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Archive for Setembro, 2012

Com o início do ano letivo, uma nova série de mitos sobre o cérebro humano desmistificados por Teresa Alves Soares aqui no Bibli.

7. O consumo de canábis não afeta o cérebro: falso

Ao contrário daquilo que muitos pensam, o consumo regular da canábis pode causar danos permanentes no funcionamento do cérebro humano. Os preparados feitos a partir das folhas e troncos das plantas Cannabis têm as designações comuns de haxixe, chamom, liamba, marijuana ou maconha.

Vários estudos recentes, longitudinais, isto é, que incidiram sobre populações estudadas ao longo de vários anos da sua vida, mostram que o consumo continuado de canábis antes dos 18 anos causa danos irreparáveis no funcionamento cerebral, particularmente nas funções da atenção e da memória. Estas funções mentais, assim como a inteligência, foram estudadas em indivíduos que consumiram canábis mais que uma vez por semana antes dos 18 anos. Estes consumidores regulares na adolescência revelam, na idade adulta, perturbações da memória e da atenção, assim como resultados mais baixos em testes de QI (quociente de inteligência), quando comparados com indivíduos que não consumiram canabinóides antes dessa idade. Como o cérebro humano, na adolescência, ainda não está completamente desenvolvido, o seu funcionamento pode ser afetado pelo consumo regular destas substâncias.

A ação dos canabinóides no cérebro, isto é, a interferência química das moléculas de Delta 9 tetrahidrocanabinol (THC) provoca alterações a nível da conectividade das redes de neurónios, com consequentes alterações do funcionamento cerebral. Assim, o consumo regular de derivados da canábis, danifica o cérebro dos adolescentes e, quanto mais cedo o cérebro é exposto ao THC, maior é o risco de danos cerebrais permanentes.

O consumo de canábis pode também, causar efeitos secundários psicóticos, quer dizer, situações de distorção das informações sensoriais, interpretação delirante da realidade e ideias de perseguição, com duração variável. Outro efeito, já muito conhecido, do uso regular da canábis é o síndrome amotivacional, caracterizado por dificuldade em concentrar a atenção, inibição da iniciativa, apatia, afastamento social e redução dos interesses.

Outro aspeto para ficar alerta é o facto de os indivíduos com risco de se tornarem dependentes de drogas terem capacidades de auto controlo e de regulação do seu comportamento bastante diminuídas.

Saber mais em http://www.idt.pt/PT/Substancias/DerivadosdaCannabis/Paginas/Efeitos.aspx

Teresa Alves Soares

(Psicóloga da ESDS)

imagens daqui e daqui

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Big Art Mob é uma iniciativa que pretende catalogar, documentar e identificar a localização de obras de arte de rua – vulgo grafitti – em todo o mundo, usando uma tecnologia integrada com o Google StreetView. Quando foi colocada online, em finais do passado mês de Agosto, esta base de dados gráfica já contava com mais de 12.000 obras catalogadas e com localização identificada. Para além do seu visionamento e localização, o visitante, mediante um simples registo, pode também ele  contribuir para o seu enriquecimento com o upload de fotografias e localizações dos grafitti que queira partilhar.

No comunicado de imprensa, aquando do seu lançamento, os mentores da iniciativa afirmam que a arte pública que se exibe em cidades de todo o mundo ainda não tem um guia útil e de fácil acesso na Internet, apesar de constituir uma riqueza e um dinamismo cultural inigualável. Muitos municípios já têm bem documentadas as suas obras de arte públicas, mas que são muitas vezes desconhecidas do público em geral.

Um sítio a não perder por todos os amantes da Street Art.

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Fonte: El País

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portefólio de leituras

Philip Behá – reading

Tendo em conta a experiência colaborativa do ano anterior entre a BE e o Grupo de Português, foi proposto a este último a integração letiva no Ensino Básico de um Portefólio de Leituras que corporizasse um Projeto Individual de Leitura por parte de cada aluno.

Este projeto-programa, já previsto na avaliação da BE no ano final do passado ano letivo, tem em vista sistematizar uma série de práticas já levadas a cabo por muitos professores de Português, integrando o Portefólio no currículo, dando-lhe uma duração de ciclo e desejavelmente um papel na formação da classificação do aluno na disciplina.

No entanto, o mais importante de tudo é a adesão de novos leitores e a orientação daqueles que já se considerem como tal – de modo que todos possam olhar para trás e ver como evoluíram, como vão amadurecendo como leitores ao longo de cada trimestre, de cada ano letivo.

De início, muitas questões podem ser levantadas: Como conquistar novos leitores para iniciar o seu próprio projeto? Bom, o melhor será definir o seu ponto de partida possível. Não gosta de ler? Certamente haverá algum assunto de que goste… assim sendo, o projeto não tem de começar com obras da “grande literatura”: qualquer livro (desde que escrito num português correto) será melhor que nenhum livro.  Não gosta de ler em papel? Não interessa, se puder encontrar algo que goste em formato digital – a sintaxe, a pontuação e o léxico de um livro exibido num écran é igual à do papel e muitos de nós, professores, nascidos e criados no meio dos livros, temos de nos lembrar que eles, os mais novos, vivem entre écrans e que para a muitos  provavelmente esse já é o suporte mais familiar e confortável.

Respeitando esta premissa de que a adesão do aluno terá de envolver uma dimensão de autonomia e que dependerá muito dele o desafio de amadurecer como leitor, qual será o papel do professor? O professor poderá ser um bom orientador, propondo desafios de leitura cada mais complexos, sugerindo obras, experiências de leitura àqueles com menor autonomia para o fazerem por si próprios. Pode e deve também pedir a colaboração da BE em tudo o que achar necessário – é para isso que cá estamos…

Assim, para “arrancar”, aqui ficam então algumas sugestões de leitura feitas já por sítios/entidades especializadas e que podem, dependendo do estilo letivo de cada professor e das características dos seus alunos-leitores, constituir um quadro inicial de referências para este projeto.

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imagem de Soizick Meistern acedida aqui

Saber mais sobre a alfabetização em Portugal: notícia do Público

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O verão de 2012 será relembrado pela tragédia  num cinema em Aurora, Colorado, onde, um louco, confundindo ficção com realidade, assassinou 12 pessoas  aquando da estreia  do último filme da trilogia Batman O cavaleiro da trevas renasce de Christopher Nolan. Além deste filme registaram-se inúmeras estreias  nacionais mas refiro somente as que considero mais pertinentes. Realce especial para o grandioso As Flores da guerra de Zhang Yimou, considerado um dos melhores filmes do ano. A partir do romance de Yan Geling, assistimos ao relato da  violentíssima 2ª guerra sino-japonesa (1937-45)  no contexto do  terrível massacre de Nanjing . Pode considerar-se um autêntico clássico com uma dimensão épica feita de mártires e hérois que se vê  com muita emoção.  Também de produção japonesa as tensões no espaço familiar no drama  O meu maior desejo de Hirokazu Koreeda. Filme de qualidade Elena do russo Andrey Zvyagintse que, numa obra de silêncios, nos apresenta os contrastes sociais da Rússia capitalista. As comédias são sempre apreciadas  e entre um vasto conjunto é agradável visionar Ted de Seth McFarlane,  autor  ligado à criação de séries  animadas como Family Guy, American Dad e The Cleveland Show; Moonrise Kingdom de Wes Anderson; Morre… e deixa-me em paz  de  Richard Linklater; O Futuro de Miranda July e o romance na  produção  francesa  A Delicadeza do Amor de David Foenkinos. Interessante também é a adaptação do musical da Broadway A idade do Rock de Adam Shankman. Obras dirigidas ao público infantil, e não só, as novas  aventuras de  Madagáscar 3 de Conrad Vernon, Eric Darnell e Tom McGrath, a primeira heroína dos estúdios Pixar, Brave – Indomável de  Brenda Chapman e O fantástico homem-aranha de Marc Webb. Os inúmeros fãs de ficção científica podem apreciar as excelentes interpretações de Willem Dafoe e Shanyn Leigh  em 4:44, Último dia na Terra de Abel Ferrara. De igual modo, podem concluir  se os efeitos visuais mais sofisticados fazem esquecer a obra original, no remake do célebre filme inspirado na obra de Philipp K. Dick, Desafio total de Len Wiseman, em que Colin Farrell sucede a Arnold Schwarzenneger no papel de Douglas Quaid. A ação continua no quarto filme baseado na obra de Robert Ludlum, O legado de Bourne  de Tony Gilroy. Também com algum interesse o documentário do artista fancês JR , Women are heroes.

Quanto a obras portuguesas a adaptação da famosa série televisiva Morangos com açúcaro filme, de Hugo Sousa, levará muitos adolescentes às salas de cinema.

No que diz respeito a notícias do mundo cinematográfico,  o filme La fille de nulle part, do francês Jean Claude Brisseau, foi o vencedor do Leopardo de Ouro, do festival de cinema de Locarno, que também contemplou duas obras de portugueses com um prémio e uma menção especial do júri. A longa-metragem  A última vez que vi Macau de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, que estava a concurso com outros 18 filmes, mereceu uma menção especial do júri à “extraordinária personagem Candy” e a sua “poderosa presença através da ausência ressoou para o júri como uma representação da imensa coragem do cinema português em tempos em que os falhanços dos governos e dos sistemas sociais ameaçam as artes cinematográficas no mundo inteiro”. Este filme teve estreia mundial no festival e conta a história de um homem que recebe um pedido de ajuda de uma ex-amante, Candy, que se radicou em Macau. Viajando para a cidade onde vivera trinta anos, o homem vive uma série de desencontros que transformam Candy quase num fantasma. João Rui Guerra da Mata também concorreu com  a curta-metragem O que arde cura  na secção “Pardi di domani” que procura “novos talentos” em filmes de menor duração, ganhando o prémio “Legendagem de Filme e Vídeo”, que financia a legendagem do filme em três línguas europeias. No festival de cinema de animação de Hiroshima, Japão,  a curta- metragem de Regina Pessoa, Kali, o pequeno vampiro foi premiada. Esta obra tem música original dos Young Gods e narração do ator Christopher Plummer  na versão em inglês e do realizador Fernando Lopes na versão portuguesa.

Mas apreciar um bom filme não se esgota nas salas comerciais e, em setembro, realizam-se várias iniciativas  interessantes que apresentam  programações ambiciosas com obras imortais. De 6 a 9 no Teatro do Bairro realiza-se Cinema Bioscoop festival de cinema de língua neerlandesa. Até 15 decorre a 4º edição das Fitas na Rua com homenagem ao cinema português em vários locais da capital, aos  sábados e domingos. Até 24  na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio (www.centromariodionisio.org) o ciclo cinema ao ar livre “Quem canta seus males espanta. Até 26 decorre no cinema King (www.medeiafilmes.com)  o ciclo “um ano de cinema(s)”. Além destes eventos, também se realizará  no cinema São Jorge de 12 a 16 setembro  a 6ª edição do MOTELx – festival internacional de cinema de terror de Lisboa, com a retrospetiva da obra do  realizador de culto deste género, Dario Argento, que estará presente neste evento. A programação poderá ser consultada em www.Motelx.org. A 28ª edição do Festróia, que apresentará obras maioritariamente de origem europeia,  é um pretexto para a deslocação ao Forum Municipal Luísa Todi, em  Setúbal, de 21 a 30 setembro. De igual modo, a 4ª edição do Douro Harvest, de 26 a 29, continua a valorizar  a região do Douro e um dos seus emblemas, o vinho. Nesta edição vão estar em competição curtas-metragens de cineastas portugueses no concurso “Curtas da casa”. Este género tem tido algum reconhecimento e o facto é que  na 69ª edição do  Festival de Veneza que decorre até 8 de setembro, a curta-metragem North Atlantic, do português Bernardo Nascimento, está entre as obras escolhidas. No Festival de Toronto serão, por sua vez, apresentados seis filmes portugueses.

A revista Sight & Sound,  do Instituto Britânico do Filme, organiza em cada dez anos uma votação, em que participam  críticos de cinema de todo o Mundo, no sentido de escolherem os melhores filmes de sempre. Em 2002, a última vez que foi feita esta votação, VertigoA mulher que viveu duas vezes estava apenas a cinco votos de distância do líder durante cinquenta anos, o mítico Citizen Kane – o mundo a seus pés de Orson Welles. Dez anos depois, ultrapassou‑o. Durante a próxima década, pelo menos, será  Vertigo – A mulher que viveu duas Vezes, do genial Alfred Hitchcock, com James Stewart e Kim Novak, o melhor filme de todos os tempos. Mas vale a pena  mencionar as  primeiras dez obras intemporais que fazem parte desta lista que pode ser consultada, na totalidade, em www.bfi.org.uk:

  • Vertigo – A Mulher que viveu Duas Vezes (Hitchcock, 1958)
  •  Citizen Kane – O Mundo a seus Pés (Welles, 1941)
  •  Viagem a Tóquio (Yasujiro Ozu, 1953)
  •  A Regra do Jogo (Jean Renoir, 1939)
  • Aurora (F.W. Murnau, 1927)
  •  2001: Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
  •  A Desaparecida (John Ford, 1956)
  •  O Homem da Câmara de Filmar (Vertov, 1929)
  •  A Paixão de Joana d’ Arc (Dreyer, 1927)
  •   8 ½ ( Frederico Fellini, 1963)

 Filmes para ver/descobrir pois constituem a essência do que é o cinema.

Luísa Oliveira

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Letra: Gilbert Bécaud & Maurice Vidalin. Música: Gilbert Bécaud & Neil Diamond

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