobre a atual Rússia e sobre a evolução de Portugal, do seu ponto de vista. Depois, alunos e professores tiveram a oportunidade de colocarem as suas questões. Estas abrangeram vários tópicos, e receberam respostas ainda mais amplas que, apesar de serem longas e algo dispersas, acabaram por responder a muitas outras perguntas também, algumas das quais ninguém tinha sequer pensado!

Algumas das questões colocadas foram sobre a sua visão relativa ao caráter repressivo da URSS (e como se compararia ao Portugal pós-Revolução de que ele tinha saído), “acha que o marxismo ou algum tipo de neomarxismo ainda faz sentido? ”ou ainda a sua opinião sobre a violação de direitos humanos na atual Rússia. José Milhazes respondeu com várias histórias e opiniões pessoais, remetendo várias vezes aos seus livros e também aos artigos e crónicas escritos para jornais como o Observador. No final, os presentes tiveram a oportunidade de receber autógrafos nos seus livros e alguns até de ficar na sala por mais algum tempo e conversar com o autor.

O feedback vindo de alguns dos alunos presentes é positivo, mas muitos afirmaram que, apesar do privilégio de terem contactado diretamente com alguém que experienciou eventos aprendidos em aulas de História, o facto de José Milhazes ter divagado muito na sua introdução e nas respostas, limitou a intervenção de alguns alunos, já que esta estava limitada por tempo e muitas questões ficaram por perguntar ou por melhor esclarecer. Isto, claro, seria resolvido com uma segunda visita!

Alice Santos e Carla Miranda, 12ºD

A história de José Milhazes é uma inspiração para vários alunos que se maravilhavam a ouvi-lo sobre tudo o que tinha para contar. Informados acerca do seu trabalho e entusiasmados para compreender melhor o seu livro, foram colocadas questões variadas sobre política, economia e até lhe foi pedida a opinião sobre problemas atuais que o nosso mundo enfrenta.

O autor demonstra muito conhecimento relativamente à história da Rússia, dos tempos soviéticos e à atualidade do presidente Putin. O autor também transmite imensa informação sobre as suas experiências que são fascinantes e demonstram grande coragem da sua parte!

Os alunos da escola Daniel Sampaio desfrutaram de uma oportunidade única de conhecer a história para além dos livros, através de alguém com muita informação para transmitir, um gosto histórico enorme e, certamente, uma enorme vontade de aprofundar todos estes acontecimentos.

Entre as histórias e “ideologia” abordada pelo autor, foi importante ter realçado que o conhecimento deve sempre ser questionado e a aprendizagem nunca é demais. A aprendizagem e os fenómenos históricos são privilégio a que todos nós temos acesso, de modo que cabe a cada um de nós, como indivíduos de uma sociedade desenvolvida, buscar o conhecimento e a vontade de aprender.

Após uma experiência única e impactante em que o tempo passou a voar, todos esperam ansiosamente repetir este encontro continuando a acompanhar o trabalho feito por este célebre historiador, na esperança de, talvez no futuro, usufruir novamente de tal oportunidade para que todas as perguntas que ficaram por colocar sejam respondidas e a nossa visão histórica seja ampliada.

Stephanie Vidal, 12ºD

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Este inquérito ao perfil de leitor dos alunos da Escola Daniel Sampaio foi realizado no âmbito do Plano de Melhoria da Biblioteca Escolar. Contou com a colaboração empenhada de todo o Departamento de Português na recolha dos dados.

Os seus objetivos eram claros: traçar um perfil de leitor dos nossos alunos, para com esses dados rentabilizar recursos e promover estratégicas com maior potencial de eficácia para que os alunos leiam mais e melhor.

Os dados foram recolhidos através de um formulário online, durante o mês de janeiro de 2018 e a amostra (que tinha como meta os 75% da totalidade dos alunos) distribuiu-se da seguinte forma:

NÍVEIS TOTAL ALUNOS AMOSTRA %
146 127 86%
134 94 68%
144 112 78%
10º 242 212 80%
11º 193 122 63%
12º 223 155 76%
BÁSICO 424 328 77%
SECUNDÁRIO 658 489 74%
TOTAL ESCOLA 1124 817 76%

Nas leituras favoritas, a narrativa de aventuras ganha em todos os níveis de ensino, embora o interesse registe um já esperável decréscimo do 7º ao 12º. Pelo contrário, e sem grandes surpresas, o interesse por obras didáctico-científicas é três vezes e meia maior no 12º do que no 7º.A leitura dos resultados, que se expõem nos painéis seguintes, permite-nos concluir que os alunos do 7º Ano são os leitores mais fervorosos, não só porque são os que mais gostam de ler (81%, por contraposição aos 61-62% do 9º em diante), mas são os que leem com mais frequência e que mais livros leram no último ano. São também os que mais leem exclusivamente em papel, 58,3%, por contraste com os do 9ºAno, em que 51,8% dos alunos afirma ler tanto em papel como em ecrã.

Conclui-se igualmente que 66% dos alunos possui livros suficientes para satisfazer as suas necessidades de leitura, e que apenas 11% recorre à BE para as suas leituras lúdicas. Regista-se ainda que o critério de escolha dos livros resulta em grande parte de sugestões e orientações de amigos, familiares ou professores, 75%, enquanto os restantes 25% prefere uma busca mais autónoma na BE, nas livrarias, na Internet, lendo as sinopses das obras para as seleccionar.

A adesão às leituras propostas/indicadas na disciplina de Português diminui com a subida do nível de escolaridade – enquanto 21,3% dos alunos do 12º afirma “nunca” gostar das obras associadas à disciplina, 15% dos do 7º dizem que gostam “sempre”.

Verificamos com grande satisfação que, entre as medidas que sugerem para melhorar os seus hábitos de leitura, “dar-lhes mais tempo para ler nas aulas” ganha a dianteira – o que confirma a impressão positiva que temos tido do impacto da medida 10 minutos a ler, implementada, igualmente no âmbito do Plano de Melhoria da BE em estreita articulação com o Departamento de Português.

Quanto ao resto, convidamos toda a escola a olhar para os resultados e retirar as suas próprias conclusões, ajudando-nos a refletir sobre como podemos melhorar como leitores ou promotores da leitura.

Fernando Rebelo, Professor-bibliotecário

resultados em pdf.

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O período anterior à cerimónia dos Óscares é caracterizado pela estreia de algumas obras candidatas aos ambicionados prémios. Em fevereiro entre essas estreias destaca-se A forma da Água de Guillermo del Toro com treze candidaturas aos galardões máximos e que tem acumulado inúmeros prémios, embora o realizador tenha sido acusado de plágio. Mas, apesar disso, é uma agradável fábula romântica sobre a relação especial, em plena guerra fria, de dois seres de espécies diferentes, uma mulher muda, empregada de limpeza num laboratório governamental secreto e um ser anfíbio capturado na Amazónia que vive num tanque de água e será alvo de experiências científicas. O enredo é protagonizado por Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins, Octavia Spencer e Michael Stuhlbarg num ambiente em que os cenários reconstituem, de forma convincente, a atmosfera da época, os anos sessenta do século XX.

Igualmente candidato aos Óscares com seis nomeações, Linha fantasma marca o regresso de Paul Thomas Anderson numa obra em que se destaca a interpretação exemplar de Daniel Day-Lewis como Reynolds Woodcock, uma excêntrica figura da alta-costura britânica da década de 50, criada pelo realizador mas inspirada em criadores da moda europeia e americana. É uma belíssima obra com um enredo emocionalmente inquietante e intrigante que se desenvolve num ambiente de luxo e glamour na cidade de Londres no período pós guerra com uma adequada banda sonora do guitarrista  Jonny Greenwood.

Com três nomeações o drama,  Eu, Tonya de Craig Gillespie relata factos verídicos que envolveram  a  patinadora artística americana Tonya Harding na agressão à sua rival, Nancy Kerrigam, antes das Olimpíadas de inverno de 1994, em Lillehammer. A australiana Margot Robbie, no papel da patinadora que acabou por ser irradiada da patinagem artística, está nomeada para o Óscar de Melhor Atriz, enquanto  Allison Janney é  favorita para o Óscar de Melhor Atriz Secundária, no papel da  sua  abusiva mãe . As suas excelentes interpretações  valorizam um enredo de personagens absurdas em que sobressaem  os abusos  físicos e psicológicos  de que a patinadora era vítima  por parte da mãe e do marido.

Também baseado em factos reais que envolveram violência, Todo do Dinheiro do Mundo de Ridley Scott é inspirado na história do sequestro em julho de 1973, por mafiosos italianos, do adolescente John Paul Getty III, neto do magnata americano do petróleo John Paul Getty, interpretado por Christopher Plummer com nomeação para o Óscar de melhor ator secundário. O filme narra as tentativas desesperadas da  mãe do adolescente  em convencer o intransigente  avô bilionário  a pagar a elevada quantia exigida como resgaste,  assim como a relação que o refém vai estabelecer com um dos seus sequestradores.

Numa vertente diferente e sendo considerado um dos melhores filmes da temporada, temos um olhar real e duro sobre a América atual  em The Florida Project  de Sean Baker , sobre os  que não vivem o “sonho americano“ e que lutam, todos os dias, para sobreviver. Com interpretações realistas de atores estreantes destaca-se o veterano Willem Dafoe, candidato ao Óscar de melhor ator secundário, no papel de um gerente que tenta conciliar os valores humanitários com as preocupações económicas. Ainda sobre a América e a atualidade, o grande mestre do cinema clássico americano, Clint Eastwood, recria em 15:17 Destino Paris, a história verídica de três jovens americanos banais  que, em viagem pela Europa, se transformaram em heróis com um ato de coragem  impedindo um ataque terrorista  em 21 agosto de 2015. O filme demonstra como as pessoais consideradas normais são capazes de comportamentos excecionais em determinadas circunstâncias. É uma obra agradável em que três amigos se interpretam a si próprios com grande autenticidade fazendo esquecer que não são atores.

De super heróis trata o mais recente filme da Marvel Studios,  Black Panther  de Ryan Coogler, uma autêntica celebração da cultura  negra. Desde a sua estreia que se tem afirmado como um filme bastante rentável com um elenco de excelentes atores negros num enredo que explora a cultura e mitologia negra e a valorização das suas raízes. Ao longo da ação afirma-se também como uma obra inovadora e criativa que apresenta questões políticas, sociais e culturais, pois estão presentes as críticas e comentários à vida da comunidade afro-americana na atualidade.

Por fim,  é também digno de menção o filme português Amor, Amor, a segunda longa metragem de ficção de Jorge Cramez , referida como  “uma comédia dramática de enganos  sobre dois casais“ em que o fascínio e a provocação estão presentes.

Luísa Oliveira

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