O Ponto e a Linha
São os primeiros elementos da gramática visual.
O ponto é o signo gráfico mais simples e a partir do qual nasce a forma.
Na arte, os pontos podem surgir de variadas formas: agrupados, dispersos, maiores ou menores e podem até constituir movimentos artísticos como o Pontilhismo que derivou do Impressionismo.
Decorrente das reflexões de Georges Seurat, cuja pintura passou a apresentar pinceladas muito pequenas, evoluindo depois para pontos de cores primárias (magenta, amarelo e azul ciano) que eram colocados separadamente ao lado uns dos outros para obter o máximo de luminosidade.
A uma certa distância, fundiam-se na nossa retina, sendo percecionados como manchas de cor e realizando assim a mistura ótica das cores.
Para obter, por exemplo, o verde das árvores ou da relva, o pintor aproximava pontos azuis e amarelos na tela para serem percecionados como verde, ou se quisesse um céu violáceo justapunha pontos azuis com magenta ou vermelho.
Além da arte, também os objetos, as pessoas ou as estrelas podem ser percecionados como pontos, se os virmos a uma grande distância.
Do ponto solta-se a linha, sinuosa, reta, quebrada, ora com uma expressão serena e contida, ora dinâmica, revelando uma expressividade de acordo com o material que a representa.
A linha é modeladora das formas. Pode estar presente e ser invisível ao mesmo tempo, quando subjaz à estrutura da composição e quando sugere ao olhar que se oriente em determinada direção, ou então quando julgamos ver linhas de contorno separando as formas dos fundos.
Criando composições simples com representação dos materiais escolares, os alunos do 7ºB experimentam dar a sua expressão aos pontos e às linhas.
Ana Guerreiro