No âmbito do Dia Mundial dos Direitos Humanos e na sequência do visionamento do filme sobre a sua história publicitado aqui no Bibli, alguns alunos do 11ºA, sob a orientação da professora Rosa Silva, registaram as suas próprias visões sobre o tema, que agora se publicam.
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Na minha opinião, apesar de existir uma Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda não há um total respeito pelos mesmos. Sabemos que os direitos humanos, tal como o nome indica, se dirigem a todos os Homens, sejam estes do sexo feminino ou masculino, negros ou brancos. Então, porque ainda se fazem tantas distinções em relação à sua “raça” ou em relação ao seu sexo?
Passo a citar o Artigo V: “Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”. Há, diariamente, uma clara violação deste artigo, quando mulheres e filhos são espancados e, por vezes, assassinados pelos seus maridos e pais.
O Artigo I, em que é mencionado que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, também é constantemente desrespeitado. Quantas são as mulheres que recebem menos salário que um homem no mesmo cargo profissional? Quantos são os negros que ainda são vítimas de racismo, nos dias que correm? Quando se nasce “diferente” do que a sociedade declara como normal, é logo feita uma sentença: embora essa pessoa seja igual perante a lei, não o é aos olhos da sociedade.
No dia em que não houver discriminação, no dia em que não houver assassínios, no dia em que todos tivermos os mesmos direitos, e no dia em que ninguém seja tratado de forma cruel, nesse dia, orgulhar-me-ei em alterar a minha tese e dizer que há um total respeito pelos direitos humanos.
Inês Cristina de Gouveia Bonito, 11ºA
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Atualmente, apesar de já ter existido, ao longo da história, uma grande evolução no cumprimento e no respeito pelos direitos humanos, estes continuam a não ser totalmente respeitados.
Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, todos os indivíduos têm direito à vida, e, no entanto, esta cláusula não é cumprida. A prova disso é que continuam a ser praticados crimes de homicídio e, mais grave ainda, continua a existir, no mundo atual, a pena de morte. Homens que tiram a vida a outros homens, não é um desrespeito pelos direitos humanos? Não há como negar!
Um dos direitos humanos é, também, que todos os seres humanos têm direito à saúde, e, apesar disso, ainda existem pessoas sem acesso a tratamentos. Por exemplo, em África há uma grande proliferação de doenças, muitas delas mortais, e não existem condições nos hospitais locais, para que as pessoas infetadas recebam o devido tratamento.
Nesta declaração, é ainda referido que todos os indivíduos têm direito à liberdade, mas existem ditaduras, ou, pelo menos, censura, em diversos países. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, muitos programas, vídeos musicais, desenhos animados, entre outros, não são transmitidos na televisão, porque o governo não o permite. Isto é uma negação à liberdade de expressão, a que todos temos direito.
Por todas estas violações aos direitos humanos, penso que estes não são ainda totalmente respeitados, e temos muito a melhorar no que diz respeito a este assunto.
Joana Vilar, 11ºA
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Num Mundo dotado de razão e consciência, seria expectável que o ideal comum fosse verdadeiramente universal e válido para qualquer povo de qualquer raça.
Contudo, creio firme e aterrorizadamente que isto não acontece; não existe um total respeito pelo outro ou pelos seus direitos.
Será que alguma vez alguém se perguntou se os seus direitos estão a ser minuciosamente respeitados? E, se estão, será que os do próximo também estarão? Talvez o egoísmo do Homem não o deixe alcançar esta perspetiva de fraternidade.
Pergunto-me como é possível defendermos os direitos Humanos quando estamos, na verdade, a anulá-los. Parece algo contraditório e para o qual a resposta parece tudo menos simples.
Como é possível afirmar que a Constituição Universal dos Direitos Humanos é vigente, quando nesta, se defende o direito à vida e, no entanto, já é quase universal o direito ao aborto?
E se qualquer um tem direito ao trabalho, porque assistimos diariamente a pessoas menosprezadas, por serem demasiado velhas para arranjar emprego, mas, ao mesmo tempo, demasiado novas para terem acesso à reforma e a uma vida digna?
Se todos têm direito ao trabalho, não deveria importar a idade ou sexo, mas sim, a qualidade do serviço prestado.
Quando analisamos os artigos primeiro e terceiro da Declaração, estes também não parecem encontrar-se em conformidade com a realidade. Se, nestes, são defendidos os mesmos direitos, independentemente do sexo ou religião, porque continuamos a excluir os homossexuais, da sociedade, e a retirar-lhes privilégios, tais como casamento e adoção?
Por isto, acho importante apelar à consciência de todos, quanto aos direitos humanos, ao que estes significam e se estão realmente em conformidade com a realidade.
Vera Duarte, 11.ºA
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