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Posts Tagged ‘Literatura’

Percurso pessoano em Lisboa

 Na quinta-feira, dia 23 de fevereiro, nós, alunas do 12.º D, visitámos a cidade de Lisboa, em especial locais que marcaram a vida do poeta Fernando Pessoa.

Após a partida de Cacilhas, chegámos ao Cais do Sodré, num dia de sol radiante, mas bastante ventoso. Iniciámos o nosso percurso seguindo o roteiro estabelecido, começando por uma visita ao local de nascimento de Pessoa, acompanhada da leitura de vários poemas do mesmo, situação recorrente ao longo de todas as paragens no percurso. Alguns dos locais mais interessantes por onde passámos foram o café A Brasileira, que mantém uma decoração tradicional que nos fascinou, o hospital St.Louis, local da morte do poeta que ainda hoje o celebra ao manter uma placa com a última frase dita pelo poeta: “I know not what tomorrow will bring”. O local preferido foi, sem sombra de dúvidas, a livraria Bertrand, a mais antiga livraria do mundo, que conta com várias obras do poeta entre as suas prateleiras e que, como leitoras, foi um total paraíso. Terminámos o percurso no cais das colunas onde lemos vários poemas e textos de Pessoa enquanto uma atenta plateia de gaivotas nos sobrevoava.

Em conclusão, a visita foi muito interessante, pois através deste percurso conseguimos descobrir mais sobre a vida do poeta e andar pelas mesmas ruas que ele, aproximando-nos da sua perspetiva. O património literário português foi enaltecido e os alunos divertiram-se.

Mariana Santana e Matilde Guerra, 12.º D

No âmbito da disciplina de português, os alunos das turmas D e F do 12° ano realizaram um passeio pessoano pela cidade de Lisboa, no dia 23 de fevereiro, acompanhados por professores de Português, Matemática e História.

Os alunos percorreram as ruas de Lisboa, começando no Largo de São Carlos, local onde Fernando Pessoa nasceu, no dia 13 de junho de 1888. Passaram por outros locais de importância na vida do poeta como A Brasileira, café onde o poeta se encontrava com outros intelectuais da época. Visitaram também o restaurante A Licorista onde Pessoa foi fotografado em “flagrante delitro” por Carlos Queirós. Esta fotografia está imortalizada num painel de azulejo no interior do restaurante e representa o reatar do seu namoro com Ofélia Queirós. Tiveram também a oportunidade de visitar a livraria Bertrand, a mais antiga do mundo, local frequentemente escolhido pelo poeta para comprar os seus livros. Depois de almoçarem na zona do Chiado, os alunos dirigiram-se ao cais das colunas, passando antes pelo café e restaurante Martinho da Arcada, outro local onde o poeta se reunia com os seus companheiros do grupo de Orpheu. Já no cais das colunas, onde o vento se fez notar, os alunos terminaram a visita com a leitura de alguns poemas do ortónimo e dos heterónimos.

A visita de estudo permitiu aos alunos explorar a obra e vida deste poeta célebre, de uma forma descontraída e divertida, conhecendo Lisboa através dos olhos de Fernando Pessoa.

Luana Vieira e Madalena Almeida, 12°D

No dia 23 de Fevereiro, seguimos  os passos de Fernando Pessoa. Incorporámos a sua rotina e percorremos  a sua pegada desde o nascimento até à sua morte.

Iniciamos na casa onde nasceu um dos maiores escritores portugueses e terminámos no cais das colunas a recitar alguns dos seus mais célebres poemas, seleccionados pelos “corajosos” alunos.

O facto de passarmos pelos espaços mais frequentados por Pessoa, café Brasileira,   Chiado, Biblioteca Bertrand , teatros ente outros, fizeram-me entender melhor a sua personalidade e aproximar-me da sua forma de pensar .

Foi um agradável e instrutivo tempo passado com colegas e professores, pois permitiu ter uma dose de divertimento ao mesmo tempo que aprendia factos pessoais sobre o poeta.

Mariana Arzeni, 12ª F

Com o percurso pessoano, realizado no dia 23 de fevereiro, não só “revivi” o dia a dia de um grande poeta, como também foi-me permitido  alargar a minha sabedoria sobre a cidade de Lisboa e a sua história (através do acompanhamento da professora Luísa Ferreira, professora de História).

Considerei o percurso em si bastante completo, visitámos o local onde Fernando António Nogueira Pessoa nasceu, no dia 13 de Junho de 1888, a Basílica, onde este foi baptizado, os seus locais predilectos (a Brasileira) e infelizmente não podemos entrar no café/restaurante Martinho da Arcada, mas foi posteriormente contextualizado pela Profª. Ana Duarte.

De seguida, foi-nos dada a oportunidade de explorar a livraria mais antiga do mundo (desde 1732) se bem me recordo. Visualizamos o quadro onde o poeta foi apanhado a cometer o “Delitro” , no restaurante A Licorista.

E por fim, o Hospital St Louis, onde Fernando pessoa morreu dizendo “I know what tomorrow bring”

Sara Silva, 12ª F

Atividade organizada pelas professoras Rute Magalhães e Ana Duarte

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Na Biblioteca da DS, no dia 30 de novembro, realizámos uma FESTA muito participada, tendo como centro a leitura de poemas do homem que “foi todo ele uma literatura”: Fernando Pessoa.
 
Alunos e alunas de 10 turmas (4.º A, 9.º E, 10.º A., 11.º B,C, D, 12.º A, D, F e 12.º CTAE) estiveram envolvidos/as, bem como muitos professores/as: Rute Magalhães, Vítor Maia, Carlos Amaral, Ana Duarte, Francisca Galamba, Ana Filipe, Dulce Sousa e a Equipa da Biblioteca.
Procurámos uma articulação entre ciclos para que Fernando Pessoa, que desde criança criou os seus amigos imaginários, se torne uma presença familiar para todos nós também desde cedo.
Assim, o 4.º A, da E. B. Marco Cabaço ouviu algumas das leituras encenadas, mas ouviu especialmente “Era uma vez…Fernando Pessoa” (e-book), história criada e lida por alunas do 12.º F, e participou também no Atelier de Expressão Plástica, dinamizado pelas alunas do C. T. de Ação Educativa, orientadas pela professora Francisca Galamba. 
 
Houve muita música, a das palavras e a dos nossos tocadores: Dinis (bateria), Miguel (guitarra elétrica), Rodrigo (viola acústica) e Tiago (violino). A poesia, as palavras e a emoção dominaram o ambiente e tudo se transformou em “Pessoas com alma de PESSOA”.
 
Escola Em Movimento
Biblioteca Viva.
Obrigada.
 
Dulce Sousa
 

“Este dia ficará para sempre na minha memória.”


Na passada quarta-feira, dia 30 de novembro de 2022 houve, na biblioteca da escola
Daniel Sampaio, uma homenagem ao grande poeta Fernando Pessoa. Eu tive o grande
privilégio de fazer parte deste momento.
Uns minutos antes de começar, senti umas borboletas na barriga. Questionava-me
sobre o que iam pensar de mim, sobre o que iriam achar do espetáculo. Quando vi os meus
amigos e colegas vestidos como eu, as borboletas acalmaram. Quando chegaram os alunos
das outras turmas que também participaram, essas borboletas desapareceram por
completo. Estávamos todos juntos, unidos pelo gosto que partilhamos pela poesia deste
maravilhoso autor.
Para mim, os ensaios foram dos momentos mais marcantes de toda esta
experiência. Todos reunidos em roda de uma mesa, com os músicos a treinarem e a
decidirem o que iam tocar no grande dia e o tempo passava por nós sem que notássemos.
Ninguém estava muito preocupado com as horas, não queríamos que aqueles momentos
felizes acabassem.
Apesar de ainda não estar a estudar a poesia de Fernando Pessoa, foi muito
interessante conhecer um pouco mais dos seus poemas. É certo que este dia ficará para
sempre na minha memória.

Isabel Ferreira, 11.º D

 

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Participar na cerimónia de entrega do Prémio Literário José Saramago, no passado dia 14 de novembro, no CCB, foi um momento inspirador para a leitura e para a escrita. Uma comemoração anunciada do dia 16 de novembro de 2022, dia em que se celebra o centenário de nascimento do escritor, Nobel da Literatura em 1998.
O Agrupamento esteve representado por um grupo de alunos e alunas da ESDS (12.º D e 9.ºE), acompanhado pelas professoras Rute Magalhães e Dulce Sousa. Um gosto e um privilégio termos vivido esta experiência enriquecedora, uma verdadeira aula de leitura e literatura através das palavras de João Tordo, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Bruno Vieira Amaral.  Estes que viveram já, na primeira pessoa, a emoção de terem sido laureados com o Prémio Literário José Saramago.
Uma audiência entusiasta (foi a primeira vez em que estiveram alunos e professores presentes),  participativa, que reagiu com emoção às palavras lidas e ouvidas. O Prémio Literário José Saramago 2022 foi atribuído a Rafael Gallo com o romance Dor fantasma. Uma mensagem final forte, mais uma melodia intensa entre as muitas que encheram o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, aquela tarde.
A escrita de Saramago estará sempre em nós, enquanto formos seus leitores ou leitores dos seus leitores.
Dulce Sousa

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A BE comemorou, no dia 7 de junho, o Dia da Escola, com conversas animadas e intimistas à volta de livros.

Ao longo do dia, vários alunos do ensino secundário juntaram-se à equipa da BE para conversarem sobre livros de diferentes géneros, uns do PNL e outros da sua escolha, acerca das suas personagens e autores preferidos e, sobretudo, sobre as suas motivações e as aprendizagens que a leitura lhes proporciona. O número de alunos inscritos para esta atividade superou as expetativas, o que levou a equipa da BE a dinamizar várias tertúlias literárias.

Com este entusiasmo à volta dos livros e da leitura, a BE desafiou os alunos a participarem no Clube de Leitura que arrancará no próximo ano letivo e …  o desafio foi aceite!

De tarde, o 11ºB presenteou-nos com uma adaptação do final da obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. O texto que está na base desta adaptação é da autoria da professora Rute Magalhães.

Ana Noválio e Rute Magalhães

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Os seguintes trabalhos resultam de um DAC, envolvendo as disciplinas de Português (Rosa Silva) e Educação Visual (Ana Guerreiro) e os alunos do 9ºA e C, que ilustraram algumas partes dos livros que leram, relacionados com o texto narrativo.

Alexandre 9ºCDiogo 9ºAJoana Nunes 9º AMadalena 9ºCMargarida 9ºCMariana Fins 9ºASofia Karlovich 9ºA

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Testemunho de um passado recente tão diferente do actual momento Reportagem sobre a atividade «dar voz aos clássicos»

Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett

A atividade formativa que juntou as turmas E, F e G de 11.º ano decorreu ao fim da manhã da terça-feira, dia 10 de março 2020.

     O Centro de Recursos da nossa escola recebeu as três turmas num momento de aprendizagem fora do vulgar, subordinado ao estudo da obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, naquela que foi a Semana da Leitura. O objetivo do encontro, num contexto e espaço diferentes, é simples: os alunos dramatizam a leitura e, com recurso a excertos do filme Quem És Tu, de João Botelho, comparam e analisam as emoções que das personagens emanam.

    A dinâmica centrou-se nos manuais e na fluência com que cada um leu e encarnou a sua personagem – fator importante para a compreensão da mensagem do texto. Na tragédia, tanto os presságios como as peripécias conferem à obra um toque de mistério e suspense, que se encontram patentes ao longo do enredo.

    Depois de discutido o sentido da palavra “Ninguém.”, proferida pelo Romeiro – o qual responde à questão de Jorge: “Romeiro, romeiro, quem és tu?” – houve lugar para se manifestarem opiniões em relação à aula, a qual foi considerada, por vários, esclarecedora, diferente e mais dinâmica.

    A atividade terminou com o apelo da professora bibliotecária (Dulce Sousa), que reforçou a importância da biblioteca escolar – que, segundo ela, os alunos devem frequentar e aproveitar, de forma autónoma, para pesquisas e leituras.

 Luís Ascensão – 11.º E.

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No passado dia 2 de dez., o poeta fingidor, Fernando Pessoa, viu a sua vida e obra ser recriada e homenageada por alunos do 12 ano dos Cursos Profissionais, na biblioteca da ESDS.
Em estilo café-concerto, Fernando Pessoa revelou o seu “eu” fragmentado e plural. Eis então que surgem Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e até mesmo Alexander Search, que em registo musical emocionou a plateia – E. E., alunos, Professores, Direção.
Os alunos e alunas assumiram com convicção os rostos do poeta através de sentidas leituras de interessantíssimos poemas. Alguns bem divertidos, revelando um Fernando Pessoa (ou seria Álvaro de Campos?!…)  irónico, meigo e ridículo, pois “todas as cartas de amor são/ Ridículas. […] Mas, afinal, /Só as criaturas que nunca escreveram/ Cartas de amor/ É que são/ Ridículas”.
Também através da dança e da música estes (re)criadores deram “vida” ao grande escritor da língua portuguesa, falecido a 30 de novembro de 1935, data que este café-concerto pretendia também assinalar.
Sob orientação e organização das Professoras Maria Chinopa e Rute Magalhães (Português), bem como com a colaboração e monitorização das Professoras Paula Duque (Português/Música)e Conceição Marchã (Inglês), o café-concerto foi um sucesso de diversidade pedagógica e de abordagem interdisciplinar, a que não quis faltar o próprio Fernando Pessoa.
Que voltem sempre, ó Utilizadores, ó Leitores, ó Escritores desta biblioteca!
Dulce Sousa

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Escolhi este quadro do pintor Carlos Botelho, autor influenciado pelo modernismo, corrente artística marcada pela quebra dos padrões tradicionais.

Nesta obra está representado Fernando Pessoa. Observando o quadro, é notória a utilização de apenas três cores: vermelho, branco e preto. Por um lado, esta simplicidade cromática retrata a vida modesta e despojada do poeta. Por outro, contrasta com a complexidade da sua ideologia e reflexões.

Tendo esta obra sido produzida no Modernismo, é possível reconhecer algumas características representativas desse período, como é o caso da velocidade: as pinceladas rápidas e soltas dão uma sensação de movimento feroz. Este movimento poderá ser metafórico, estando associado à inquietação e desassossego do estado de espírito do próprio Fernando Pessoa.

A sensação de movimento foi também representada nesta obra pela pouca delimitação do rosto do poeta. Para além da ideia de movimento, o facto de o rosto não estar bem nítido, com linhas definidas, sugere a incerteza do poeta acerca da própria identidade. Fernando Pessoa não sabia quem era: Não sei quem sou, que alma tenho.[1]

O poeta sentia que era “vários” ao mesmo tempo, criando os tão conhecidos heterónimos (desdobramento da sua personalidade), levando-o a sentir o mundo e a poesia de diferentes modos, destacando-se Álvaro de Campos, engenheiro pessimista com o gosto pelo progresso, mas angustiado com o presente – Não sou nada./Nunca serei nada./Não posso querer ser nada [2]Alberto Caeiro, apaixonado pela Natureza – Além disso, fui o único poeta da Natureza [3] e Ricardo Reis, que gosta da simplicidade tradicional – Segue o teu destino,/Rega as tuas plantas,/Ama as tuas rosas.[4]

Assim, pode concluir-se que a imagem não representa um só indivíduo, mas antes, a reunião em si de todos os aspetos da extensa obra e da grande personalidade que foi Fernando Pessoa.

 

 Sara Boisseau, 12ºB

 

  • [1]  “Não sei quem sou, que alma tenho”, Fernando Pessoa
  • [2]Tabacaria”, Álvaro de Campos
  • [3]Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia”, Alberto Caeiro
  • [4] “Segue o teu destino”, Ricardo Reis

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Em Outubro, Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, associe-se ao Festival Literário Internacional de Óbidos, cujo o tema é “O Tempo e o Medo”. Seja destemido e venha participar no Fólio Educa.

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Festa Medieval realizada pelos alunos de Humanidades

Realizou-se no passado dia 13 de junho de 2019, na Escola Secundária Daniel Sampaio, uma festa medieval organizada pelos alunos da turma do 10.ºF de Humanidades e as professoras das disciplinas de Filosofia, História A e Português, e também com a participação da diretora de turma, a professora de MACS, sem a qual este projeto não seria possível.

Esta festa medieval consistiu numa crítica à sociedade da época, para a qual os alunos realizaram peças de teatro representando as várias classes sociais, nobreza, clero e povo e trajaram conforme a sua classe social ou grupo profissional.

Neste projeto, havia padres, frades, freiras, padeiras, camponesas, taberneiras, estalajadeiras, alcoviteiras, Rei e Rainha, esbirros, enforcados, entre outros.

Durante as representações, alunos de outras turmas, que assistiam aos espetáculos, teceram muitos comentários positivos acerca do referido projeto. Desejaram fazer parte desta “viagem ao tempo medieval”.

A música rasgou o tempo e renovou o ambiente, alunos cantaram, declamaram, tocaram, professores e alunos dançaram, enfim, a alegria foi a principal convidada desta festa de união!

Realizou-se também um grande almoço com as iguarias da altura, como enchidos, favas, leitão, queijos, morcelas, muito pão, com louças de barro e talheres de madeira, tendo sido tudo muito bem apreciado e comentado pelo 10.ºF e professores, pela qualidade extrema da comida e decoração feita pelos alunos e especialmente pela professora de MACS.

Foi um projeto muito interessante que os professores tencionam repetir para o ano envolvendo igualmente outras turmas. Parece-me que iremos viajar para outra época… Apertem os cintos!

Mafalda Castro, 10.º F

festa medieval.jpg

Uma manhã medieval

A idade média homenageada pela idade contemporânea

Iniciando os preparativos para o que seria um dia fora do comum, os alunos da turma 10ºF do curso de Humanidades atraíram para a Escola Secundária Daniel Sampaio um espírito medieval que deu lugar, desde cedo, a um clima de fraternidade entre colegas e professores que fariam deste dia um marco para o fim do ano letivo.

Foi ao som dos sinos que marcavam as 11:30 horas do dia 13 de junho que se deu início à encenação de uma missa que, num tom sátiro, porém sério, conseguiu criticar (de forma geral) a sociedade medieval. Seguiu-se, então, o começo do ‘jantar’ com a inusitada aparição de cinco personagens lendárias da época medieval, sendo elas a Padeira de Aljubarrota, Deuladeu Martins, Inês de Castro, a Rainha Santa Isabel de Aragão e a menina da Capa Rica que, contando as suas lendas, pediram permissão a ‘El-Rei’ para se juntarem ao banquete.

A mesa recheada de iguarias tradicionais, que tinha os lugares reservados somente para os importantes integrantes da corte, não conseguiu privar os alunos das emoções deste convívio que lembrava o término das aulas. Foram, assim, erradicadas as desigualdades sociais características da época medieval pela espontaneidade do ‘jantar’, podendo os elementos das diferentes classes sociais comer juntos, num alegre convívio.

Enquanto decorria o ‘jantar’, tornou, novamente, à escola um cenário de representação com a intervenção dos esbirros apresentando dois criminosos a ‘El-Rei’: um feiticeiro e um ladrão que havia roubado a coroa real. Por iniciativa da rainha, a corte gritou por “morte ao ladrão”, que consequentemente foi enforcado.

No mesmo ambiente de encenação, surgiu uma donzela perante o monarca queixando-se de que havia sido assediada por um monge – uma crítica ao clero medieval, que mostrou a impunidade da igreja na respetiva época.

O desfecho desta agradável manhã deixa na lembrança o som da música, as conversas, gargalhadas e a dança das fitas realizada pelas donzelas e senhoras, bem como um sentimento de realização, pelo sucesso do evento, por parte dos alunos e professoras Rute Magalhães, Antónia Gomes, Luísa Ferreira e Carmo Gomes, responsáveis pela organização do mesmo.

David Ramos e Raquel Ponge, 10ºF

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O dia 3 de maio foi passado, num primeiro momento, no Mosteiro de Alcobaça e, após isso, na cidade medieval de Óbidos.

Os alunos do 10.º E e F puderam contemplar a beleza e imponência da arquitetura do Mosteiro de Alcobaça, fundado em 1153 por D. Afonso Henriques através de uma doação feita ao Monge S. Bernardo.

Mosteiro de Alcobaça

A visita ao grandioso edifício contou com duas guias que foram explicando a finalidade de várias das salas, trazendo o passado ao presente e aproveitando uma ou outra ocasião para questionar os alunos do curso de Línguas e Humanidades.

Ora, do Mosteiro faz parte uma igreja gótica composta pelo nártex, pelo deambulatório, pelas capelas radiantes, pela nave central e laterais, o cruzeiro e o transepto. E é precisamente neste último constituinte do Mosteiro onde se situam os mais belos túmulos que nos contam uma história de amor. A história de Romeu e Julieta, neste caso, a versão portuguesa – um enredo composto por D. Pedro, “o Justiceiro” e D. Inês. Vamos lá recuar no tempo e chamar o passado até aqui…

O acontecimento data do século XIV quando D. Pedro se apaixona por Inês de Castro, a dama de honor de D. Constança, a esposa do herdeiro ao trono. Diz-se que a beleza de Inês era tanta, que Pedro se apaixonou… e o sentimento era mútuo! Viveram assim um amor adúltero. Após ter ficado viúvo, D. Pedro pensou poder viver aquele romance livremente. O problema é que o seu pai, o rei D. Afonso IV, era contra esse casamento pois não queria perder a independência de Portugal para a Espanha. Diz-se, que apesar disso os dois apaixonados se casaram e tiveram 3 filhos.

Pedro e Inês (do filme homónimo de António Ferreira)

Infelizmente a vida dos dois “pombinhos” não foi um conto de fadas, tendo Inês de Castro sofrido às mãos do então rei de Portugal, ou devo dizer, às mãos dos assassinos que encomendou para fazerem o trabalho sujo.

Morreu a mulher apunhalada em frente aos filhos enquanto pedia misericórdia. Este momento trágico teve lugar em Coimbra, na Quinta das Lágrimas, onde, afirmam muitos, Inês foi morta. Reza a lenda que a cor vermelha que se vê nas rochas da fonte corresponde ao sangue derramado por Inês.

Ao olhar para os dois túmulos de Pedro e Inês, é impossível ficar indiferente aos pormenores que os cobrem; todos contam a história dos dois apaixonados! Em ambos os túmulos encontramos uma rosácea, que se divide em duas faixas circulares, a Roda da Vida (exterior) e a Roda da Fortuna (interior), sendo aqui que se representam cenas da vida dos dois amantes. Também as faces laterais foram decoradas – no caso de D. Pedro, encontramos cenas da vida do seu padroeiro, S. Bartolomeu. No que respeita ao túmulo de D. Inês, junto aos seus pés, a representação do juízo final (o dia em que as almas são julgadas) e, nas faces laterais encontramos cenas da vida de Jesus (desde a sua nascença, até ao momento da sua morte, na cruz), a quem, aliás, se fazem inúmeras referências através da Bíblia.

É curioso que os dois estão com os pés voltados para o cruzeiro o que nos remete logo para o encontro entre as suas almas: quando acordarem vão levantar-se e olhar um para o outro a fim de que se reconheçam.

pormenor dos túmulos de Pedro e Inês

Luís Manuel Ascensão, 10.º E

imagens daqui, daqui e daqui

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Destino, que pecado foi o meu ?

Eu era feliz. Durante toda a minha vida sempre cantei e amei, porém, todo este doce canto se converteu em lágrimas e em choro. Amei, cantei mas perseguido pelo Destino e pela Má Fortuna, também sofri. Confesso que este sofrimento também foi causado pelos meus Erros, pois levei algum tempo a perceber, que o “ Amor é um fogo que arde sem se ver “, sofrendo muitas das vezes a tentar definir o que é o Amor.

camõesSempre fui um Homem muito propenso às paixões amorosas, porém, talvez devido à ironia do destino, sempre se trataram de amadas ilustres de uma beleza suprema conotada com uma harmonia e um equilíbrio que lhe conferem uma beleza celestial e caráter superior, e por isso , infelizmente para mim, durante toda a minha vida tive de lidar com amores impossíveis.

Ao longo da minha vida também vivi sempre com a fama de boémio e rufião e por isso deixaram-me um pouco de parte. Fiquei sempre muito entristecido e frustrado pois todas as minhas obras me levaram a um grande esforço e inspiração, mas confesso que fui incompreendido pela sociedade e isto sempre me causou indignação.

                                                                                                             Assinado: Luís de Camões

Duarte Almeida, 10ºF

imagem daqui

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a pedra e palavra

Decorreu este ano a 4ª edição do Concurso Literário A Pedra e a Palavra. Neste concurso propõe-se aos alunos do 12º Ano que escrevam um texto  em que interpretem, a partir da sua própria experiência individual, as impressões provocadas por essa interação entre a palavra e a pedra: a leitura da obra literária de Saramago e a experiência física/sensorial da visita ao Convento de Mafra, a fantasia da ficção e a materialidade do monumento.

Nesta edição foi selecionado o texto da Isabel Curioso do 12ºA, premiada com uma obra do mesmo autor. Fica então a seguir publicado o texto da Isabel.

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Memorial do Convento é muito mais do que uma célebre obra de José Saramago. É, tal como o próprio título indica, quase como um livro de lembranças, algo que nos conta acontecimentos passados para que estes não caiam no esquecimento. No entanto, esta imortalização dos factos históricos não depende apenas da história. É uma escolha individual: guardar na memória o que foi lido apenas para o usar num teste de Português ou fazê-lo com outra intenção?

João V, o Magnânimo, cansado de viver na sombra do “Rei-Sol” e cego de vaidade ordena a construção de um convento em Mafra, afirmando ser em honra da sua filha, ainda por nascer. Na satisfação deste capricho real, homens foram escravizados e vidas sacrificadas, numa edificação que se irá provar desrespeitadora dos direitos do povo (se é que de facto existiam…).

isabel curiosoPara o rei e a sua corte megalómana, o povo era um mero meio para atingir um fim repleto de fatuidade. Porém, para o autor do Memorial do Convento, os trabalhadores eram muito mais do que isso. Do Alcino ao Zacarias, Saramago enuncia, individualiza e, consequentemente, retira do anonimato todos os portugueses que, por pertencerem a uma classe social mais baixa, foram apagados da História. Apesar de somente D. João V ter sido aclamado pela construção (parcial) do convento, o escritor certifica-se de que o povo é lembrado e encontra uma história onde pertença.

Com esta ideia em mente, encarar da mesma forma o imponente Convento de Mafra será uma tarefa difícil. O que outrora fora visto apenas como pedra é, agora, eco dos esforços de muitos homens, mulheres e crianças portuguesas. No fundo é aqui que nasce a interação entre a pedra e a palavra: “Todos somos seres culturais, por um olhar, por um entendimento, conseguimos ir mais fundo que a superfície das coisas. E isso, esse aspeto complexo, é o que impede que o Memorial seja lido em linha reta”, como o próprio José Saramago afirmou.

Deste modo, o Convento de Mafra não será apenas mais um majestoso monumento, mais um local a visitar. A palavra, e todo o sentido que o escritor lhe confere, leva-nos a algo “mais fundo que a superfície das coisas”, leva-nos a um momento de introspeção. De certa forma, podemos considerar que este era um dos objetivos de Saramago ao entrelaçar realidade e ficção. Para concluir, a história do Memorial do Convento permite-nos refletir acerca da História de Portugal.

Isabel Curioso, 12ºA

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