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Posts Tagged ‘Pai Natal’

Estamos diante de uma das maiores festas do mundo, em que nos reunimos com a família e compramos muitos presentes. No entanto, será que é este o real significado do Natal ou estamos a esquecer-nos do principal, a origem dessa festa? É que esta festa tem uma origem religiosa. Na igreja Cristã Ocidental, o Natal é comemorado no dia 25 e na Igreja Ortodoxa Oriental é comemorado no dia 6 de Janeiro.

Qual será então a história dessa data tão ansiada pelas crianças e por vezes nem tanto pelo bolso dos pais? Embora, originalmente, o Natal seja um feriado cristão, muitos não crentes também comemoram este evento. Actualmente, o Natal deixou de ter uma vertente religiosa e passou a ter uma vertente puramente comercial, perdendo a sua verdadeira essência. Para muitos, o Natal é sinônimo de compras. Mas quando na sua história,  ficou assim tão reduzido aos presentes? Isto parece-me ser mais uma ideia burguesa para aumentar as vendas. E de facto é-o.

Bem, o verdadeiro motivo para o comemorarmos é este: O Natal é o dia  do nascimento de Jesus, embora não possamos ter certezas sobre quando isso terá ocorrido. Segundo a Bíblia,  magos do Oriente estavam à procura daquele que seria o rei dos Judeus, porque tinham visto uma estrela no Oriente e iam adorá-Lo. Herodes (rei da Judéia, na época) ouviu-os e perguntou onde  iria este rei nascer, ao que eles responderam:  – Em Belém da Judéia; “Então, Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu-os directamente acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera. E enviando-os a Belém, disse: Ide e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.” (Mt. 2; 7-8) Acabaram de falar com o rei e seguiram viagem, mas perceberam que a estrela ia com eles,  acabando por encontar o lugar onde estava Jesus. “E, entrando  na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra. E sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para sua terra por outro caminho.” (MT. 2; 11-12). Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos reis magos, ficou furioso, mandou fazer um recenseamento, matando todas as crianças até os dois anos de idade, em Belém e suas províncias. Quando José ficou sabendo disso, a partir de uma revelação de um anjo, fugiu com a sua família para o Egito, até à morte do rei Herodes.

O Natal é comemorado no dia 25 porque, na Roma Antiga, era neste dia  que se celebrava “o início do Inverno”; presume-se então que haja alguma relação em entre esses dois factos. O dia 25 é festejado desde o século IV pela Igreja Ocidental e desde o V pela Igreja Oriental. A Igreja Ortodoxa comemora-o 13 dias depois dos cristãos ocidentais, por causa da diferença do Calendário Gregoriano. Geralmente, estes últimos respeitam 40 dias de jejum  e consideram este período como um tempo de reflexão.

A figura que hoje conhecemos como Pai Natal, não tem nada a ver com o verdadeiro Natal que  provém da  história de São Nicolau (séc. IV), que era bispo na Ásia Menor. Ele era conhecido por ser uma pessoa austera, generosa e que praticava o bem: ajudava os pobres, colocando sacos de moedas nas chaminés, sem ninguém saber. Ao contrário do que muitos pensam, não foi a Coca-Cola que lançou este look do Pai Natal, mas sim o cartoonista Thomas Nast, na revista Harper’s Weekly, no ano de 1886. É evidente que a Coca-Cola ajudou a difundir esta ideia, pois em 1931 lançou uma  campanha de publicidade com o Pai Natal, com as cores vermelha e branca, as mesmas cores do rótulo da sua bebida.

São Francisco de Assis, por seu turno, foi quem introduziu na tradição natalícia o presépio, com o intuito de tornar esta comemoração mais empolgante e dar-lhe mais vida.

Há muitas versões sobre a origem da Árvore de Natal: a mais aceite é a que envolve Martinho Lutero. Em um belo dia, Martinho estava voltando para casa e  olhando para o céu, maravilhou-se com a visão das estrelas, através de pinheiros que estavam em volta da estrada. Encantado com isto,  levou uns ramos de  pinheiro para casa, colocou-os em um vaso com terra e enfeitou-os, dispondo velas acesas e papéis coloridos na ponta dos galhos.  Martinho tinha como objectivo ensinar aos seus filhos a grandeza do céu, na noite em que Jesus tinha nascido. Algumas pessoas também afirmam que a Árvore de Natal fazia parte de uma tradição pagã e que foi transformada posteriormente em símbolo natalício. Porém, mais uma vez, não sabemos ao certo como esta árvore veio a fazer parte do conjunto dos rituais e tradições do Natal.

No Natal, as crianças esperam o último vídeo-jogo e os adultos não ficam atrás: aproveitam esta época de tentações, com baixos preços, e correm para comprar o presente mais caro, para se afirmar nesta sociedade consumista. Nesta época do ano surgem imensas promoções: as editoras lançam CD, DVD especiais… e neste ponto eu dou um conselho: neste Natal, não compre o que você não pode pagar, mas dê o maior presente de todos: a sua presença e o seu amor às pessoas.

“O que compraria Jesus?” Frase provocatória, coloca o dedo na ferida dos cristãos que enchem as superfícies comerciais para celebrar o aniversário do nascimento de Cristo com uma espectacular troca de presentes. A frase deambula pelas lojas de um centro comercial de Michigan, Estados Unidos da América, numa das acções da campanha “Dia sem compras” que o movimento Adbusters conseguiu instalar em pontos estratégicos do planeta. (…)” 

in Jornal de Notícias

Em 2009, o GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental) organizou o “Dia sem compras” e deu sugestões para as compras de Natal com consciência, tais como:  evitar compras de marcas ou de países que supostamente utilizam o trabalho infantil; optar por comprar produtos locais,  evitando-se assim o recurso aos transportes e dando-se preferência a produtos mais “naturais”.

Porém, será que  nos lembramos que, enquanto estamos na nossa confortável casa, ceando com a nossa família e trocando presentes, há pessoas na rua, sem ter  que comer ou sem família?  Neste Natal dê às pessoas  o presente que Jesus gostaria de receber. Afinal, Ele é o aniversariante. Ame o próximo, ajude as pessoas, dê um presente, mesmo sem valor monetário, mas que poderá marcar a vida de uma família, apenas por tê-lo feito. E não faça isto só no Natal, mantenha este “espírito natalício” todo o ano todo. Não se deixe levar pelo tsunami da publicidade festiva, pense mais na verdadeira essência do Natal e não se esqueça do principal nesta grande noite:  Jesus!

Feliz Natal e um ótimo 2011.

Luiz Monteiro, 11ºE

imagens seleccionadas pelo autor do post: daqui, daqui, daqui, daqui e daqui

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