NOTA: existe uma atualização igualmente para o Office 2010
Posts Tagged ‘Acordo Ortográfico’
Novo Acordo Ortográfico – Atualização do Office
Posted in Vária, tagged Acordo Ortográfico, atualização do Word, corretor ortográfico, Processamento de texto on 08/09/2011| Leave a Comment »
Conversor para o Novo Acordo Ortográfico
Posted in Vária, tagged Acordo Ortográfico, Escrita, Gramática, Língua, Lusofonia, Materiais didácticos, Palavras on 20/04/2011| Leave a Comment »
Novo Acordo Ortográfico: Sessão de Divulgação, dia 3 de Novembro, ES do Monte da Caparica
Posted in Acontece..., tagged Acordo Ortográfico, Educação, Evento, Língua, Portugal, Professor on 02/11/2010| Leave a Comment »
Conceitos sem Preconceitos (6): Português de Portugal vrs. “Brasileiro” – falamos a mesmo língua?
Posted in Conceitos sem Preconceitos, tagged Acordo Ortográfico, Brasil, Dialecto, História, Língua, Lusofonia, Portugal, Sondagem do Momento on 11/08/2010| Leave a Comment »
Uma das razões para escrever sobre esta matéria foi a enquete (sondagem) do Bibliblog e as curiosas diferenças entre o português de Portugal (europeu) e o português do Brasil, que é popularmente chamado de “Brasileiro”, e principalmente, porque quando eu cheguei a Portugal não entendia quase nada do que as pessoas falavam comigo e as pessoas também não entendiam muito bem o que eu falava, até brincavam que eu precisava de um dicionário para falar com eles. É claro que surge sempre entusiasmo e curiosidade por parte das pessoas no que diz respeito ao modo de pronunciar certas palavras no português do Brasil.
Apesar de ser um dos filhos da globalização, sou contra o Novo Acordo Ortográfico, pois acho que cada país deveria manter a sua regra ortográfica. Sou contra essa ideia da globalização, sou a favor do encontro das culturas, do intercâmbio e da diversidade, mas contra a unificação de uma só cultura dita dominante, desta perda de identidade cultural. Mas, também devemos ter em conta, que num mundo globalizado a existência de várias versões do português é um facto limitador.
Os Romanos chegaram no Noroeste da Europa em 218 a. C., trazendo o Latim vulgar. Todas as províncias da Península Ibérica, à excepção dos Bascos, admitiram o latim como língua. A chegada dos Romanos à península marcou o inicio da nossa língua, o Latim, mas num estado corrompido, conhecido como latim vulgar.
Em 409, os germânicos invadiram a Península através dos Pirenéus. Inicia-se então o período mais sombrio da Península. Provocada a queda do Império Romano pelos Bárbaros, a língua dos Bárbaros misturou-se com o Latim, e originou as línguas nacionais europeias (latinas). O latim popular evoluiu e transformou-se no proto-galaico-português. No entanto, os reis cristãos a partir do norte de Portugal foram conquistando o sul, povoado pelos Árabes , com isto o galaico-português sofreu diversas transformações e converteu-se progressivamente no português.
Os primeiros textos em português apareceram por volta do séc. XIII. Nesta época o galego e o português eram uma só língua. Com a expansão ultramarina, a língua portuguesa, foi transportada para “novos” continentes. Hoje os países distribuídos pela África, Ásia e América que constituem os PALOP, são independentes de Portugal porém a linguagem permaneceu; desses países destaca-se o Brasil, onde 191 480 630 (censo 2000) pessoas têm como língua materna o português.
Através dos Humanistas, deu-se a valorização das línguas nacionais europeias, pois estes traduziam obras clássicas e criavam obras inspiradas nos autores greco-latinos. Em Portugal, Luís de Camões cantava os feitos heróicos e a glória dos navegadores portugueses na sua famosa obra “Os Lusíadas”.
Camões cultivava a forma mais erudita da língua. Em toda a Europa, notou-se um movimento de afirmação das línguas nacionais, o que consequentemente, originou a sua uniformidade ortográfica, regras e um vocabulário mais rico. Shakespeare em Inglaterra e Maquiavel em Itália foram apenas alguns dos humanistas que ajudaram a construir as literaturas nacionais do Renascimento.
O português do Brasil tem uma certa particularidade, pois, sendo possuidor de um vasto território e diversidade geográfica, este país tem uma dimensão proporcional à sua variedade dialectal. Os especialistas distinguem os dialectos entre Norte e Sul. Eu mesmo, quando ouço uma pessoa oriunda de outra região do Brasil, sem ser o sudoeste, às vezes, sinto alguma dificuldade em entender, devido a algumas diferenças entre termos e na pronúncia. No Brasil, esta diversidade está no entanto mais relacionada com o aspecto sociocultural do que com o geográfico. A diversidade é bastante evidente no momento em que um homem culto fala com o seu vizinho, que é analfabeto. O “brasileiro” apresenta um vocabulário que, em parte, se afasta da “Língua de Camões”, como é possível conferir nas linhas abaixo.
“Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento actual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.”
Wikipédia (pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa)
A língua portuguesa é falada por mais de 240 milhões de pessoas, como língua nativa, e é também a quinta língua mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de alguns territórios africanos, da Índia Portuguesa e na América do Sul, o Brasil.
Em São Paulo, encontra-se o único Museu da Língua Portuguesa, que tem como objetivo criar um espaço vivo da língua portuguesa, revelando aspectos da língua quase desconhecidos.
Segundo os seus organizadores, “deseja-se que, no museu, o público tenha acesso a novos conhecimentos e reflexões, de maneira intensa e prazerosa. “O museu tem como alvo principal a média da população brasileira, composta de pessoas provenientes das mais variadas regiões e faixas sociais do país, mas que ainda não tiveram a oportunidade de obter uma ideia mais precisa e clara sobre as origens, a história e a evolução contínua da língua”.
Wikipédia (pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa)
No dia 1º de Janeiro de 2009 entrou em vigor no Brasil a nova ortografia do português, com base no acordo de 1990. Algumas palavras perderam o acento, mudaram as regras do hífen e o trema foi extinto.
O Português é um dos principais elos entre os países lusófonos, além disto existe a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa – que tem como um dos objetivos a preservação da língua.
Datas do acordo:
- Dezembro de 1990: Criação do Acordo;
- Agosto de 1991: Portugal ratificou;
- Janeiro de 1994: Implantação prevista (não aconteceu);
- Abril de 1995: Brasil ratificou;
- Janeiro de 2009: Implantação no Brasil (transição);
- Janeiro de 2013: Obrigatório no Brasil.
Os países participantes do Acordo Ortográfico são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor -Leste.
Diferenças entre algumas palavras de Portugal e o “Brasileiro”:
Médio Oriente – Oriente Médio Dossier – Fichário
Palinha – Canudo Telefone Público – Orelhão
Dossie – Fichário Auto-carro – Ônibus
Telemóvel – Celular Este – Leste
Comando-Controle Remoto Centro Comercial – Shopping
Bombas – Posto de gasolina Relva – Grama
Portagem – Pedágio Pequeno-Almoço – Café da manhã
Preservativos – Camisinha Conduzir – Dirigir
SIDA – AIDS Cancro – Câncer
VHI – HIV ADN – DNA
Macacos – Meleca Ordenado – Sálario
Arrendar – Alugar Rato – “Mouse”
Colunas – Caixa de Som Levantamento – Saque
Ecrã – Monitor Desodorizante – Desodorante
Cuecas Femininas – Calcinhas Fita-cola – Durex
Casa de Banho – Banheiro Afiador – Apontador
Sumo s/gás – Suco Sumo c/ gás – Refrigerante
Lixívia – Água Sanitária Gelado – Sorvete
Fato – Terno Banda Desenhada – Quadrinho
Cacifo – Armário da escola Seleccionador – Técnico
Massa Instantâneo – Miojo Fotocópia – Xerox
Equipa – Equipe Golo – Gol
Balisa – Trave Guarda-redes – Goleiro
Botija – Botijão de gás Comboio– Trem
Boleia – Carona Líquido Correctivo – Liquipaper / Correctivo
Tabaco – Cigarro Maquilhagem – Maquiagem
Pai Natal – Papai Noel Mãe Natal – Mamãe Noel
Lava carros – Lava Jato Talho – Açougue
Carne Picada – Carne Moída Dobragem – Dublagem
Mina – Ponta de grafite Viola – Violão
Boxe – Cueca Coima – Multa
Camisola – Camisa de Jogador de Futebol Chávena – Xícara
Pijama Feminino – Camisola Hospedeira de Bordo – Aeromoça
T – Shirt – Camiseta Cabular – Colar nas provas
Bilhete de Identidade – Carteira de Identidade Natas – Creme de Leite
Carta de Condução – Carteira de Motorista Carocha – Fusca
Frigorifico – Geladeira Peão – Pedestre
Telemóvel – Celular Sebenta – Apostila
Eléctrico– Bonde
Alguns filmes e Séries de TV também mudam de nome:
Portugal/Brasil
O Reino de Deus/Cruzadas
The O.C – Na Terra dos Ricos/The O.C – Um Estranho no Paraíso
A Idade do Gelo/A Era do Gelo
Tudo que uma Rapariga quer/Tudo que uma garota quer
Clube dos Poetas Mortos/Sociedade dos Poetas Mortos
Curiosidades:
Assim, como quando eu cheguei em Portugal, eu não entendia quase nada, por causa das “gírias”, e sei que se alguns dos meus colegas for ao Brasil também não vai entender quase nada, principalmente os jovens. Aqui vão algumas “gírias” do Rio de Janeiro:
Vamos jogar uma pelada?
Pelada, é um futebol, mas um futebol de rua, ou com pessoas que não sabem jogar muito.
Eu tenho um amigo que é maior “X-9”.
X-9 é uma pessoa pouco confiável, por exemplo, quando você conta uma coisa p’ra ela, ela conta para outra pessoa.
A sua “mina” é muito legal.
“Mina”, é uma rapariga, ao contrário de que em Portugal, que é ponta de grafite.
Podre de chique – elegantíssimo Por fora – desentendido
Quebrar o galho – resolver o problema Ragu – comida
Sacana – individuo sem caráter Vida mansa – vagabundo
Safo – sabido Tirar de letra-livrar-se de uma dificuldade
Patricinha – Feminino de “Playboy” Baranga ou Canhão – Mulher feia
Bufunfa – Dinheiro Destrambelhado – Desastrado, descuidado
Gringo – Estrangeiro Estar duro – Estar sem dinheiro
Filé – Mulher bonita
Quando uma pessoa se machucou em Portugal fala-se aleijou. No Brasil aleijou-se é quando uma pessoa perde a perna. Quando a pessoa não tem uma perna ela é uma aleijada.
Luiz Felipe Monteiro, 10º E
Sondagem do Mês (6) – Do acordo ortográfico às obras de Saramago
Posted in Sondagem do Momento, tagged Acordo Ortográfico, Brasil, Cultura, Escritores, José Saramago, Língua, Literatura, Livros, Lusofonia, Palavras, Portugal, Sondagem on 17/07/2010| Leave a Comment »
Valha o que valer, os resultados da última sondagem que promovemos aqui no Bibli, sobre o acordo ortográfico, já em fase de implementação, dão uma maioria àqueles que se opõem, 54%, contra os 28% que acham que trará benefícios a todos os falantes da língua portuguesa. Finalmente, para 11%, o assunto é indiferente, e 7% afirmam mesmo que nem sequer sabiam que já estava em vigor.
O tema não é, aparentemente, em nenhum dos lados do Atlântico, uma prioridade nos debates, apesar de diversas sondagens se sucederem e não ser difícil, especialmente em sítios brasileiros, encontrar formas humorísticas de ver tratado o assunto.
No post em que lançámos esta sondagem remetemos os leitores para alguns sítios que continham informação sobre o assunto, com enquadramento histórico, novas regras ortográficas, etc. Sugerimos-lhes desta feita outros que mantêm, nos dois lados da barricada e com abundante argumentação, uma discussão acesa sobre o tema.
Assim, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, movimento criado em 2008 que conta com uma forte lista de subscritores, deixou no nosso post uma mensagem apelando à subscrição dos nossos leitores. No sítio da iniciativa, para quem queira formar uma opinião mais avisada, podemos encontrar uma série de artigos fundamentando a inutilidade do acordo e até o impacto negativo do processo em curso da sua implementação, destacando-se a presença de Maria do Carmo Vieira, nossa colega da disciplina de português, já conhecida noutras causas em defesa do que acha ser o melhor para a nossa língua.
Mas, se quisermos saber o que na opinião de outros (cujo parecer acabou por prevalecer com legitimitidade legislativa) o fundamenta, podemos igualmente ler a entrevista de Ana Laborinho ao DN e a do filólogo brasileiro Evanildo Bechara ao Público, transcrita no Ciberdúvidas, onde defende que a língua portuguesa hoje não pode ter um só dono, em resposta à reacção, aparentemente mais negativa, verificada no nosso país.
De uma forma ou de outra, segundo noticia o Público, a nova ortografia irá chegar às escolas já no ano lectivo de 2011-2012, reflectida na redacção dos novos manuais escolares.
Não compete porém à edição do Bibli tomar partido, deixando apenas aqui a reflexão a quem se interesse pela questão. E, quando passa um mês sobre a sua morte, é tempo agora de perguntar aos nossos leitores qual é na sua opinião a obra mais marcante do escritor José Saramago, que ainda há dois anos manifestava numa entrevista a sua compreensão em relação a esta normalização ortográfica, não deixando no entanto de salientar que aos 85 anos já era tarde para voltar aos bancos da escola primária.
Sondagem do Mês (5) – O que acha do novo acordo ortográfico?
Posted in Sondagem do Momento, tagged Acordo Ortográfico, CPLP, Língua, Língua Portuguesa, Palavras, Portugal on 06/06/2010| 1 Comment »
Com tantas coisas que se diz que o nosso país precisa, provavelmente a muita gente não lhe ocorrerá que é de um novo acordo ortográfico. Talvez por isso, o acordo de 1990 que tantas anedotas provocou na altura (lembram-se do fato, do cágado?) tenha passado desapercebido ao entrar em vigor em Janeiro de 2010 em Portugal (já está em vigor no Brasil desde 2009 e espera-se que se generalize brevemente nos restantes países da CPLP).
Mas entrou, e em alguns orgãos de comunicação social escrita já se vai notando alguma ação em vez de acção, e por aí adiante… Convém porém ter em conta que “ortográfico” apenas se refere à norma que define as letras e a acentuação gráfica das palavras, e que em nada altera a construção das frases, a definição do vocabulário e, muito menos, a pronúncia (como se tal fosse possível por alguma norma).
Assim, decidiu a edição do Bibli que merecia ser tema de uma Sondagem do Mês, em que lhe perguntamos se acha bem, mal, tanto lhe faz, ou se nem sequer sabia desta recente mudança ortográfica.
Mesmo não sendo um assunto da sua especialidade, não deixe de colaborar na nossa sondagem dando-nos a sua opinião, o seu voto (ver caixa/widget lateral à direita) pois, de uma forma ou de outra, o acordo irá afectar-nos (ou será afetar-nos?) a todos.
Pode ainda, se o assunto for do seu interesse, dar uma rápida vista de olhos a este sítio da Porto Editora, que de um modo sucinto aborda o tema, apresentando um conversor ortográfico e as linhas gerais da mudança que se preconiza.
Ou, se quiser o assunto tratado de uma forma mais exaustiva, aconselhamos uma visita ao Portal da Língua Portuguesa, clicando na imagem abaixo.
Fernando Rebelo