PRIETO, Susana, VÉLEZ, Lea, A Casa do Destino, Edições Casa das Letras, 1ªEdição, Cruz Quebrada 2005
Rocío Herrero é uma rapariga de deslumbrantes olhos verdes e de origem humilde (filha de uma pastora). Após o assassinato da sua mãe, quando tinha apenas cinco anos, foi adoptada por uma família rica de Villanueva, os Acevedo. No entanto, sendo dada a sua rebeldia nunca foi realmente aceite pela sua família adoptiva.
Embora Rocío seja diferente dos outros, não deixa de ser uma jovem romântica que sonha com um homem que nunca viu mas pelo qual se apaixona perdidamente, mesmo sabendo que não passava da sua imaginação (ou assim pensava ela…).
Mas a sua vida haverá de sofrer uma grade reviravolta quando, com apenas vinte e cinco anos, é vítima de um enfarte e lhe é oferecida um pavilhão de caça pelo poderoso marquês de Villanueva, D. Alfonso, um homem abastado com grande influência sobre a vila e os pais de Rocío.
Já na sua nova moradia, durante um dia tempestoso, aparece no seu sotão um homem gravemente ferido. Não era porém um homem qualquer – era o homem dos seus sonhos, o homem com quem sonhara desde a adolescência.
Passados quatro meses, Carlos (assim se chamava o homem dos seus sonhos) e Rocío tentam desvendar um crime envolvendo a família do marquês ignorado durante vinte e cinco anos e, aos poucos, apaixonam-se um pelo outro.
Escolhi este livro porque retrata com o todo o pormenor uma fantástica história sobre o “mistério e sensualidade” de um amor impossível, o que me deu grande motivação para continuar a ler até descobrir o surpreendente final da história. Embora o final fosse diferente daquilo que estava à espera, só o facto de ter sido inesperado tornou a história muito interessante.
A parte que mais apreciei foi a descrição de Rocío quando viu Carlos, o homem com quem sonhara desde a adolescência, pela primeira vez. Pelo contrário, não me agradou tanto o momento da história em que Ignacio, sobrinho do marquês, matou o seu primo, noivo da melhor amiga de Rocío e filho do marquês, José Antonio.
Aqui registo um dos meus excertos preferidos:
A Morte, o Destino e o Amor não conseguiam chegar a um acordo. Cada um julgava ter mais poder sobre os mortais do que os outros dois. O Destino asseverava que era capaz de qualquer coisa, unir reinos, destruir culturas, provocar guerras e que a Morte e o Amor eram consequências dos seus actos. O Amor asseverava que era ele quem realmente comandava todas as coisas. Se havia guerras, era por amor e, por conseguinte, por ódio, a outra face da moeda, e que, se as pessoas viviam e morriam, era também por seu intermédio, já que as impelia a casarem-se, a procriarem, a conservarem as suas possesões e a cometerem os crimes mais horrendos só para não deixarem de sentir esse fogo no coração. A tudo isto a Morte replicou que punha fim a esse amor com o peso da lousa, algo com o que Destino também não concordava, pois asseverou que era ele quem decidia como e quando se devia colocar essa lousa. Incapazes de se entenderem, chegaram à conclusão de que, para resolverem o dilema, tinham de considerar um caso prático.(…)
No primeiro dia de 1960, o Destino, o Amor, e a Morte voltaram a encontrar-se. (…)
O Destino e a Morte reconheceram a sua derrota. Os amantes estavam juntos e já nada poderia separá-los. O Amor ganhara, mas este, com grande humildade, disse que também ele perdera. Tinham o mau costume de não levar em conta o quarto poder.
– Foi ele quem ganhou a aposta – disse o Amor.
O Destino e a Morte assentiram.
Tinham sido vencidos pela Vontade.
Filipe Hanson, 11ºB
Ollá! Gostaria muito de adquirir esse livro mas não esou conseguindo aquui no Brasil.Terias como indicar-me como poderia comprá-lo pela internet ?
Ficaria grata. Sandra
poneymae@yahoo.com.br